domingo, 20 de fevereiro de 2022

FAKE NEW – O lado mais obscuro da notícia falsa.

 

FAKE NEW – O lado mais obscuro da notícia falsa.


Já comentamos aqui sobre a questão das Fakes News, mostrando a gravidade do tema quanto tratamos da manipulação das massas. O exemplo mais impactante que comentamos referiu-se ao Brexit e o escândalo da Cambridge Analytica.

Mas, o assunto é muito mais profundo, como comenta os autores da obra The Psychology of Fake News, quando analisam o tema à luz de suas incursões na área da ciência.

Segundo esses autores, G.Steen avaliou um total de 1031 artigos. A sua análise constatou que 70 desses artigos apresentavam fraude, o que não é incomum; basta lembrarmos de artigos recentes que tratavam de medicamentos para a SAR-Cov-2, que foram retirados de importante revista inglesa, após constatação da manipulação dos dados estatísticos!

Citando alguns casos famosos na área médica os autores relatam, por exemplo, um artigo publicado em 1998 na conceituada revista Lancet de autoria do Dr. Wakefield, sugeria que a aplicação da vacina tríplice (sarampo, caxumba e rubéola) pode provocar autismo!

Embora o artigo tenha sido retirado de circulação, muitos pais receosos, deixaram de vacinar os seus filhos. O resultado foi um surto grave de sarampo em 2015.

Outro caso famoso envolveu o Dr. Drasee, um pesquisador da Harvard Medical School que, literalmente fabricou parte dos dados de sua pesquisa. Após a descoberta da fraude, 100 artigos foram retirados da publicação por apresentar dados falsos!

Um problema ainda mais grave é o fato de que, mesmo sendo esses artigos fraudulentos retirados de suas publicações originais, eles podem continuar a estar disponíveis em plataformas de “Open Acess”. Assim, embora marcados, eles continuam sendo lidos e compartilhados.

O mais perigoso de tudo isso, segundo (Green-Wood, Perin e Duggan, 2016 – op.cit.) é o fato de que, tanto Facebook quanto o Twitter passaram a ser verdadeiras plataformas com grandes informações científicas e médicas, o que pode tornar a ciência falsificada e inverídica uma ameaça real à saúde pública. Afinal, uma vez na rede, espalha-se exponencialmente e de forma incontrolável.

Esse perigo real e imediato me remete a minha professora de catecismo quando nos contou uma estória de uma senhora fofoqueira de uma pequena cidade  do interior. Como penitência o ministro religioso, após concede-lhe o perdão, informou que a sua penitência seria retirar todas as penas de uma galinha, armazená-las em um saco e após, subir o morro mais alto da cidade em dia de ventania forte e espalhar as penas. Após esse procedimento, ela deveria recolher todas as penas, o que seria impossível!

O mesmo acontece com uma Fake News ou um assassinato de reputação. Uma vez espalhado nas mídias sociais, torna-se impossível detê-lo. O efeito danoso já aconteceu e não será possível retroceder!

Portanto, todo cuidado é pouco antes de compartilhar um vídeo, uma mensagem etc.!

A cautela nos leva a buscar a fonte original, assim como proceder checagens paralelas; não só nas “agências de checagem” pois elas também podem ser tendenciosas!

O google é um excelente vetor de pesquisa nesses casos!

Nota: Esse artigo também foi publicado no Linkedin.



 

 

sábado, 19 de fevereiro de 2022

 Drogas e Pandemia


Não há dúvidas que a pandemia influenciou consideravelmente o consumo de medicamentos controlados (tarja preta), assim como o consumo de drogas ilícitas!

Como sempre afirmo, ciência e tecnologia são facas de dois gumes!

Nesse pormenor, a engenharia genética e a bioquímica evoluíram substancialmente com, por exemplo, o desenvolvimento de drogas ilícitas pesadas e mesmo a manipulação genética, como foi o caso da canabis que foi potencializada mediante engenharia genética.

Devido à problemas relacionados ao isolamento, onde a resistência psíquica de muitos fica bastante fragilizada, procurar compensações mediante o uso de drogas não lícitas é uma forma de fuga em face da baixa capacidade de resistência e resiliência do ser humano o que, segundo minha ótica, é bastante compressivo.

A sociedade moderna comprime o indivíduo para dentro de uma “bolha midiática” na qual o sucesso dever ser obtido a qualquer preço; basta examinar as mídias sociais e os “sucessos” de seus personagens. Afinal, ninguém ousa dizer do seu momento real e de suas fragilidades como ser humano!  Postagem das mais diversas em “baladas” ou ambientes extremamente sofisticados, escondem uma realidade gritante e bem diferente daquela vivenciada por esses personagens.

Daí a fuga, diante da constatação de uma realidade bem diferente daquela produzida com efeitos especiais nas mídias sociais! O choque entre o real e o imaginário provoca, inevitavelmente, um desconforto abissal!

Em muitos casos, a solução desse desconforto é no âmbito legal, como por exemplo, a procura de um terapeuta, o que é salutar! Porém, em muitos casos, ela é procurada da forma danosa! Para mitigar essa dor profunda do seu “eu interior” foge, tal qual um prisioneiro de si mesmo, em busca de horizontes diferenciados. Nesse sentido, as drogas são a principal porta de entrada para um caminho, muita das vezes, sem volta!

Por exemplo, o Munich Security Repor - 2022 informa que a droga - Fentanil - inicialmente utilizada como “arma” no famoso incidente do Teatro de Moscou em 2002 (42 chechenos armados tomaram posse do teatro resultando na morte de pelo menos 170 pessoas, onde muitas vítimas fatais foram motivadas pela inalação do Fentanil), vem sendo utilizada para efeitos recreativos e prosperando em larga escala!

Nos EUA, por exemplo, as autoridades estão bastante preocupadas pois, o uso de drogas ilícitas, entre elas o Fentanil, elevou-se exponencialmente e passou a ser considerado um caso grave de saúde pública! Da mesma forma, houve um crescimento elevado de morte. Só ano de 2021 morreram 100 mil americanos por overdose!

Será que vivemos em universos paralelos?
Não chegou a hora de um repensar da nossa sociedade diante da pressão consumista e a “compra” da felicidade a qualquer custo?

Nota: Esse artigo também foi publicado no Linkedin



Supply Chain - A new aproach.

SUPPLY CHAIN – A new approach.


Em recente artigo (Financielized Everythings – 11/02/22), John Mauldin comenta que “as cadeias de suprimentos estão voltando para suas casas”.

Para uma reflexão sobre o tema, permita-me voltar a um evento que denomino de “marco zero”, que foi o atentado do onze de setembro de 2001.

Se todos recordam, antes desse evento impactante, em grande medida, o comércio internacional e as cadeias de suprimentos fluíam com uma relativa regularidade. Atropelos sempre existiram mas eram relativizados como de pequena monta. O onze de setembro mostrou outra face da moeda!

O impacto desse evento catastrófico foi sentido, de maneira abrupta, por todas as cadeias de suprimentos: afinal, os Estados Unidos, por medidas de segurança, suspenderam na ocasião, todo o tráfego aéreo, assim como estabeleceu rigoroso controle nos fluxos internos.

O resultado não poderia ser outro: paralização das cadeias de abastecimentos. Fábrica inoperantes por falta de insumos e componentes, desabastecimento generalizado e, via efeito dominó, projetou esse efeito em uma escala mundial!

Diante desse quadro, uma lição deveria ter sido aprendida! Afinal, riscos existem, dever ser estudados, assim como estabelecidas estratégias de contingenciamento e de mitigação, no caso da ocorrência de um evento fortuito; sem contar com um “cisne negro” com foi o onze de setembro!

Infelizmente, nós humanos, por razões das mais diversas, costumamos mitigar esses cenários; julgamos prematuramente que esses eventos são extraordinários e difíceis de novas ocorrências!

O projeto de expansão da China, cooptou diversos parceiros industriais, em face de sua infraestrutura logística, muito bem planejada, abrindo espaço para a presença massiva de várias manufaturas em seu parque industriai; em especial devido as facilidades de transporte, mão de obra barata etc.

Apenas para registro, em 2017, Xi Jinping, ao abrir um fórum internacional projetou investimentos iniciais de US$ 900 bilhões em infraestrutura básica, destinados ao seu ambicioso projeto em denominado “nova rota da seda.

Diante desse quadro, a migração de empresas para o parque industrial chinês ocorreu de forma célere e ambiciosa e, nessa corrida de interesses exacerbados, esqueceram de avaliar ou avaliaram superficialmente, os riscos logísticos das novas cadeias de suprimentos que passaram a ser redesenhada em função da China!

A pandemia do SAR-CoV-2 e os frequentes lockdowns demonstraram a necessidade imperiosa de um novo repensar estratégico visto que as fragilidades operacionais e de suprimentos ficaram expostas, em toda a sua inteireza.

Portos paralisados com elevado número de contêineres estocados; grandes navios de contêineres proximais aos portos sem qualquer movimentação de carga e descargas, operadores logísticos imobilizados etc., devido ao lockdown!

O resultado está retratado ao vivo e em cores: uma inflação generalizada, altos custos industriais, falta de matérias primas e diversas paralizações das manufaturas, algumas chegando a decretar férias coletivas por absoluta falta de componentes para dar seguimento às suas respectivas produções.

Apenas para registro, o parque automobilístico brasileiro teve uma queda na sua produção em 25% por falta de componentes eletrônicos destinados aos painéis de controle de seus veículos!

Vejam por exemplo o caso da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC) que conquistou uma tecnologia na fabricação de semicondutores que é crucial para os dispositivos digitais de ponta e armas.

Ela é responsável por mais de 90% da produção global desses chips. Agora imaginem uma possibilidade, embora julgue remota, da China, como tem demonstrado no teatro das operações de insinuações bélicas, invadir Taiwan? Teríamos um colapso global!

Reavaliando todos esses eventos e a possibilidade de novas ocorrências, empresas e países estão recebendo de volta suas industriais, em grande medida antes localizadas na China, ou mesmo, estudando alternativas para reduzir as fragilidades sistêmicas de suas cadeias de suprimentos, assim como desenvolvendo tecnologias próprias (como o caso dos chips) para reduzir a dependência de fontes de suprimentos.

O certo é que o mundo tornou-se global e os riscos das cadeias de suprimentos se multiplicaram e por via de consequência necessitam de novas avaliações estratégicas!

Nota: Esse artigo também foi publicado no Linkedin


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

DNA - Benefícios e Perigos!

 DNA - Benefícios e Perigos!


Depois que o presidente Macron se recusou a realizar o teste para detenção de uma possível contaminação do SAR-CoV-2, como exigência do governo russo, o mesmo acontecendo com o chanceler alemão Olaf Scholz, muita especulação passou a circular nas mídias sociais!

Uma das postagens mais constrangedoras foi uma foto de sua reunião com Putin, na Rússia, onde o mesmo ficou em uma mesa de 6 metros de comprimento, objetivando distanciamento máximo entre os dois presidentes.

Será que o presidente da França e o chanceler alemão estavam com receios de que, através da coleta do material para exame da Covid-19, os russos descobrissem detalhes do seus respectivos DNA’s?

É plausível pois, lembro-me da obra de Tim  Weiner – “Legados de Cinzas” que conta com detalhes os mais diversos fracassos de operações da CIA. Uma das passagens, ele relata uma ação da CIA destinada a desviar o sistema de esgoto do vaso sanitário do apartamento onde Brejnev estava hospedado, então premier russo, quando se encontrava em Paris para uma conferência, com objetivo de, coletando material, descobrir detalhes da sua saúde!

Com os avanços nas pesquisas do DNA, após a descoberta da sua estrutura molecular, uma dupla hélice, em trabalho colaborativo realizado pelo famoso quarteto: James Watson, Francis Crick, Maurice Wilkins e Rosalind Franklin; muitas novas tecnologias foram desenvolvidas. Hoje é possível delinear traços genéticos de uma pessoa, assim como descobrir possíveis ocorrência de doenças, como foi o caso da atriz Angelina Jolie que decidiu realizar uma mastectomia dupla, em função dos resultados de exames que detectaram grande probabilidade de ela contrair câncer!

Uma das áreas que utiliza bastante essa tecnologia é a área forense. Peças de roupas, amostras de sangue, até bituca de cigarro pode permitir, após a análise dos técnicos forenses, desvendar diversos crimes. Ocorreu uma ampliação desse processo através dos denominados “bancos de DNA”.

Assim, a exemplo da tecnologia de reconhecimento facial, comparando diversos dados do material coletado em uma cena de crime, por exemplo, e acessando o banco de DNA, será possível encontrar o autor do evento, desde que o seu DNA esteja arquivado no banco consultado.

Uma das técnicas que vem sendo utilizadas com bastante sucesso é a denominada edição de genoma, como a técnica CRISPR (Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats), tecnologia de edição de genoma que permite identificar genes de interesse, no DNA de qualquer espécie, e modificá-lo de acordo com as necessidades da pesquisa.

Agora imaginemos uma determinada população que tenha um gene específico. O que pode ser feito com isso? Bom, segundo Piers Millet, um especialista em guerra biológica, há possibilidades de se aerossilizar um editor de genoma que elimine um gene específico dessa população. Segundo ele, essa é uma atividade passiva pois a população alvo passa a inspirar e retroativamente alterar o DNA daquela população alvo!

Como tenho dito, a ciência e a tecnologia é uma faca de dois gumes, tanto serve para o bem da humanidade como também para malefícios dos mais diversos.

Nota: Esse material também foi publicado no Linkedin em 17/02/2022.



sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Laparoscopia robótica sem a interferência humana!

 

LAPAROSCOPIA ROBÓTICA 

SEM INTERFERÊNCIA HUMANA!


No hospital da Universidade Johns Hopkins um robô denominado STAR (Smart Tissue Autonomous Robot) realizou uma cirurgia incrivelmente complexa em um porco, sem assistência humana.

Esse experimento pode ser a ponta do iceberg para o futuro da laparoscopia que é um “procedimento cirúrgico feito na região do abdômen para diagnóstico de doenças, biópsias ou até mesmo retirada de cistos”; onde o acesso ao abdômen é realizado através de pequenos cortes, através dos quais os instrumentos cirúrgicos adentram a região pesquisada. (op. cit. Santos, P. 2020).

Esse procedimento foi realizado com uso de um endoscópio tridimensional que permite visualizar todo o campo de imagem do entorno. Importante observar que essa “visualização” foi realizada pelo robô através de câmeras, enquanto no procedimento tradicional é o médico que tem essa visão.

Simon Leonard, cientista da computação da Universidade Johns Hopkins, que faz parte de uma equipe que publicou a pesquisa mostrando essa funcionalidade do cirurgião-robô, afirma entusiasmado: ““Existe uma grande variedade de habilidades por aí” entre os cirurgiões, disse Leonard, que trabalhou por quatro anos para programar o braço robótico para costurar com precisão pedaços de tecido mole. “Colocar um robô para trabalhar nesta forma de cirurgia “realmente nivela o campo de jogo”.”

Segundo os pesquisadores da Johns Hopkins, mais de 44,5 milhões de cirurgias de tecidos moles são realizadas nos Estados Unidos a cada ano e a cirurgia robótica de tecidos moles, escreveram os pesquisadores (Simon Leonard, Azad Shademan, Justin D. Opfermann; Peter CW Kim; Axel Krieger, ex-alunos da Johns Hopkins; e Ryan S. Decker), “promete benefícios substanciais por meio de maior segurança da redução de erros humanos e aumento da eficiência devido à redução do tempo de procedimento”.

Fonte: Johns Hopkins University  in Scientist Programs Robot for “Soft Tissue” Surgery .



quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Cadeias globais de suprimentos em alerta!

 CADEIAS GLOBAIS DE SUPRIMENTOS EM ALERTA!




A recente paralização do Porto de Ningbo na China, ocorrida em 10/01/2021, em face de um novo surto de SARS-Cov-2, está preocupando os diversos atores das cadeias globais de suprimentos.
A preocupação das autoridades está voltada para a possibilidade de repetição do mesmo pesadelo ocorrido em 2021, quando as cadeias globais de suprimentos sofreram verdadeiros colapsos.

O porto de Ningbo está localizado em Ningbo e Zhoushan, na costa do Mar da China Oriental, na província de Zhejiang, ao sul da baía de Hangzhou e é considerado terceiro maior porto do mundo de acordo com Lloyds Lists - One Hundred Ports (2020).

No ano passado, a paralização desse porto, acabou acarretando o congestionamento de um grande volume de navios porta-contêineres que se encontravam esperando fora dos porto.

Essa nova paralização, já está provocando, a exemplo de semelhante acontecimento no ano passado, um grande impacto dado que os navios que se deslocavam para Ningbo, passaram a ser direcionados para o porto de Xangai. 

É claro que esse redirecionamento vai ter reflexo e um “efeito dominó” já é esperado, a exemplo do ocorrido em 2021, que causou problemas de suprimentos em vários setores industriais, paralisando as cadeias produtivas, elevando os custos e impactando de forma severa a inflação que contagiou todo o planeta.

Nota: Esse artigo foi publicado no Linkedin em 21/01/2022



 MERCADO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL - Área da Saúde.



Segundo dados do relatório produzido pela Vantage Market Research, o mercado global de inteligência artificial na área da saúde deverá atingir US$ 95 Bilhões até 2028, com um vertiginoso crescimento se comparado ao ano de 2021, quando atingiu US$ 6,6 bilhões.

O avanço exponencial projetado para esse mercado, um crescimento estimado em  46% até 2028, segundo a referida consultoria, deve-se a ampliação de sua utilização tanto no setor de Hardware quanto de Software, como: Aprendizado Máquina, PNL, Visão Computacional etc.; aplicações através do uso de Cirurgia Assistida por Robô, Diagnóstico Automatizado por Imagem, Patologia Clínica, Assistente Virtual de Enfermagem, Detecção de Fraudes; Prestadores de Serviços de Saúde, Empresas Farmacêuticas e de Biotecnologia.



A Automação está Devorando Postos de Trabalho.

 A Automação está Devorando Postos de Trabalho.



Com a pandemia e os constantes lockdowns, ocorreu um considerável avanço na aplicação de tecnologias digitais nos negócios, assim como aceleração no trabalho em home office.

Segundo análises realizadas pela consultoria Forrester Research, até 2040 em toda a Europa serão perdidos 12 milhões de postos de trabalho, devido à automação dos processos.

Outro ponto preocupante que merece destaque, refere-se ao envelhecimento populacional europeu. Segundo essa consultoria, em 2050, as principais economias da Europa: França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido, deverão ter menos do que 30 milhões de pessoas em idade ativa. Nessa toada, o relatório aponta que até 2035 cerca de 25% da população europeia terá mais de 65 anos e até 2060 esse percentual deverá ultrapassar a marca dos 30%!

Nesse sentido, a automação é fator essencial para superar os desafios demográficos que a Europa irá enfrentar.

A corrida das grandes empresas na área de Automação de Processos Robóticos (RPA) mediante o uso de softwares para automatizar os processos das empresas está em franca liderança. Apenas para registro vale destacar que em 2019 esse mercado atingiu US$ 17 bilhões. Disputam nesse mercado, em especial: Oracle, SAP e Microsoft, entre outras.

Como destacou O´Grady – analista da Forrester: “A pandemia é apenas um fator que moldará o futuro do trabalho na Europa ... A automação posteriormente se tornará parte integrante de como governos e empregadores vem a competitividade e o gerenciamento da sua demografia mais envelhecida”!

Importante destacar que os fatores que explicam o envelhecimento populacional estão relacionados à queda da fecundidade e da taxa de mortalidade assim como ao aumento da expectativa média de vida das pessoas, em especial, devido os avanços na área de tecnologia médica e farmacologia.

Fonte: The Conversation – 20/01/2022.

Nota: Esse artigo foi publicado no LInkedin em 20?01/2022



paranoIA - Em defesa do ser humano.

paranoIA
Em defesa do ser humano.


Pesquisadores em todo o planeta encontram-se debruçados em um megaprojeto - Human Brain Project – destinado a implantar uma infraestrutura de pesquisa de ponta para desvendar o nosso conhecimento nas áreas de neurociência, computação e medicina relacionada ao cérebro. Eles querem ir mais longe: simular o funcionamento do nosso cérebro!

Os esforços estão sendo desenvolvidos para revelar os segredos de uma poderosa máquina humana que, pesando cerca de 1.280 gramas e possuindo 80 bilhões de neurônios (Herculano-Houzel), promove processos computacionais fantásticos que são incapazes de serem, em sua inteireza, copiados por máquinas alimentadas por correntes elétricas e envoltas em milhões microcomponentes eletrônicos!

Ray Kuztweil, diretor de pesquisas da Google, sonha em um futuro próximo, com máquinas “pensantes” tal qual nós humanos; bem ao estilo das obras de ficção como “Eu Robô” e “Ex-Machine”, filmes que possivelmente ainda se encontram no Netflix ou no Amazon Prime Videos, os quais recomendo.

Bostron, em sua famosa obra (Superinteligência) descreve seu receio de máquinas que, suplantando a capacidade humana na computação, possam ser capazes de controlar o nosso planeta, chegando mesmo, dependendo da sua programação, exterminar com os seres humanos.

Excetuando-se os psicopatas que não possuem neurônios espelhos (descobertos pelo neurobiólogo Giacomo Rizzolatti da Universidade de Parma em 2004 – esses neurônios “espelham” os sentimentos alheios”; por exemplo, observando uma pessoa sofrendo, passamos a ter essa percepção); uma máquina repleta de chips não tem essa capacidade, embora compute uma infinidade de dados colhido no universo humano deles (redes sociais, wearables etc.).

Nós não somos um mero conjunto de equações diferenciais múltiplas respaldadas numa bioquímica complexa!


Nota: Este artigo foi publicado no Linkedin em 29/01/2022.