sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Cidades Inteligentes - Parte I

CIDADES INTELIGENTES
Parte I

Imagine você pela manhã, ao sair para o trabalho, visualiza na tela do seu smartphone que o transito está congestionado. Rapidamente, usando um aplicativo que você instalou recentemente, verifica rotas alternativas quer seja utilizando o seu próprio veículo ou mesmo, através de um elenco de modais de transporte disponíveis e então, dentro de suas expectativas, chega confortavelmente ao seu local de trabalho em grandes atropelos! Esse é um dos propósitos das denominadas cidades inteligentes!
Gigantes como a IBM, Siemens, Microsoft entre outros estão debruçados nesse conceito buscando desenvolver sistemas que possibilitem melhorar a vidas das pessoas que vivem em grandes centros urbanos, permitindo melhorias na operação dessas cidades, tornando-as mais eficientes e oferecendo melhores condições para que os cidadãos nelas convivam com um grau satisfatório de conforto, segurança e mobilidade.
De acordo com o Pike Research, nos próximos 40 anos ocorrerá uma transformação sem precedentes na paisagem urbana global. Para começar, entre 2010 e 2050, o número de pessoas que viverão em cidades passará de 6,3 bilhões. Por exemplo, as estimativas especulam que em 2040 cerca de 60% da população da China estará convivendo em grandes cidades!
Em 2025, segundo o mesmo centro de pesquisas, haverá 37 megacidades, cada uma com uma população superior a 10 milhões de pessoas!  
Os reflexos desta nova concentração urbana na economia, na infraestrutura e nos recursos urbanos disponíveis começam a ser percebido desde já. Essa concentração de pessoas e seu impacto nos grande centro urbanos vai estimular ainda mais a inovação em design urbano, novas tecnologias, bem como, produzirá um leque de novos serviços que estarão disponíveis para os cidadãos.
Segundo estimativas da Pike Research, trilhões de dólares serão gastos em infraestrutura urbana, até 2025, criando assim uma imensa oportunidade para novos sistemas de gestão de transportes, redes inteligentes de dados, sistemas de monitoramento de água, eficiência energética dos edifícios, segurança pública entre outros.
Essa nova tendência das megacidades vai mudar profundamente a maneira de pensar as operações da cidade e como vivemos e trabalhamos nesses ambientes. As previsões para esse novo mercado de tecnologia inteligente aplicadas às cidades ultrapassarão US$ 20 bilhões em 2020.
Várias tecnologias já se encontram presentes e em processo de expansão. Um exemplo bem interessante pode ser visto no Centro de Operações – Rio. O Centro de Operações Rio, também conhecido pela sigla COR, fica localizado na Cidade Nova, centro da cidade do Rio de Janeiro. Foi inaugurado em 31/12/2010 e é pioneiro no Brasil e referência mundial. 
O COR pode ser acessado por qualquer pessoa, de qualquer lugar, através do link: (http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/). 
Na figura 2 temos uma imagem do centro na sua inteireza.


 Figura 2 – Visão geral do Centro de Operações

A figura 3 apresenta uma das forma de consulta que o cidadão pode fazer através do site do centro de operações.


Figura 3 – Centro de Operações - Consultas

A democratização de acesso aos dados gerados nos mais diversos dispositivos permite fazer análise antecipada de situações, muito especialmente em função dos denominados big datas, proporcionando aos cidadãos em um futuro breve, o acesso a inúmeras aplicações, como por exemplo, as indicadas na figura 3, onde através do COR o cidadão carioca tem informações detalhadas sobre as condições de tráfego de toda a cidade do Rio de Janeiro.
Dentro dessa concepção, sistemas inteligentes proporcionarão as populações das grandes metrópoles, maior volume de informações que lhes facilitarão na tomada de decisões nas mais diversas situações, criando um elenco de melhorias significativas em todos os campos, como por exemplo, na qualidade de vida, no acesso a diversos serviços, na mobilidade urbana e menor poluição ambiental.
Em uma próxima postagem voltaremos ao tema.

Fonte:
Rios, C. – in Cidades inteligentes criam uma nova economia – Gazeta do Povo – 20/08/2014.
IBM – Institute for Business Value – Smarter cities for smart growth – IBM Global Business Services – Executive Report.
Ericsson – 10 Hot Consumer Trends 2015 – disponível em www.ericsson.com/consumerlab - acesso 12/12/2014.
Centro de Operações – Rio – disponível em http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/ - acesso 12/12/2014.
__________________________________________
Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e autor das seguintes obras didáticas:
         Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
         Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
         Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.

Nenhum comentário:

Postar um comentário