sábado, 20 de dezembro de 2014

Cidades Inteligentes - Parte II

CIDADES INTELIGENTES
Parte II



Conforme mostramos na postagem anterior – Cidades Inteligentes – Parte I, o cidadão metropolitano ganhará muito mais autonomia, dado o volume de informações que terá disponível para a tomada de decisões, quer seja para se deslocar para o trabalho, agendar um serviço ou mesmo, frequentar um restaurante.

O uso intensivo da tecnologia nos seus mais diversos campos permitirá produzir melhoras significativas na infraestrutura urbana, propiciando aos cidadãos, serviços mais eficientes e melhor qualidade de vida, mesmo em grandes centros urbanos.

Se considerarmos que até 2050 cerca de 6,6 bilhões de pessoas viverão nas cidades, quase o dobro da população urbana de hoje (Figura 2), a infraestrutura, os serviços, a economia e a mobilidade vão necessitar de grandes transformações, sob pena de entrarmos em um verdadeiro caos urbano!

Figura 2 – Evolução da população urbana
Fonte: UNFPA

Não podemos nos furtar de especular que nesse novo ambiente de alta concentração populacional, as cidades estarão lançadas à uma verdadeira competição para atrair novos moradores, empresas e visitantes, tendo como atrativo primordial uma alta qualidade de vida das pessoas, aliada a uma dinâmica econômica de prosperidade.

Os desafios para esse objetivo serão gigantescos e perpassam por todos os sistemas envolvendo as infraestruturas urbanas, as operações das metrópoles e as pessoas que nelas vivem, além evidentemente de necessitar de uma melhoria substancial no nível de escolaridade das pessoas.

O estudo para o desenvolvimento das Cidades Inteligentes considera um pilar básico que se encontra retratado na Figura 3, qual seja: o transporte e por via de consequência a mobilidade urbana, a segurança pública, a educação sem a qual não haverá viabilidade da sociedade interagir de forma completa com os sistemas disponíveis e a saúde.



Figura 3 – Pilares básicos das Cidades Inteligentes
Fonte: IBM

Tendo como pilar básico para a transformação das cidades, os quatros setores destacados na figura  3, haverá uma expansão das atividades que serão interconectadas.  A figura 4 apresenta uma aproximação do que se pretende integrar nas chamadas cidades inteligentes.

Figura 4 – Interligação ampliada dos sistemas
Fonte: IBM

Primordialmente podemos dizer que as cidades inteligentes terão como foco orientar o crescimento econômico de forma sustentável, criando um ambiente de prosperidade para aqueles que nelas conviverão. O grande desafio será coordenar todas as operações levando-se em conta que uma cidade é um sistema dinâmico complexo, interconectado por sistemas dos mais variados.

Nesse sentido projeta-se para o futuro que tudo estará conectado a uma grande rede de dados, onde todos os sistemas estrarão interligados: sistemas elétricos, sistema de saneamento (água e esgoto), operação das estradas, das ruas, dos metrôs, estações de embarque e desembarque, aeroportos, edifícios e até as lixeiras, que também serão inteligentes!

Num futuro próximo, os carros nos levarão ao local de trabalho enquanto nos atualizamos com as últimas notícias ou estaremos entretidos assistindo um filme ou mesmo um show num smart dispositivo. Ao chegarmos no local de trabalho e desembarcarmos, o veículo procurará uma vaga para estacionar e, quando retornarmos, utilizando um mesmo smart dispositivo chamaremos o veículo que nos levará de retorno ao nosso lar!

Para essa avalanche de facilidades estar disponível a um toque na tela de um smart dispositivo, por exemplo, será necessário implantar sensores em todos os ambientes das cidades. Esses sensores serão instalados em edifícios, postes, estacionamentos, sistemas de distribuição de energia e de abastecimento de água etc.

Por exemplo, empresas como a IBM, Siemens, Microsoft, Intel e Cisco já oferecem uma gama variada de softwares destinados a resolver um grande número de problemas das cidades, desde relacionados à poluição ambiental, controle de engarrafamentos (ver o COR em http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/), detenção de vazamentos em tubulações, segurança pública, monitoramento do fluxo de veículos (figura 5)  etc.

Figura 5- Sistema de controle de veículos com sensores
Fonte: IBM

Hoje, em Cingapura, Estocolmo e na Califórnia, sistemas desenvolvidos pela IBM coletam dados sobre as condições de tráfego e, utilizando sofisticados algoritmos matemáticos, fazem estimativas para indicar o local e a hora em que acontecerão os engarrafamentos, com uma razoável antecipação!

Não há dúvidas de que a tecnologia aliada à microeletrônica vai revolucionar a integração dos sistemas existentes nas cidades e seus cidadãos, com o primordial objetivo de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. Lembrando sempre que o tele trabalho se tornou um grande aliado da modernidade, facilitando assim a realização de inúmeros serviços sem a necessidade da presença física do seu executor na sede da empresa em que trabalha.

Fontes:
Heck, S and Rogers, M. in Are you read for the resource revolution – McKinsey Quarterly – March 2014.
Rios, C. – in Cidades inteligentes criam uma nova economia – Gazeta do Povo – 20/08/2014.
IBM – Institute for Business Value – Smarter cities for smart growth – IBM Global Business Services – Executive Report.
Ericsson – 10 Hot Consumer Trends 2015 – disponível em www.ericsson.com/consumerlab - acesso 12/12/2014.
Centro de Operações – Rio – disponível em http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/ - acesso 12/12/2014.
__________________________________________
Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e autor das seguintes obras didáticas:
  Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
        Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
        Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cidades Inteligentes - Parte I

CIDADES INTELIGENTES
Parte I

Imagine você pela manhã, ao sair para o trabalho, visualiza na tela do seu smartphone que o transito está congestionado. Rapidamente, usando um aplicativo que você instalou recentemente, verifica rotas alternativas quer seja utilizando o seu próprio veículo ou mesmo, através de um elenco de modais de transporte disponíveis e então, dentro de suas expectativas, chega confortavelmente ao seu local de trabalho em grandes atropelos! Esse é um dos propósitos das denominadas cidades inteligentes!
Gigantes como a IBM, Siemens, Microsoft entre outros estão debruçados nesse conceito buscando desenvolver sistemas que possibilitem melhorar a vidas das pessoas que vivem em grandes centros urbanos, permitindo melhorias na operação dessas cidades, tornando-as mais eficientes e oferecendo melhores condições para que os cidadãos nelas convivam com um grau satisfatório de conforto, segurança e mobilidade.
De acordo com o Pike Research, nos próximos 40 anos ocorrerá uma transformação sem precedentes na paisagem urbana global. Para começar, entre 2010 e 2050, o número de pessoas que viverão em cidades passará de 6,3 bilhões. Por exemplo, as estimativas especulam que em 2040 cerca de 60% da população da China estará convivendo em grandes cidades!
Em 2025, segundo o mesmo centro de pesquisas, haverá 37 megacidades, cada uma com uma população superior a 10 milhões de pessoas!  
Os reflexos desta nova concentração urbana na economia, na infraestrutura e nos recursos urbanos disponíveis começam a ser percebido desde já. Essa concentração de pessoas e seu impacto nos grande centro urbanos vai estimular ainda mais a inovação em design urbano, novas tecnologias, bem como, produzirá um leque de novos serviços que estarão disponíveis para os cidadãos.
Segundo estimativas da Pike Research, trilhões de dólares serão gastos em infraestrutura urbana, até 2025, criando assim uma imensa oportunidade para novos sistemas de gestão de transportes, redes inteligentes de dados, sistemas de monitoramento de água, eficiência energética dos edifícios, segurança pública entre outros.
Essa nova tendência das megacidades vai mudar profundamente a maneira de pensar as operações da cidade e como vivemos e trabalhamos nesses ambientes. As previsões para esse novo mercado de tecnologia inteligente aplicadas às cidades ultrapassarão US$ 20 bilhões em 2020.
Várias tecnologias já se encontram presentes e em processo de expansão. Um exemplo bem interessante pode ser visto no Centro de Operações – Rio. O Centro de Operações Rio, também conhecido pela sigla COR, fica localizado na Cidade Nova, centro da cidade do Rio de Janeiro. Foi inaugurado em 31/12/2010 e é pioneiro no Brasil e referência mundial. 
O COR pode ser acessado por qualquer pessoa, de qualquer lugar, através do link: (http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/). 
Na figura 2 temos uma imagem do centro na sua inteireza.


 Figura 2 – Visão geral do Centro de Operações

A figura 3 apresenta uma das forma de consulta que o cidadão pode fazer através do site do centro de operações.


Figura 3 – Centro de Operações - Consultas

A democratização de acesso aos dados gerados nos mais diversos dispositivos permite fazer análise antecipada de situações, muito especialmente em função dos denominados big datas, proporcionando aos cidadãos em um futuro breve, o acesso a inúmeras aplicações, como por exemplo, as indicadas na figura 3, onde através do COR o cidadão carioca tem informações detalhadas sobre as condições de tráfego de toda a cidade do Rio de Janeiro.
Dentro dessa concepção, sistemas inteligentes proporcionarão as populações das grandes metrópoles, maior volume de informações que lhes facilitarão na tomada de decisões nas mais diversas situações, criando um elenco de melhorias significativas em todos os campos, como por exemplo, na qualidade de vida, no acesso a diversos serviços, na mobilidade urbana e menor poluição ambiental.
Em uma próxima postagem voltaremos ao tema.

Fonte:
Rios, C. – in Cidades inteligentes criam uma nova economia – Gazeta do Povo – 20/08/2014.
IBM – Institute for Business Value – Smarter cities for smart growth – IBM Global Business Services – Executive Report.
Ericsson – 10 Hot Consumer Trends 2015 – disponível em www.ericsson.com/consumerlab - acesso 12/12/2014.
Centro de Operações – Rio – disponível em http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/ - acesso 12/12/2014.
__________________________________________
Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e autor das seguintes obras didáticas:
         Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
         Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
         Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Intermodalidade - Melhorando a Logística no Rio de Janeiro

INTERMODALIDADE
MELHORANDO A LOGÍSTICA NO RIO DE JANEIRO



A intermodalidade se desenvolve com o uso racional dos diversos modais de transporte com objetivo de reduzir custos, aumentar a produtividade e a competitividade.
Como explica Junior & Silveira, a “intermodalidade são alternativas que devem ser mais exploradas no Brasil, mediante maiores investimentos e iniciativas para aumentar e qualificar suas infraestruturas e elevar o fluxo de meios circulantes”.
Para garantir a circulação de bens e serviços é fundamental a construção e readequação da infraestrutura, bem como a otimização da gestão e da logística, levando-se em conta a velocidade com que os mercados geram demandas de produtos e serviços e criam grande competição entre as empresas.


Figura 1 - Fluxo de bens e serviços no mundo - Modal maritimo

A competitividade ocorre em todos os aspectos, cabendo ressaltar nesse espaço, a inovação tecnológica, as redes físicas representadas pela logística e redes virtuais apoiadas pela tecnologia da informação e a flexibilidade para operar em um mercado em constante mutação, muito especialmente, em função da globalização da economia que transformou o planeta em uma verdadeira arquitetura hub e spoke na oferta e demanda de bens e serviços.
Nesse sentido, o Governo do Estado do Rio de Janeiro procura melhorar a infraestrutura logística do Estado e deverá receber investimentos em diversos setores que poderão atingir R$ 34 bilhões (US$ 14 bilhões), neles incluído projetos para implementar a multimodalidade.
Com a instalação de várias indústrias nas cidade de Resende, Itatiaia e Porto Real onde se encontram as plantas de grandes montadoras como Volkswagen e Peugeot/ Citroën e uma complexa rede de fornecedores e distribuidores, tornou-se imperioso dotar o Estado do Rio de Janeiro com uma infraestrutura de porte para suportar o fluxo de bens que transitam na região.
O complexo industrial automobilístico da região conta com 17 fornecedores de diversos portes. Os investimentos na região foram também incrementados com a instalação das montadoras Jaguar Land Rover em Itatiaia com investimentos de R$ 750 milhões (US$ 300 milhões) e geração de 400 empregos diretos e a Hyundai Heavy Industries com uma fábrica de equipamentos pesados, também em Itatiaia, com investimentos da ordem de R$ 360 milhões (US$ 144 milhões) e geração de 500 empregos diretos.


Figura 2- Mapa do Vale do Paraíba

No entorno ainda temos a Proctor & Glambe, Xerox, Siderúrgica Votorantim em Resende e a fábrica de pneus da Michelin.
Outros investimentos também injetarão recursos na região, como é o caso do Centro de Armazenagem e Distribuição de Peças da Nissan do Brasil, que deverão envolver recusros da ordem de R$ 70 milhões (US$ 28 milhões).
Em Queimados foi a vez da MRS Logística com a instalação do Polo Intermodal Ferroviário onde foram destinados R$ 240 milhões (US$ 96 milhões).
O Governo do Estado do Rio de Janeiro pretende destinar R$ 250 milhões (US$ 100 milhões) para a construção de um terminal intermodal. Esse terminal vai se localizar na região do Vale do Paraíba (Figura 2), à margem da Rodovia Presidente Dutra e integrará os modais ferroviários e rodoviários e o Porto do Rio. 

Figura 3 - Arco Metropolitano - Rio de Janeiro

A intermodalidade vai permitir flexibilizar as operações das indústrias da região, melhorando o fluxo logístico do transporte rodoviário com o uso do terminal intermodal e o denominado Arco Metropolitano, como mostra a figura 3.

E o Estado do Rio de Janeiro segue na sua marcha para se tornar um grande polo industrial no contexto da geografia brasileira!
Fonte:
RJ: Montadora Jaguar Land Rover confirma fábrica em Itatiaia – disponível emhttp://economia.terra.com.br/carros-motos/rj-montadora-jaguar-land-rover-confirma-fabrica-em- itatiaia,4fb68ade7a11a410VgnVCM5000009ccceb0aRCRD.html  - acesso: 06/12/2014.


Hyundai inaugura no Brasil fábrica de equipamentos  - Revista EXAME – 24/04/2013 – disponível em http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/hyundai-inaugura-no-brasil-fabrica-de-equipamentos - acesso: 06/12/2014.

Felipe Junior, N.F e Silveira, M.R. in A Intermodalidade na Europa e no Brasil: O porto de Pederneiras – SP como Ponto Nodal – disponível em http://revista.fct.unesp.br/index.php/geografiaematos/article/viewFile/237/pdf15acesso 06/12/2014.

Mapa do Vale do Paraíba - http://professormarcianodantas.blogspot.com.br/2014/06/a-regiao-do-vale-do-paraiba.html/2014/06/a-regiao-do-vale-do-paraiba.html - Acesso: 07/12/2014.
__________________________________________
Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e  autor das seguintes obras didáticas:
         Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
         Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
         Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O contêiner e a revolução da logística

O CONTÊINER E A REVOLUÇÃO DA LOGÍSTICA


Desde o momento em que o transporte de mercadorias deixou de ser realizado em toneis, considerado um recipiente resistente e de fácil manuseio e passou a ser transportada em contêineres, a logística sofreu uma considerável revolução.
O contêiner nasceu a partir do momento em que um empresário americano da área de transporte resolveu fazer o transporte de carga em caixas metálicas. Daí foi um pulo para que essa caixa metálica revolucionasse a logística, muito especialmente depois que sofre uma padronização.
A expansão industrial e a diversificação de produtos e embalagens acabaram por produzir uma complexa operação para o transporte desses produtos, muito especialmente pela via marítima que representa hoje, mais de 60% de todo o transporte internacional.
Existem diversos tipos e modelos de contêineres (Open Top – aberto por cima; Tank – para graneis; Collapsible – desmontáveis; Livesstock – para cargas vivas; Reefer – refrigerados etc) tanto em relação as características dimensionais quanto no que se refere a carga a ser transportada e mesmo flexibilidade na sua movimentação de transporte.
Eles possuem uma unidade padrão que é denominada de TEU (Twety foot Equivalent Units) que define o padrão de 20 pés. Assim ao se falar em movimentação de 20.000 TEU´s, isso significa a unidade equivalente visto que há possibilidades de que a movimentação tenha ocorrido com uma ampla variedade de contêineres.
Para facilitar a identificação das unidades, na movimentação e o transporte, todos os contêineres tem uma identidade padronizada pelo BIC (Bureau Internacional des Containers), possuindo uma codificação especial denominada de BIC-code (Código BIC) que contém letras e números.
Essa identificação possui as seguintes características:
  • Três letras para identificar o pais (“nacionalidade). Os brasileiros são identificados com as letras BRX;
  • Quatro letras para identificar o proprietário do contêiner, na qual a última letra indica que esse contêiner está registrado no BIC e assim sendo a letra será U;
  • Sete dígitos para indicar a série do contêiner.

Na figura 2  apresentamos os principais tipos de contêineres bem como os principais equipamentos destinados a sua movimentação.
Figura 2
Principais tipos de contêineres e principais equipamentos para sua movimentação.

A padronização das medidas pela ISO, permitiu maior flexibilidade no transporte e movimentação das cargas, redução do uso de mão-de-obra em face da existências de equipamentos especialmente produzidos para movimentar os contêineres, o que resultou em uma significativa redução do tempo de permanência dos navios nos portos e uma grande redução de custos nas operações portuárias; 
Com a evolução da tecnologia para construção de grandes navios foi possível obter uma grande economia de escala principalmente porque essas embarcações passaram a transportar um maior volume de contêineres e, por via de consequência, aumentar a lucratividade das operações beneficiando também a flexibilidade na armazenagem e movimentação mesmo em condições climáticas mais difíceis pois os contêineres podem ser guardados em áreas descobertas.
Hoje já existem navios com capacidade elevada para o transporte de contêineres, como por exemplo o CSCl Globe, fabricado pela Hyndai Heavy Industries, com capacidade de transportar 19.000 unidades e o Triple- E da Maersk com capacidade de 18.000 unidades com dimensões avantajadas: 400 metros de comprimento e 59 metros de largura.

Figura 3
Maerks Line

O vaso produzido pela Hyndai teve um custo de US$ 137 milhões! Considerando que a China pretende operar em todo o Pacífico com esse tipo de embarcação, há projetos para construção de cinco deles. 
Esse “Monstro do Pacífico” tem 400 metros de comprimento por 58,6 metros de largura e pesa 184 toneladas!
Não resta a menor dúvida que o contêiner revolucionou a logística e impulsionou o comercio internacional.

Fonte:
Conteiner – meio século de história – disponível em http://port.pravda.ru/cplp/brasil/28-06-2006/11732-brasconteiner-0/ - acesso 29/11/2014.
O contêiner e conteinerização no Brasil e no Mundo  – disponível em http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA3n4AE/conteiner - acesso : 29/11/2014.
Movimentação de contêineres no mundo - https://prezi.com/qpytnpiub9qf/copy-of-movimentacao-de-conteineres-mundo-brasil-espirito-santo.  – acesso 30/11/2014.
Oliveira, Gesylene M. -  Transporte marítimo de contêineres – A importância dos navios Feeders neste modal –TCC, apresentado ao Curso de Graduação em Tecnologia em Construção Naval, da UEZO – 2012.
___________________________
Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e  autor das seguintes obras didáticas:
  • Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
  • Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
  • Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.