sábado, 24 de maio de 2014

Navegação de Cabotagem - Brasil

NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM - BRASIL
" Navegar é preciso !"
Fernando Pessoa


A cabotagem se caracteriza pela navegação costeira em um mesmo país. Seu nome de batismo deveu-se ao famoso navegador veneziano, Sebastião Caboto quando, pelos idos do século XVI, navegou explorando a costa dos Estados Unidos.
Como alternativa para o fluxo de bens dos mais diversos, a cabotagem contribui de forma bastante significativa devido a maior capacidade transporte de cargas e melhor eficiência energética, além de transformar-se em um vetor de preservação ambiental, em face da transferência das cargas do modal rodoviário (altamente poluidor) para um modal de menor potencial de poluição.
Uma pequena comparação permite examinar o potencial da cabotagem como modal de transporte principalmente no ganho em escala. Uma embarcação de 5.000 toneladas transporta o equivalente a 72 vagões com capacidade de 70 toneladas cada um e 143 carretas com capacidade de 35 toneladas por veículo.
Em se tratando do Brasil, sua extensa costa marítima destaca-o como possuir um grande potencial para a utilização dessa modalidade de transporte, principalmente considerando-se o fato de que a maior concentração das atividades econômicas brasileiras encontra-se no litoral do país.  Com uma extensão de costa marítima de 7.200 quilômetros, esse modal de transporte precisa ser mais bem explorado em toda a sua potencialidade.
Para que isso venha a ocorrer há necessidade de impulsionar uma série de melhorias que envolvem, entre outros fatores:
  • Melhorias significativas no carregamento, descarregamento e armazenagem dos produtos,
  • Redução da burocracia que dificulta as ações para melhorar os processos,
  • Redução da carga tributária brasileira;
  • Melhorias na infraestrutura portuária que se mostra inadequada levando-se em conta a má qualidade de acesso aos terminais portuários, bem como a pouca profundidade dos canais de navegação.
  • Melhorias na infraestrutura portuária que se mostra inadequada levando-se em conta a má qualidade de acesso aos terminais portuários, bem como a pouca profundidade dos canais de navegação.
A figura 3 apresenta um esboço dos principais portos envolvidos na cabotagem no Brasil.

Figura 2 – Principais portos na cabotagem no Brasil.
Dados da pesquisa da Confederação Nacional de Transporte (CNT) em colaboração com o SEST-SENAT (Serviço Social de Transporte – Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) que tratam do transporte aquaviário, apresentam um diagnóstico dos principais problemas do setor. O gráfico da figura 3 retrata o resultado dessa pesquisa.
Figura 3 – Principais problemas na navegação de cabotagem no Brasil.
Com a elevada burocracia aduaneira muitas empresas deixam de utilizar esse modal de transporte. Exigência no controle da navegação, procedimentos de verificação das cargas, elevada documentação requerida pela Marinha do Brasil e pela Vigilância Sanitária traduzida pelo número de certificados exigidos e que devem ser mantidos nas embarcações; contraste entre o sistema informatizado da Receita Federal e a necessidade esdrúxula de os armadores serem obrigados a recolher os canhotos das notas fiscais de todas as mercadorias para fechar o livro de bordo da viagem, acabam produzindo um considerável entreve no uso desse transporte.
O alto custo do combustível que é 30% mais caro do que o combustível destinado ao modal rodoviário, o envelhecimento da frota e a dificuldade em se contratar novas embarcações, assim como a renovação da frota, são também vetores de contenção da expansão da cabotagem.
Vários estudos apresentam recomendações para um melhor aproveitamento do transporte de cabotagem. Esses estudos apontam para a necessidade de modernizar a frota de navios dotando-os de melhor capacidade operacional; utilização de terminais portuários com maior eficiência, uso eficiente na armazenagem das cargas, infraestrutura de apoio integrada com os modais terrestres, redução considerável na burocracia com a simplificação documental e uso intensivo de sistemas informatizados, integração total através de plataformas logísticas, entre outros.
O Brasil tem grandes potencialidades para desenvolver o transporte de cabotagem. Para isso, além da uma vontade política e uma visão estratégica é necessário intensificar o seu uso e melhorar significativamente as operações logísticas em toda a sua extensão.

Fontes:
CNT – Pesquisa CNT do Transporte Aquaviário – Cabotagem – 2012.
EF.COMEX – Logística Internacional – Transporte de contêineres na cabotagem inhttp://www.efcomex.com.br/pt-br/quem-somos/ef-news/14-canal-aduaneiro/1200-cabotagem-no-brasil-tem-potencial-para-transportar-2-7-milh%C3%B5es-de-cont%C3%AAineres – acesso 22/05/2014.
Araujo, J. G.  – Retratação da Navegação de Cabotagem no Brasil – Seminários ILOS – 2013.
Sande, M. L – in Navegação e Portos no Transporte de Contêineres – Revista do BNDES – Vlo, 11, No. 22 pag. 215-243 – Dezembro 2004.
Panorama da navegação de cabotagem brasileira – Noate No. 000015-2013-GDN - http://www.antaq.gov.br/portal/pdf/NOTE0000152013GDMFreteCabotagemV2.pdf - acesso 22/05/2014.
Coelho, L.A. S. de A. – in Desenvolvimento da navegação de cabotagem – Fórum de transporte multimodal de carga – in  http://www.antaq.gov.br/portal/pdf/Palestras/PalestraCabotagemAEB.pdf - acesso 22/05/2014.
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Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e  autor das seguintes obras didáticas:
•         Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
•         Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
•         Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.

sábado, 17 de maio de 2014

A revolução do Big Data.

A REVOLUÇÃO DO BIG DATA
O Hubble está desvendando o Universo; o
Big Data o nosso universo de dados!


O volume de dados que vem sendo gerado hoje em computadores, tablets, smarphones e outras formas de tecnologia é impressionante e vem crescendo consideravelmente, muito especialmente em função da denominada internet das coisas (ver postagem nesse blog de 21/02/2014).
Para avaliar o crescimento desse volume de dados, basta lembrar a velha fábula do inventor do jogo de xadrez, quando o imperador encantado com o jogo quis remunerar o seu criador. Ele então respondeu: “no primeiro quadrado eu quero um grão de arroz, e a cada quadrado seguinte a quantidade de arroz deverá ser duplicada”. Depois de trinta e duas quadras, o imperador teria dado ao inventor do xadrez nada menos do que quatro bilhões de grãos de arroz!
Segundo estimativas da International Data Corporation, uma empresa de pesquisa de mercado, análise e consultoria especializada em tecnologia da informação, telecomunicações e tecnologia de consumo, o volume de dados que são gerados diariamente vem dobrando a cada dois anos, considerando nessa estimativa os dados gerados através da denominada internet das coisas.
De acordo com Eric Schmidt ex CEO da Google, havia cinco exabyte de informação criados entre o início da civilização até 2003. Muito mais informação é gerada hoje a cada dois dias e, essa velocidade está aumentando exponencialmente! As pessoas não estão prontas para revolução que vai acontecer com elas.
O termo Big Data é aplicado para as informações que não podem ser processadas ou analisadas utilizando-se dos processos e ferramentas tradicionais, uma vez que essas informações são geradas através de inúmeros dispositivos visto que a formatação desses dados é bastante variada o que dificultaria ou tornaria impossível a sua análise pelos métodos tradicionais.
Três características definem o Big Data: volume, variedade e velocidade. Quanto ao volume, muitos fatores contribuem para um aumento considerável no volume de dados gerados, como descrito nos parágrafos anteriores; a relação quanto à variedade pode ser percebida considerando-se os dispositivos geradores de dados, tais como: arquivos de textos, emails, imagens, vídeos, áudios, etiquetas inteligentes (RFID) e tantas outras formas vinculadas ao que se denominou de internet das coisas e, finalmente a velocidade está ligada tanto a geração dos dados quanto a forma ágil de processá-los para que tenhamos condições de rapidamente analisa-los.
A figura 2 apresenta esse detalhamento que passa a ser conhecido no jargão da tecnologia da informação como V3 (volume x Variedade x Velocidade).

Figura 2 – As característica do Big Data – Volume, Variedade e Velocidade.

Inúmeras empresas estão mergulhando profundamente nesse universo com objetivo de explorar esse verdadeiro tsunami de dados, objetivando, por exemplo, orientar as previsões de vendas, novos investimentos, lançamentos de novos produtos, etc., além de possibilitar monitorar operações das mais diversas (ver postagem de 08/12/2013).
O Mckinsey Global Institute (MGI) estudando alguns setores nos Estados Unidos e na Europa, entre eles saúde nos EUA, setor público europeu e o varejo americano, estimou grandes ganhos através da utilização do Big Data, como por exemplo: um varejista com big data tem possibilidades de aumentar sua margem operacional em mais de 60 por cento. Na área da saúde nos EUA, a análise de um grande volume de dados pode impulsionar a eficiência e qualidade do setor e produzir redução nas despesas em cerca de 8 por cento. No setor público europeu, segundo o mesmo estudo, para as economias desenvolvidas da Europa, os governos poderiam economizar mais de € 100 bilhões em melhorias na eficiência operacional, através da utilização do big data.
Também não podemos esquecer que o big data é uma excelente ferramenta para a detecção e controle de erros e fraudes, além de aumentar a eficiência do sistema de receitas fiscais. O nosso “leão” da Receita Federal deve utilizá-lo com bastante eficiência!
Estudos realizados por pesquisadores liderados pelo professor Erik Brynjolfsson do MIT destacam que a gestão através do big data vem produzindo grandes efeitos na melhoria da produtividade. Esse estudo teve com base uma pesquisa realizada em 179 grandes empresas e mostrou que ao utilizarem de análise de dados essas empresas obtiveram ganhos de produtividade que oscilaram em 5% e 6%.
É claro que a mineração desses dados é uma tarefa bastante complexa, porém algoritmos computacionais sofisticados e uso de tecnologias de inteligência artificial tem permitido o processamento e o reconhecimento de padrões por computadores de alto desempenho.
Um relatório produzido pelo MGI estima que, em face dessa massiva geração de dados que precisam ser processados e analisados, haverá uma necessidade de cerca de 180.000 novos postos de trabalho, só nos EUA.
Como o volume de dados gerados vem crescendo assustadoramente, cada vez mais é imperioso o uso de computadores de alta velocidade, assim com algoritmos que permitam a mineração desses dados em tempo recorde. Essa tarefa envolve: sistemas, softwares, computadores, recursos humanos etc. em fim, uma grande infraestrutura para manter e operar hardwares e softwares. Nesse sentido, muitas aplicações estão surgindo na análise desses dados com a utilização de algoritmos especiais que se acoplam aos sistemas de inteligência artificial e redes neurais, possibilitando assim que os próprios softwares através do “aprendizado” na coleta e interpretação dos dados produzam melhorias no próprio funcionamento deles.
O Big Data está se tornando uma grande revolução, porém não podemos esquecer outras questões importantes que terão de ser abordadas com relação ao potencial dessa nova ferramenta. Estamos falando de políticas relacionadas à privacidade, segurança, propriedade intelectual, bem com da responsabilidade no uso e operação do big data. Recentes questões jurídicas com o Google já demonstram preocupações nesse âmbito!

Fonte:
Big data: The next frontier for innovation, competition, and productivity in http://www.mckinsey.com/insights/business_technology/big_data_the_next_frontier_for_innovation - acesso: 15/05/2014.
Manyika, j. ;  Chui M.; Brown B.; Bughin, J,; Dobbs, R.; Roxburgh C.; Hung, C.B. in BIG  Data - The next frontier for innovation, competition, and productivity – in McKinsey Global Institute Report – May, 2011.
Eaton, C.; Derros, D.; Deutsch, T.; Derros, D.; Lapis, G.; Zikopoulos,P. – in Understanding Big Data – Analytics for Enterprise Class Hadoop and Streaming Data – McGraw Hilll – Companies – 2012
Lhor, S.  -The Age of Big Data – The New York Time – Sunday Review – February 11 , 2011 – in http://www.nytimes.com/2012/02/12/sunday-review/big-datas-impact-in-the-world.html?pagewanted=all&_r=0 – acesso 15/05/2014
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Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e  autor das seguintes obras didáticas:
  • Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
  • Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
  • Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.


sábado, 10 de maio de 2014

Sustentabilidade

SUSTENTABILIDADE

A palavra sustentabilidade vem sendo aplicada por todos os lados, muitas das vezes, sem um real significado do seu conteúdo. Assim, para balizar o entendimento do termo apresentamos a definição criada pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento sob os auspícios das Nações Unidades que assim define a finalidade as ações de sustentabilidade: “atender às necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de futuras gerações de atender às próprias necessidades”.

De um lado, é inegável que as mudanças climáticas estão se acelerando consideravelmente. Independente que quem é o maior vilão dessa história, as consequências já começam a se fazer presente: inundações, secas inesperadas (os recentes episódios de falta de águas nos reservatórios das usinas hidroelétricas e represas destinadas ao abastecimento de água potável para as populações de grandes metrópoles é um exemplo irrefutável), tufões e vendavais, além de tantos outros eventos que, em alguns casos, transformam-se em proporções que acabam abalando a estrutura de um povoado e mesmo de uma cidade com seus reflexos na vida de seus habitantes e na economia.

De outro, o crescimento populacional vem avançado e, apesar do controle da natalidade e mesmo a redução dos números de filhos por casal, estudos apontam para uma estimativa da ordem de nove bilhões de pessoas para o ano de 2050 habitando o nosso planeta.
Alimentar essa população, dar-lhes abrigo e uma vida descente é uma tarefa hercúlea que inexoravelmente não será cumprida. Hoje o que se verifica é um aumento considerável na concentração da riqueza, enquanto milhões passam fome e não possuem condições mínimas para a própria sobrevivência!

Uma abordagem complementar está voltada para o desperdício de alimentos produzidos e consumidos pelas populações das cidades. É absurda a quantidade de alimentos que são literalmente jogados no lixo. Segundo estudos realizados pelo Banco Mundial, 20% da população mais rica do mundo consume 76,6% de todos os produtos produzidos, enquanto que os demais habitantes do nosso planeta, ou seja,  80% restantes, consomem 22,4% neles incluídos os menos favorecidos que consumem 1,5%. Segundo estudos realizados pela Divisão de Estatística das Nações Unidas, a produção per capita de lixo, apresenta as seguintes médias diárias:  Estados Unidos (2,09 kg), Austrália (1,22 kg), Japão (1,17 kg), Canadá (0,81 kg) e China (0,32 kg).

Não foi sem razão que um famoso guru da indústria sustentável (ver postagem de 14/02/2014 – A nova economia industrial), Joel Makover, criou uma estatística baseada no que denominou Lixo Nacional Bruto (LNB) em contraste com o Produto Interno Bruto (PIB). Estudos realizados por esse pesquisador deram conta, em uma análise realizada nos Estados Unidos, que “cada tonelada de lixo municipal descartado, cerca de 70 toneladas de resíduos de produção, mineração, exploração de petróleo e gás, agricultura,  queima de carvão, entre tantos outros, são produzidos.

Nesse sentido, para avaliarmos a geração de lixo em relação ao Produto Interno Bruto, basta examinar a figura 2 que apresenta um gráfico comparativo entre Resíduos Transportados X Produto Interno Bruto dos EUA, elaborado pelo economista Michael McDonough.
Figura 2 - Resíduos transportados x Produto Interno Bruto – EUA
Fonte: BooombergBriefs.com

No Brasil, a composição média dos resíduos produzidos, segundo pesquisas realizadas pela Abrelpe em 2011 apresenta a configuração indicada no gráfico da figura 3, que foi elaborado com base em um relatório denominado: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil. 
 Figura 3 – Composição média dos resíduos produzidos no Brasil
Fonte: Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil – ABRAELPE – 2011.

O mundo de hoje além de estar impregnado de poluição por todos os lados, se mostra caótico com um crescente aumento da concentração da riqueza, redução do índice de felicidade das pessoas e aumento do isolamento social.

Urge que tomemos consciência ambiental com a finalidade de darmos uma virada nessa tendência que além de nociva é vetor para o desencadeamento da violência urbana e mundial.
      
        Fonte:



sábado, 3 de maio de 2014

Gerenciando uma Cadeia de Suprimentos na ponta dos dedos

GERENCIANDO UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS
NA PONTA DOS DEDOS


Já tratamos neste Blog, em postagem realizada em 17/10/2013, que a convergência de mídias, ou seja, as facilidades geradas pela possibilidade de acesso as informações a partir de qualquer dispositivo móvel (notebooks, tablets ou smartphones) ou fixo (desktop) é uma realidade que está revolucionando a forma de gerenciar uma cadeia de suprimentos.
A facilidade que hoje temos em acessar as informações que necessitamos, quando necessitamos, independente do local onde estamos e a multiplicidade de veículos de acesso que temos disponíveis tornou um elemento fundamental, nos dias de hoje, para que executivos e empresas estejam à frente dos mercados, deixando a concorrência “comendo poeira”!
Atividades como: gerenciamento das redes globais suprimentos, planejamento das operações, comunicação em todos os níveis, acompanhamento dos mercados em tempo real, acompanhamento dos pedidos dos clientes etc., são elementos indispensáveis, entre tantos outros, para que se possa atuar em um contexto de grande e aceleradas mudanças.
Essas mudanças não operam tão somente em termos do mercado, mas também estão presentes nas novas tecnologias que surgem na produção, nos processos e no manuseio de informações.
O grande desafio do “hoje” é estar hiperconectado com todas essas tecnologias para gerar maior crescimento, minimizar a concorrência e criar valor para o cliente.
Hoje a meta de qualquer empresa deve estar focada em superar o seu concorrente em termos de qualidade de seus produtos e serviços, velocidade para atender as exigências do mercado, formação de redes de suprimentos confiáveis, flexibilidade operacional e preços competitivos.
A equação de um crescimento bem sucedido é traduzida em uma formula “mágica” que explicitamos a seguir :

Crescimento = (velocidade + controle + previsibilidade) x Inovação

Figura 2 – Equação do crescimento 

Para que o sucesso visite permanentemente uma empresa será necessário que ela opere utilizando uma estratégia centrada em sua cadeia de suprimentos, como estrutura primordial para que obtenha ganhos e amplie seu mercado.
Para que isso venha a acontecer, além de estar devidamente municiada com o apoio da tecnologia da informação através das facilidades que ela permite em termos de uso de dispositivos móveis e fixos para a obtenção de informações de apoio a decisão em tempo real, há que demandar um esforço conjunto para operar um processo colaborativo mais amplo traduzido numa envoltória de colaboradores internos e externos.

Fonte:
Supply Chain News Bite – Supply Chain Graphic of the Week: 4D Collaboration at Under Armour www.scdigest.com/ - acesso: 01/05/2014.
Improve supply chain collaboration with your supply chain partner - www.logility.com/ - acesso:  01/05/2014.
Neinburg, Bil – in 4D Collaboration at Under Armour – Atlanta (2014) Logility Conference.
Future Guidance – A FSN & Oracle White Paper - FSN Publishing Limited 2008.

Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e autor das seguintes obras didáticas:
  • Administração de estoques – Teoria e Prática em coautoria de E.Scwember – Editora Interciência.
  • Administração de Materiais – 4ª. edição – Editora Campus/Elsevier.
  • Logística e Cadeia de Suprimentos – O essencial – Editora Manole.