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Tecnologias impulsionam a Logística
O arsenal de tecnologias
disponíveis hoje no mercado, abre um leque de possibilidades em todas as áreas
do conhecimento humano.
Gradualmente, e agora, em um
choque praticamente coercitivo, em face da pandemia, tecnologias passaram a ser consumidas
mesmo por aqueles que antes relutavam em utilizá-las, como é o caso das
transferências de valores via uso de celulares, compras pela internet etc.
Um exemplo claro e contundente
foi a explosão das compras online e as conferências e encontros virtuais
promovidos por conta da pandemia e o isolamento social.
É fácil perceber que, com o lockdown, institucionalizado mundialmente, a logística mais uma
vez mostrou-se indispensável e, de forma eficiente, manteve o abastecimento,
suprindo a demanda, muito especialmente de bens de consumo essenciais; onde os
supermercados funcionaram normalmente, sem qualquer crise de desabastecimento.
É claro que, para que essa
operação obtenha sucesso, as ações logísticas precisam ser estruturadas com um elevado
aparato tático e estratégico para manter, sem interrupções, o fluxo de bens
requerido pelos usuários finais.
Essa eficiência logística foi
proporcionada por uma série de avanços tecnológicos que foram embarcados nas
operações das cadeias de suprimentos.
Equipamentos de automação,
sensores especiais, conexões seguras e de alta capacidade de transferência de
dados, assim como aplicações de inteligência artificial e mais especificamente,
algoritmos de aprendizado máquina (machine learning)
permitiram maior assertiva e acurácia no suprimentos dos estoques e atendimento
as exigência dos clientes e consumidores.
Uso de Drones
O drone é uma tecnologia que
saiu do mero lazer para ser utilizada em diversas áreas, gerando pedidos de
patentes para aplicações especiais.
Por exemplo, a rede Walmart
entrou com um pedido de patente para drones destinados a ajudar os clientes a
procurar os produtos que necessitam no interior de suas lojas.
A Amazon, por sua vez,
requereu também patente para drones destinados a realizar entregas. Esses
drones são equipados com sensores que reagem a comandos de voz e gestos, como
por exemplo: movimentando os braços é possível conduzi-lo.
Figura 3 - Drones da Amazon.
O uso de drones facilita e, em
muitos casos, permite resolver os problemas da última milha, normalmente enfrentados
pelos varejistas nas entregas em grandes centros urbanos.
Além desse drones serem rápidos
e seguros, não poluem o ambiente com zero emissão de carbono!
Combinando essa tecnologia avançada, esses drones, usados em grandes metrópoles podem operar em áreas densas, sem qualquer preocupação com os famosos congestionamentos, especialmente em se tratando de entregas rápidas.
Além da reduções de custos, como relata um estudo realizado pela ERAU (Embry- Riddle Aeronautical University) que apresenta o exemplo de um varejista que pagou US$ 2.000 por uma plataforma para gerenciar as suas entregas, mediante a realização de 50 voos semanais e a um custo médio de US$ 1,74 por viagem.
Comparados aos meios tradicionais cujo custo atinge US$ 2,00 por viagem no descolamento da última milha, o uso desses drones mostrou uma vantagem competitiva.
Aqui no Brasil, a empresa Speedbird
(ANAC – Notícias 2020) recebeu um certificado de autorização para voos experimentais (CAVE) destinado ao uso de drones na entrega de produtos.
Internet de Tudo (IoT)
O uso da Internet das Coisas
(IoT) permite criar operações ágeis na cadeia de suprimentos, facilitando a sua
visibilidade, permitindo um rápido alerta sobre a possibilidade de eventuais
interrupções, além de manter os caminhões nas estradas devidamente rastreados, Centros de Distribuição
em pleno funcionamento e os varejistas e seus clientes devidamente atendidos
nas suas demandas.
Na medida que uma vasta gama
de sensores de baixo custo, passam a integrar as redes logísticas e seus
sistemas, há um considerável fluxo de informações que auxiliam a rastreabilidade dos produtos, desde fornecedores até as gôndolas ou prateleiras dos
varejistas.
Para que uma cadeia de
suprimentos seja ágil e eficaz com o uso da Internet das Coisas, é
indispensável o apoio da tecnologia da informação mediante o uso de computação e redes, permitindo armazenar, analisar e gerenciar um elevado volume de
informações geradas nos diversos processos.
Figura 4 - Big Data e IoT na Logística.
De um lado, as análises
preditivas e os alertas antecipados garantirão um fluxo adequado de bens na
cadeia de suprimentos, permitindo assim satisfazer aos clientes e consumidores.
De outro lado, há preocupações
com a segurança cibernética dos sistemas, tanto a nível de hardwares quanto de
softwares, como também com a autenticidade do fluxo de informações que transita
nas redes logísticas.
Em muitos casos, o uso da
tecnologia do blockchain pode ser utilizada. O Hyperledger - uma
comunidade de código aberto projeto construído pela Fundação Linux focado no
desenvolvimento de um conjunto de estruturas estáveis, ferramentas e
bibliotecas para implementações de blockchain de nível
empresarial, é recomendável. Com a modernização de processos tradicionais via
blockchain, surgiu uma infinidade de plataformas com essa finalidade.
Essas tecnologias são
oferecidas pela Intel, IBM, HP e a Cisco; permitindo assim garantir
transparência e segurança nas transações.
Aplicação de dispositivos
vestíveis
Tratando-se de dispositivos
vestíveis (weareble), em nossa postagem do dia 25/01/2015
focalizamos esse tema. Para o leitor interessado, segue o link da postagem :
https://professorgoncalves.blogspot.com/2015/01/eu-e-eu-cyborg-o-uso-de-tecnologia.html
Nessa postagem daremos um foco
nas suas aplicações nas cadeias de suprimentos.
Um desses instrumentos é o óculos de realidade aumentada que vem sendo utilizado em muitas aplicações na
coleta e separação dos pedidos, como por exemplo, nos depósitos da DHL, como
mostra a figura 5.
Figura
5 – Uso de óculos de realidade aumentada em CD´s.
O uso desse equipamento
facilita consideravelmente as atividades, especialmente porque o operador, além
de ser “conduzido” para os locais aonde ele deverá pegar os produtos para
atender a um determinado pedido, também facilita a determinação do seu local
para o embarque, visto que o sistema armazena o local de guarda na área de
despacho, com mostrado na figura 5.
Um outro exemplo é o
aplicativo desenvolvido pela empresa Scandit, mostrado na figura 6, que utiliza
câmeras de alta resolução disponíveis em celulares, com objetivo de ler o código de barras
e identificação dos produtos.
Figura
6 – Aplicativo da Scandit em celulares.
Ao serem recebidas as
informações, o aplicativo imediatamente identifica os dados da etiqueta e pode
reconhecer o produto mesmo sem uso do código.
Não restam dúvidas que
tecnologias de ponta estão sendo introduzidas nas cadeias de suprimentos,
permitindo assim, maior visibilidade, segurança, agilidade, redução de custos e
atendimento adequado aos clientes e consumidores.
Fonte:
Transmetrics – Blog – Sefety & Efficiency: the Future of Wearebles in Logistics – disponível em www.trasnmetrics.eu – acesso: 29/08/2020.
Gonçalves, P. S. Logística e Cadeias de Suprimentos – Slides do curso de Logística do IBMEC/RJ.