quarta-feira, 28 de julho de 2010

A logística no setor bancário

A logística no setor bancário

A visão mais conhecida da logística está voltada para o suprimento de bens de consumo.
Uma das primeiras imagens que perpassa pela nossa mente está relacionada ao atendimento após a compra de um produto, quer tenha sido adquirido via internet (através do site da empresa vendedora) quer mediante a visita a uma loja física!
Poucos porém percebem que a logística vai muito além e envolve áreas tão diversas que custamos a acreditar na amplitude de seus espaços operacionais.
Pensemos então no setor bancário, só para diferenciar dos segmentos de mercado que normalmente antevemos de forma mais proximal da logística.
Dentro do segmento bancário vamos então imaginar um problema comum que diariamente afeta as atividades dos diversos bancos: caixas eletrônicos.
Sem adentrar nos processos mais sofisticados e mesmo na tecnologia da informação que envolve as operações bancárias, o usuário do terminal, na sua quase totalidade, é atendido, ou seja, o saque que solicitou é efetivado na quantidade de numerário (dinheiro) que solicitou.
Para que isso ocorra vamos olhar algumas das operacões envolvidas, sem examinar as questões relacionadas com as transações bancárias propriamente ditas:
Primeiramente deveremos ter presente que exitem uma enorme quantidade de terminais de auto-atendimento (caixas eletrônicos) espalhados nas grandes cidades.
Em segundo lugar, raramente o cliente solicita um saque de numerário é não é atendido, excetuando-se é claro, os casos de insuficiência de fundos.
Em terceiro lugar, o dispensador de numerário (dinheiro) dos caixas eletrônicos, para um perfeito atendimento, devem dispor de notas de vários valores: R$ 50,00; R$20,00 e R$ 10,00 e em alguns casos também de notas de R$5,00 e R$2,00.
A partir dessa constatação surgem algumas perguntas básicas tais como:

  • Quanto de numerário cada caixa eletrônico deve dispor? Significa responder qual o estoque de dinheiro físico em forma de notas de R$50,00, R$ 20,00 ... etc. cada caixa eletrônico deve ter?
  • Como suprir essa necessidade de dinheiro dos clientes nos diversos dias da semana? É importante considerar que nos finais de semana, em especial, a partir das sextas-feiras, os volumes de saques e acesso aos terminais de auto-atendimento são significativamente maiores do que nos demais dias da semana.. Aqui estamos falando da flutuação da demanda (saques de dinheiro nos caixas eletrônicos), sazonalidade etc.
Ora, por um lado, ter estoque de dinheiro disponível em caixas eletrônicos tem um custo! Esse custo  se reflete na penalidade de pagar juros pelo tempo em que o dinheiro ficou disponível para que o cliente o retire no caixa eletrônico ( em tese, vinte e quatro horas por dia e sete dias por semana!).
De outro lado, como fazer o suprimento de dinheiro nos caixas eletrônicos distribuidos no espaço geográfico de uma grande metrópole? Com que periodicidade esse suprimento deverá ser realizado e qual será a quantidade de numerário que cada caixa eletrônico deverá ser reabastecido?
É claro que essas perguntas envolvem temas da logística tais como: previsão de demanda, sazonalidade, estoques mínimos, custo dos estoques (custo do dinheiro parado nos caixas eletrônicos aguardando os saques), critérios para suprimento dos estoques de dinheiro nos diversos terminais de atendimento espalhados pela cidade, transporte dos valores até os caixas eletrônicos etc.
Logo, podemos preceber como é vasto e complexo o escopo da logística!

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A logística no varejo.

A logística no varejo.

O varejo em sua concepção tradicional sofreu uma mutação avassaladora a partir do momento em que a logística adentrou a suas portas apoiada pela tecnologia da informação.
Código de barras e transferência eletrônica de dados (EDI) já não são novidades impactantes em um mercado em franca expansão.
O varejista de hoje, diferentemente do "balconista" de ontem, é um homem antenado na tecnologia que lhe dá o suporte necessário ao desenvolvimento de suas atividades.
De um lado, softwares de apoio a decisão subsidiados por modelos logísticos destinados a melhorar a previsão de vendas, a gerir os estoques, simplificar processos, gerenciar categorias, para citar uns poucos em um amplo elenco de alternativas, estão presentes no dia-a-dia do varejista de hoje.
Por outro lado, os clientes estão cada vez mais exigentes, menos fieis a marcas e realizando compras em um contexto mais amplo de acesso a informações sob produtos, qualidade e preços.
Para atender a esse biônio sem perder o foco, o varejista de hoje necessita ter uma logística sofisticada que lhe de apoio em tempo integral.
Atender a um cliente de forma adequada requer muito mais do que um simples sorriso nos lábios e a simpatia de um  vendedor! O cliente deseja um produto e não espera por recebê-lo. O quer "just-in-consumption" fazendo uma paródia com o "just-in-time".
Ora, atender ao cliente no exato momento que ele deseja um produto é uma tarefa que requer um sofisticado fluxo de produtos ao longo da cadeia produtiva.
Para tanto a logística passou a fazer parte da vida do varejista! 
Diferentemente do modelo do passado, hoje ter um leque de opções de produtos não implica necessáriamente na manutenção de grandes estoques em intermináveis prateleiras! O que o varejista vai precisar é de uma logística de apoio eficente e presente em tempo integral.
Isso será possível a partir do momento em que o varejista passe a fazer parte da cadeia de suprimentos como ator e não como coadjuvante! Ele passa a ser parceiro de seu fornecedor e não um mero comprador eventual.
Se a logistica é o "planejamento e a operação de sistemas físicos, informacionais e gerenciais necessários para que insumos e produtos vençam condicionantes espaciais e temporais", a hora é essa!
Assim, o varejista de hoje, antenado com as novas tecnologias, está cantando a velha canção de Geraldo Vandré: "vem, vamos embora porque esperar não é fazer, quem sabe faz a hora e não espera acontecer!" 

A logística presente em nossas vidas!

A logística presente em nossas vidas!

Apesar de todo o avanço da tecnologia, produtos precisam ser levados até o cliente final.
Um click em um site de compras implica em uma série de operações que se desenvolvem assim que o usuário completa sua ação via internet. 
Essas operações são desenvolvidas com objetivo primordial de fazer chegar ao comprador o produto que escolheu e adquiriu através da tecnologia da informação.
Se imaginarmos um  teatro, o que fazemos ao visitarmos um site de compras é semelhante ao desenrolar de uma peça, seja ela cômica ou dramática! 
Porém, é bom lembrar que o visual dos atores e suas performances envolvem outras atividades que  são realizadas atrás do palco.
Igualmente isso acontece na logística.
Assim a logística envolve o planejamento e a operação de sistemas físicos, informacionais e gerenciais destinados a vencer condicionantes espaciais e temporais de forma econômica, ou seja, o produto que você comprou através de um site deve chegar ao destino final, vencendo as condições geográficas existentes entre a sua origem até o local que você indicou para que o produto seja entregue. E, toda essa operação deverá ser realizada de forma rapida e econômica.
Assim na linguagem de Daskin que utilizamos acima, podemos dizer que a "logística é o planejamento e a operação de sistemas físicos, informacionais e gerenciais necssários para que insumos e produtos vençam condicionais espaciais e temporais de forma econômica".
E esse é o grande desafio da logística de hoje, especialmente com a globalização dos mercados.