sábado, 26 de novembro de 2022

Avistamentos de OVNI – Uma cortina de fumaça?

 

Avistamentos de OVNI – Uma cortina de fumaça?



O avistamento de Objetos Voadores Não Identificados (OVNI) voltou ao cenário, em certa medida, quando foram revelados relatos e vídeos da força aérea americana mostrando a captura de imagens de objetos de pequeno porte que trafegavam em velocidades elevadas, se deslocavam com muita rapidez e mesmo desapareciam.

O frenesi sobre esses avistamentos não é novo. O caso mais famoso foi o denominado Caso Roswell (1947) ou Incidente em Roswell, tornou-se o responsável pela avalanche de especulações sobre naves alienígenas. Segundo os militares e investigadores da época, tratava-se da queda de um balão meteorológico, também poderia ter sido resultado de um experimento secreto mal sucedido da área militar dos Estados Unidos, realizado após a segunda guerra e tomando como  base os inúmeros projetos elaborados pelos cientistas do III Reich, a começar pelo conhecido domus voador, também denominado como Haunebu .

As novas visualizações de OVNI’s geraram especulações que rondam todas as comunidades do nosso planeta e mesmo inúmeras teorias foram levantadas ou ressuscitadas para justificar a presença desses objetos.

Para começar, a existência de vida no vasto universo que nos circunda, onde somos apenas um “pálido ponto azul”, nas palavras de Carl Sagan, é um fato de altíssima probabilidade e o homem vem observando e explorando o espaço sideral em busca dessa definição.

A pesquisa frenética de vida no espaço interestelar tem provocado um grande esforço humano e vem utilizando das mais avançadas tecnologias na persecução desse objetivo. O exemplo mais recente é encontrado na permanência do Rover Perseverance da NASA e  Zhurong da CNSA (Administração Espacial Nacional da China), que vêm vasculhando a superfície de Marte. Qualquer nova descoberta no planeta é motivo de avivado interesse da mídia e o público em geral!

Nesse contexto, em 1961, Frank Drake, astrônomo, astrofísico, pesquisador e professor universitário norte-americano, que estudou emissões de rádios de planetas e esteve envolvido num projeto de busca por inteligência extraterrestre, desenvolveu uma equação matemática, conhecida como Equação de Drake que permite calcular o número de civilizações detectável na Via Láctea, onde residimos e que é uma entre centenas de bilhões de outras galáxias existentes no universo.

A cada dia ficamos surpreendidos com as fantásticas descobertas do telescópio Espacial James Webb, desenvolvido pela NASA, ESA (Agência Espacial Europeia) e CSA (Agência Espacial Canadense). Esse telescópio é um marco da ciência e da tecnologia e vem permitindo avanços consideráveis no campo da astronomia e astrofísica, suplantando em grande escala o telescópio Hubble que iniciou sua operação em 1990.

Após o término da segunda guerra mundial, deu início a um longo período de tensão geopolítica entre os Estados Unidos e a União Soviética, formando assim dois blocos conhecidos como o Bloco Ocidental e o Bloco Oriental.

Examinando o tema à luz da teoria dos jogos, os dois blocos, mais especificamente a União Soviética e os Estados Unidos, começaram a desenvolver artefatos bélicos bastantes sofisticados, assim como criando meios defensivos e de ataque para um eventual conflito e, do mesmo modo, perpetrando espionagem do seu opositor, onde o caso mais famoso foi o incidente com o avião espião americano U2, abatido pela União Soviética em 01 de maio de 1960.

Ora, estava claro que esse desenvolvimento tecnológico implicava na realização de testes de campo, por exemplo, no uso de sofisticadas aeronaves e essas efetivamente seriam avistadas no curso desse processo ou mesmo em missões planejadas. A questão que se sobrepunha envolvia descobrir uma forma de mitigar essa possibilidade, criando assim uma cortina de fumaça para mascarar novos projetos experimentais.

Nesse sentido, o governo americano contratou um renomado físico para “estudar o fenômeno OVNI” visto que, a partir de 1947, começaram a surgir uma série de relatos de  “avistamentos de discos voadores”, que resultou no famoso projeto Blue Book (Livro Azul), culminando em uma série apresentada nos anos 2019/20 nos canais de televisão e denominada Projeto Livro Azul.

Não descarto hoje, em face do exponencial avanço da ciência e da tecnologia, onde artefatos voadores são projetados através de sistemas de inteligência artificial com algoritmos de machine learning, que esse novo “fenômeno midiático” voltou à baila com objetivo de criar uma “cortina de fumaça” para acobertar experiências em campo de projetos militares ultrassecretos, muito especialmente em função do atual cenário geopolítico internacional de alta turbulência.

Considerando evidentemente a possibilidade da existência de tecnologias por nós desconhecidas que enfrentem Einstein e sua teoria da relatividade geral, a qual impõe restrições para as viagens interestelares visto que não é possível realizar viagens com velocidades superiores à velocidade da luz ou mesmo a hipótese do uso de um “buraco de minhoca”, túneis formados por distorções no espaço-tempo, que na teoria poderiam ser utilizados para viagens interestelares, pergunto: se esses seres já se encontram entre nós,  com suas naves, por que ficar desfilando no espaço tal qual bailarinas do Bolshoi?

Para encerrar cito o magistral Bardo Inglês, inventor da tragédia moderna:

"Vê uma nuvem que está quase em forma de um camelo?

Polonius: pela massa, e é como um camelo, de fato.

Hamlet: .... é como uma doninha.

Polonius: É apoiado como uma doninha.

Hamlet: ou como uma baleia?

Polonius: Muito parecido com uma baleia."

Shakespeare - Hamlet



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