quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Poluição Ambiental - Contaminação do Pescado.

POLUIÇÃO AMBIENTAL – CONTAMINAÇÃO DO PESCADO. 


Resenha do Artigo:

Em sendo o homem o maior predador da natureza, desperdiça recursos e polui de forma exacerbada o ecossistema que habita!

Mares, rios e lagoas e até mesmo o espaço, estão poluídos e essa poluição tem altos custos, independente das condições climáticas.

Como o peixe é elemento básico da nossa cadeia alimentar e convivendo em ambientes poluídos, uma questão se levanta: será que gradativamente estamos nos contaminando?

O exemplo vem do plástico, mais estudado recentemente, e hoje encontrado até em nossa corrente sanguínea, no fígado e nos rins e até mesmo no leite materno!

A resposta aqui é de gestão de estoques e seu balanço entre entradas (consumir), saídas (secretar) e saldos (estoque). Se essa equação resultar positiva ou seja, geração de estoques, uma coisa é certa e tem significado imediato, a contaminação atingiu o nosso corpo e vamos pagar muito caro por isso!

É nesse enfoque que desenvolvemos esse artigo.

POLUIÇÃO AMBIENTAL – CONTAMINAÇÃO DO PESCADO.

A poluição ambiental atingiu níveis alarmante em todo o planeta e mesmo fora dele. Basta considerar que a nossa exosfera (camada onde orbitam os satélites artificiais) se encontra com um alto grau de poluição, dificultando muitas vezes o lançamento de novos satélites ou mesmo provocando a necessidade de manobras radicais da Estação Espacial Internacional, para que a mesma não venha a colidir com detritos espaciais.

O fato é que a poluição e consequente contaminação do nosso ecossistema é uma realidade preocupante, muito especialmente quando a examinamos sob a ótica da cadeia alimentar. A presença de elementos químicos indesejáveis em diversos alimentos quer sejam frutas, legumes, carnes e derivados projeta danos consideráveis a nossa saúde.

Por exemplo, a exposição ao mercúrio e demais metais pesados, é uma grande ameaça à saúde humana. Na sua forma orgânica do mercúrio, por exemplo, conhecida como metilmercúrio é a mais tóxica delas, sendo inserida na cadeia alimentar humana pela ingestão de pescados ou mesmo contaminação mediante a sua absorção pela pele. Ele é 100 vezes mais tóxico do que o mercúrio em sua forma elementar.

Seus efeitos danosos se destacam nos humanos que passam a apresentar um quadro de irritabilidade, perda de memória, dificuldades de concentração, insônia entre tantos outros efeitos adversos.

A realização de um exame de mineralograma capilar (efetuado através da coleta de cabelos ou pelos) permite investigar a presença de elementos tóxicos no organismo humano. Por exemplo, no caso do metilmercúrio, uma concentração de 50 ppm (partes por milhão) é uma indicação da contaminação por esse produto.

O metilmercúrio normalmente chega à lagos, córregos, mares etc., e a sua presença nos frutos do mar, uma das principais fontes de alimento, podem prejudicar o desenvolvimento cerebral das crianças causar sintomas como  comprometimento da fala e fraqueza muscular nos adultos. Como o peixe é elemento básico da nossa cadeia alimentar, os cientistas vêm pesquisando a presença de elementos tóxicos nos pescados onde o mercúrio se agrega fortemente ao tecido muscular dos peixes.

Uma prática danosa e muito utilizada é o garimpo ilegal que ocorre, em diversas regiões brasileiras, uma perigosa poluição ambiental em face do uso do mercúrio na coleta de ouro ou mesmo, na recuperação desse metal, do mesmo modo, o mercúrio volatilizado, acaba sendo levado pelo vento e se precipitando em alguma região.

Os vetores da dinâmica da toxidade do mercúrio destacam-se através da inalação do ar, no consumo de alimentos e água e por contato com a pele. (Paulogeorgatos et. Al, 2002).

Há uma volumosa literatura descrevendo os efeitos danosos do mercúrio nos seres humanos, valendo destacar: doenças autoimunes, anomalias cromossômicas, leucemia, câncer do fígado e dos pulmões, morte fetal, retardo no crescimento, distúrbios visuais, depressão e uma vasta gama deles!

Aqui no Rio de Janeiro, por exemplo, uma pesquisa da Unesp (Universidade de São Paulo) em parceria com a UFF (Universidade Federal Fluminense) e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) constatou uma concentração inaceitável de metais pesados na Baía de Guanabara, em especial o chumbo, zinco e cobre.

Essa concentração é devida, entre outros fatores ao fato de que “70% das indústrias estão localizadas ao redor da Baía de Guanabara” (op. cit. Galvão de Campos – Diário do Porto – 30/09/2019) e, a inexistência de um tratamento adequado dos resíduos industriais, provoca um grande impacto no ecosistema marinho!

A Baía da Guanabara é área de reduto pesqueiro. Por exemplo, um levantamento realizado pela bióloga Hauser Davi, doutoranda em Química Analítica do CTC/PUC-Rio, revelou que os peixes mais comuns pescados e consumidos em várias localidades do Rio de Janeiro, apresentam alta concentração de metais pesados (op.cit, Belma -26/08/2011).

Do mesmo modo, pesquisas realizadas pela Fiocruz (Fundação Osvaldo Cruz) mostraram que peixes coletados na Bacia do Rio Branco (RR) apresentaram grandes concentrações de mercúrio em proporções muito superiores à aquelas permitidas pela OMS (Organização Mundial da Saúde), onde algumas espécies de peixe carnívoros, como por exemplo a dourada, pescada, tucunaré chegam a tal nível de contaminação que a porção máxima de consumo por semana recomendada pelos pesquisadores não deverá ultrapassar à 200 gramas, enquanto outros como o Filhote, barba chata, coroataí, piracatinga ficam restrito à 50 gramas por mês! (Nota Técnica da Fio Cruz – op.cit. Amazonas Atual – 01/09/22).

Como o peixe é elemento básico da nossa cadeia alimentar e convivendo em ambientes poluídos, uma questão se levanta: será que gradativamente estamos nos contaminando?

O exemplo vem do plástico, mais estudado recentemente, e hoje encontrado até em nossa corrente sanguínea, no fígado e nos rins e até mesmo no leite materno!

A resposta aqui é de gestão de estoques e seu balanço entre entradas (consumir), saídas (secretar) e saldos (estocar). Se essa equação resultar positiva, ou seja, geração de estoques, uma coisa é certa e tem significado imediato, a contaminação atingiu o nosso corpo e vamos pagar muito caro por isso!

É importante observar que a legislação brasileira estabelece que a concentração máxima de mercúrio em peixes predadores não deve ultrapassar 1,00 µg/g e mesmo assim, estudos já indicam que mesmo níveis abaixo do recomendado, já podem causar danos importantes à saúde em função da quantidade de pescado consumida (o.cit. Kumo, R. in Avaliação da contaminação por mercúrio de peixes do alto Pantanal – 2003).

Vale registrar que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é o órgão responsável para inspecionar e fiscalizar a produção de alimentos e, nesse sentido, opera com um programa denominado Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em produtos de origem animal (PNCRC) que tem por finalidade identificar a presença de contaminantes nos produtos alimentícios.

“A poluição, a ganância e a estupidez são as maiores ameaças ao planeta.”

Stephen Hawking






quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Guerras e Tecnologias – Histórias de James Bond.

 Guerras e Tecnologias – Histórias de James Bond.



Nenhum País é uma ilha no campo da ciência e da tecnologia!

Hoje as cadeias globais de suprimentos, expostas diante dos conflitos geopolíticos e pandemias, destacaram o nível de dependência de diversos países no que se refere à alimentos, produtos em geral e especialmente itens de alta tecnologia, indispensáveis para a operação das máquinas de defesa de diversos governos.

Recentemente, por exemplo, foi descoberto que os caças americanos F-35, produzidos pela Lockheed Martin, continham componentes de fabricação chinesa. Diante desse pesadelo o Pentágono suspendeu a entrega de novos caças adquiridos na Lockheed.

O pesadelo se transformou em um “filme de terror” quando o Departamento de Defesa dos EUA descobriu que 825 caças, entregues desde 2003, possuíam um imã de fabricação chinesa e utilizado nas unidades de energia auxiliar dessas aeronaves!

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia, é outro caso contundente! Por exemplo, o drone russo Orlan-10, conhecido com “os olhos e os ouvidos do exército russo” que foram abatidos pelos ucranianos, permitiu que esses os desmontassem num processo de “engenharia reversa”.

Nessa investigação descobriram que vários dos componentes utilizados na sua fabricação pela STC (Special Technology Center) em São Petersburgo, eram de origem americana, japonesa, holandesa e suíça!

As fragilidades das cadeias globais de suprimentos postas à prova diante dos recentes eventos, acabaram levando a um maior controle na exportação de componentes estratégicos nos mais diversos países, assim como a imposição de severas restrições para os fabricantes desses itens, que passam a estar sujeitos à responsabilidades criminais, na hipótese de violação do controle de exportação.

A alternativa que vem sendo utilizada é o uso de “intermediários” estratégicos, e a situação beira as películas de James Bond, como foi o caso de Kazdan, também conhecido como Alex Stanton, que possui cidadania russa e americana.

Mediante a sua empresa Ik Tech que funcionava em sua residência, entregou à Rússia no período de 2018 à 2021, diversos componentes estratégicos no valor total de US$ 2,2 Milhões. Em fevereiro deste ano ele foi preso sob a alegação de contrabandear itens militares para a Rússia.

Diante de um cenário mais dramático, quando nos deparamos com países com pouco desenvolvimento tecnológico, como o Brasil, por exemplo, que é dependente de satélites para rastear suas áreas, sistema de telecomunicação, computadores, telefones etc. , duas vertentes abrem espaço nesse contexto: a dependência tecnológica e a exposição da sua soberania!

Só os paranoicos sobrevivem” -  Andrew S. Grove, ex-presidente da Intel.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

SUPPLY CHAIN – Estratégias Globais para a Resiliência.

 

SUPPLY CHAIN – ESTRATÉGIAS GLOBAIS para RESILIÊNCIA



Conflitos geopolíticos geram reflexões sobre novas estratégias para as cadeias globais de suprimentos. O objetivo precípuo é criar resiliência no fornecimento de bens e serviços.

Por exemplo, no ano de 2010 a China restringiu as suas exportações de minérios de terras raras (matéria prima essencial para a produção de itens de alta tecnologia) para o Japão, em face de um conflito numa disputa territorial. O resultado foi que o Japão redirecionou a sua cadeia de suprimentos desses insumos, reduzindo a importação da China de 90% para 58% em uma década (Foreign Affairs).

O mapeamento das cadeias de suprimentos, diante de conflitos geopolíticos e domésticos, assim como as lições da pandemia (lockdowns),  tornaram-se uma necessidade estratégica essencial, objetivando redirecionar fontes de suprimentos e criar maior resiliência na manutenção do suprimentos de bens e serviços.

Nesse contexto, diversos países em grupo ou em particular, estão trabalhando no mapeamento de suas cadeias de suprimentos críticos de forma a permitir um monitoramento precoce na produção de sistemas de alerta, ao mesmo tempo em que promovem a diversificação de suas fontes de fornecimento.

O caso brasileiro mais recente foi retratado em face do conflito entre a Rússia e a Ucrânia e a sua dependência de fertilizantes originários da Rússia, Bielorrúsia e  da própria Ucrânia. Tal crise provocou a necessidade de reduzir essa dependência através da produção interna, a exemplo da Cibra que inaugurou em 21/09/2022 uma nova  fábrica de fertilizantes  no Distrito Industrial 3 de Uberaba, no Triângulo Mineiro, com um investimento de R$ 55 milhões (Diário de Minas).

As palavras de ordem agora são reshoring (retorno dos processos industriais a nível doméstico e friendshoring (estreitar as relações entre nações amigas para o fornecimento de bens e serviços).

E não fica só nessa toada! Incidentes políticos podem promover restrições ou embargos no abastecimento de certos produtos, como por exemplo, a concessão do Prêmio Nobel da Paz a um dissidente chinês em 2010, levou a Pequim restringir a importação de salmão norueguês que atingia 94% (Foreing Affairs) para 37%, um colapso que impactou a economia norueguesa em US$ 60 milhões por ano!

Do mesmo modo, como relatamos em postagem realizada no dia 13/12/2022, nessa plataforma, os Estados Unidos proibiram a importação para a China de equipamentos destinados à produção de chips de alta tecnologia e mesmo o fornecimento de chips para os chineses.

Os Estados Unidos, por exemplo, ainda pagam um alto preço por ter direcionado grande parte do seu parque industrial para os territórios chineses, em busca de redução de custos e incentivos governamentais.

Diante desse cenário, por exemplo, Austrália, Índia, Japão e o próprio EUA criaram o denominado Quadrilateral (Quadrilateral Security Dialogue), um grupo de parceiros confiáveis envolvendo esses quatro países, com objetivo de construir cadeias de suprimentos resilientes para vacinas, semicondutores e tecnologias emergentes, especialmente aquelas focadas em energia limpa.

Diversas outras alianças estratégicas estão se formando (friendshoring/reshoring) com o objetivo de evitar interrupções nas cadeias de suprimentos, quer sejam por motivos de conflitos geopolíticos internacionais ou coerções econômicas, como os exemplos citados acima. Essas alianças acabam resultando num cenário de resiliência coletiva entre países amigos, transformando-se em uma estratégia de operação conjunta.

Como bem explica a OCDE: “ as maiores lições da crise são que os governos precisarão responder a futuras crises com velocidade e escala, salvaguardando a confiança e a transparência.”

A pergunta que fica é: Estamos nos preparando estrategicamente para isso?

 

“Vem, vamos embora que esperar não é saber”.

Quem sabe faz a hora e não espera acontecer!”

Geraldo Vandré




terça-feira, 6 de dezembro de 2022

1899 – Série do Netflix - Uma visão provocativa!

 1899 – Série do Netflix

Da Caverna de Platão para uma Simulação Computacional.

Uma visão provocativa!



A série de origem alemã, estreada na Netflix em 17  de novembro deste ano (2022), foi concebida por Barah bo Odar e Janjte Friese, os mesmos autores da série Dark, tão polêmica e complexa.

O enredo se desenvolve através de várias vivências e ações dramáticas de um grupo de imigrantes de várias regiões da Europa que resolvem partir, a bordo do navio Kerberos, com destino aos Estados Unidos.

Em meio à viagem, a tripulação do Kerberos acaba encontrando uma embarcação que estava à deriva e considerada desaparecida, denominada Prometheus.

A partir do encontro de Kerberos com Prometheus, as vidas dos passageiros começam a se transformar em um verdadeiro pesadelo, onde cada um traz consigo um segredo obscuro que vai sendo revelado ao longo da trama, quando o passado surge como uma realidade paralela, como se cada personagem adentrasse em um portal e, através dele, vivenciasse ativamente o seu passado.

Vale lembrar que “Kerberos”, na área da tecnologia da informação, é um “protocolo de rede, que permite comunicações individuais seguras e identificadas, em uma rede insegura”; como também é cão guarda de três cabeças (Cérbero) do deus Hades na mitologia grega.

Do mesmo modo, Prometheus , na área de tecnologia da informação, é um kit de ferramentas de monitoramento e alerta de sistemas de código aberto e também um titã na mitologia  grega.

Não sabemos se os autores pretendiam jogar com essas dualidades ao dar os nomes das embarcações!

Muitos observam essa série à luz do “Mito da Caverna”, um clássico bastante conhecido da obra de Platão, citada em sua República. Sem sermos repetitivos, vale relembrar esse mito que se funde quando pessoas foram aprisionadas em uma caverna desde a infância e estavam acorrentadas e assim, somente podiam visualizar apenas sombras distorcidas que eram projetadas através da claridade fornecida por uma fogueira e sendo essas o único conhecimento que dispunham.

Nossa abordagem vai além, passando por considerar as últimas pesquisas da neurociência: “O modelo do cérebro como uma máquina de processamento de informações é uma hipótese profunda em que neurociência, psicologia e teoria da computação estão agora profundamente enraizadas. Onde a neurociência moderna visa modelar o cérebro e seus mecanismos dinâmicos de processamento de informações de percepção e cognição, tal qual uma rede de nós funcionais densamente interconectados.” (op.cit . Robin A. A. Ince at all. In  Tracing the Flow of Perceptual Features in an Algorithmic Brain  Network – Nature/Scientifical Reports – dez/2015 – em tradução livre).

Nesse sentido, podemos perceber que temos vários “periféricos” que atuando como sensores, são responsáveis por conduzir as informações até o nosso cérebro e nele são processadas: visão (visão computacional), audição (reconhecimento de voz e traduções), olfato ( chip de silício com olfato” capaz de detectar odores que variam de explosivos a patógenos), tato (mão biônica que usa eletrodos para simular a sensação do tato em pacientes amputados) e paladar (já temos robótica  gastronômica, falta pouco para um robô degustador).

E, nessa operação, o nosso cérebro funciona como um grande computador que, acoplado a esses dispositivos e utilizando complexos algoritmos, responde aos estímulos produzindo uma série de efeitos periféricos de resposta: afastar a mão diante de um calor intenso, cobrir o nariz diante de um odor indesejável etc. Assim, o nosso cérebro é o centro das sensações e das emoções.

É nessa direção que olhamos essa série!

Hoje, as Big Techs coletam um massivo volume de dados dos usuários das redes de internet permitindo assim, praticamente, traçar o perfil comportamental de cada um deles. A sofisticação chega a tal ponto que é possível simular uma “conversa” com um antepassado nosso que tenha convivido no mundo das redes sociais, mediante sofisticados algoritmos de machine learning que conseguem produzir, com base no Big Data desse antepassado, diálogos bem semelhantes aos produzidos na conversa entre Blake Lemoine (engenheiro da Google) que entrevistou a inteligência artificial (IA) LaMDA (Modelo de Linguagem para Aplicações de Diálogo).

E dentro desse enfoque a série abre, segundo nossa análise, um leque para uma nova abordagem especulativa, ao mostrar que tudo não passa de uma simulação realizada por um grande computador quântico. Aliás, não poderia ser diferente, dado o volumoso número de atividades realizada no processamento das informações em todos os cenários descritos.

Aí, voltamos a velha questão: estaremos mergulhados numa Matrix? Esse mundo é real ou uma simulação realizada por seres superdesenvolvidos?

Embarquemos então numa "viagem" especulativa, no nosso Kerberos, mediante um exercício intelectual, em face de Brostrom (Superinteligência) e Virk (The Simulation Hypothesis), que não descartam a hipótese de estarmos mergulhados em um universo virtual!

Dentro do escopo desse raciocínio especulativo, provado que a informação é o quinto estágio da matéria, uma pergunta intrigante nos visita: Será que o universo que conhecemos e habitamos é uma simulação "rodando" em algum computador? Pensando melhor, se a informação é um componente chave do universo, então é bem possível que em algum lugar, um computador quântico pode estar "rodando" o universo inteiro como uma simulação!

Ou em breve, considerando o volume de informações de cada um de nós, disponíveis em massivos bancos de dados das Big Techs, teremos a possibilidade de vivenciar nosso passado em um processo de simulação computacional? Ou mesmo, num futuro próximo, utilizando uma versão mais sofisticada do projeto do Neuralink, que permita conectar o nosso cérebro um computador quântico, simular uma vida toda?

Mas isso é uma mera especulação provocativa!

Há mais coisas no céu e terra, Horácio, do que foram sonhadas na sua filosofia” - Shakespeare in Hamlet