domingo, 27 de outubro de 2013

LOGÍSTICA EM OPERAÇÕES GLOBAIS - NOVOS DESAFIOS NO MERCADO INTERNACIONAL

LOGÍSTICA EM OPERAÇÕES GLOBAIS

NOVOS DESAFIOS NO MERCADO INTERNACIONAL

Em um estudo realizado pelo Professor Robert Handfiel da Universidade da Carolina do Norte, apresentado em agosto desse ano sob os auspícios da BVL Internacional, foram identificados novas tendências e desafios no mundo globalizado que mostram que as operações logísticas serão muito mais complexas! Esse estudo foi produzido através da análise de uma pesquisa junto a 1758 executivos internacionais que trabalham na área de logística e operações globais e resultou em um elenco de fatores que precisam ser examinados para a elaboração de novas estratégias para as operações logísticas:
Expectativa dos clientes – essa é uma tendência fortíssima que vem se configurando como prioritária. Em razão disso, a logística e a cadeia de suprimentos deverá permitir atender de forma rápida e precisa as necessidades dos clientes dentro de um processo inovador, visto que esses clientes, em face do grande volume de informações disponibilizadas nas mais diversas mídias, tomaram-se cada vez mais exigente e críticos. Portanto, não dá para “pisar na bola” sob o risco de se defenestrado do mercado em curtíssimo espaço de tempo.
Ações em rede – não é mais possível trabalhar de forma individual, onde empresas procuram operar de forma independente, sem levar em conta que o mercado hoje é uma rede totalmente globalizada e integrada. A colaboração em rede tornou-se vetor essencial ao crescimento, ao desenvolvimento de uma operação vertical e horizontal com todos os parceiros, mediante a integração de processos, sistemas de informação e métodos de gestão.
Pressão para redução de custos – com a economia globalizada e uma logística atuante em escala mundial, clientes têm expectativas de reduções consideráveis nos custos dos produtos ofertados ao consumidor final. A logística eficiente é uma poderosa ferramenta operacional que poderá viabilizar essas expectativas, muito especialmente porque os custos logísticos desempenham papel crucial na redução dos custos totais.
Efeitos da própria globalização – Uma operação logística internacional acaba aumentando as possibilidades de redução da eficiência operacional motivada especialmente pela grande volatilidade dos mercados, por problemas gerados por infraestruturas deficientes em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, comunicações etc. (o “caso Brasil” é emblemático como comentamos nesse blog) e pela crescente exigência dos clientes.
Turbulência dos mercados – a crise econômica que ecoou em todo o planeta produziu um estrago ainda não mensurado. Em razão disso, os mercados tornaram-se por demais voláteis e a turbulência e o “efeito manada” surgiram com todos os danos que podem produzir. O resultado de tudo isso se reflete em uma oscilação considerável na oferta e demanda de produtos com danos colaterais em todas as frentes.
Aliados a esses eventos tornou-se indispensável que as empresas adotem estratégias de gestão (ver matéria nesse blog que trata dos riscos logísticos) objetivando mitigar os riscos internos e externos, muito especialmente no que se refere ao atendimento à demanda e ao planejamento das operações. 
Sustentabilidade – a preocupação com a sustentabilidade e a mitigação dos riscos ambientais tomou corpo sensibilizando as populações mundiais e obrigando as empresas a uma nova postura. As empresas hoje necessariamente devem trabalhar com foco na responsabilidade social, integrando-se aos anseios da sociedade e buscando operar numa logística verde. Pensar em sustentabilidade e responsabilidade social não é mais uma mera campanha de marketing para as empresas, mas um tema sério quem vem tomado destaque em todos os campos empresariais.
Carência de talentos – esse é um vetor crucial nas operações logísticas. A escassez de pessoal especializado na área da logística é uma realidade! O grande desafio para os próximos anos é desenvolver mão de obra qualificada tanto a nível operacional, técnico e executivo que permitam operar sistemas logísticos de forma adequada e com alta eficiência operacional. Isso somente ocorrerá a partir do momento em que sejam desenvolvidos programas colaborativos entre as universidades e a iniciativa privada objetivando estabelecer uma estratégia destinada ao treinamento e capacitação dos profissionais na área da logística, operações, tanto na manufatura quanto na área de serviços.
Evolução tecnológica – é indiscutível o assombroso avanço da tecnologia em todas as frentes. Recentemente publicamos um artigo neste blog (Logística em Tempo Real) no qual tratamos do uso do Big Data nas operações logísticas. Ora, o crescimento vertiginoso da tecnologia, muito especialmente da tecnologia da informação (TI) vem obrigado as empresas a reconhecerem que é essencial realizar investimentos de porte em novas tecnologias como ferramentas indispensáveis a análise de dados, implantação de algoritmos de captura de informações nas redes logísticas, uso de conexões avançadas conjugadas com algoritmos de busca altamente sofisticados (o caso do google é um exemplo marcante!) , com a primordial finalidade de aumentar a capacidade de planejamento e controle das operações e permitir aumentar a flexibilidade operacional em toda a rede logística.
Com bem explicitou Dr. Handfield, no citado seminário e em seu blog: “as principais estratégias a serem adotadas pelas empresas nos próximos anos incluem a integração entre parceiros, investimentos em tecnologia, gestão de talentos e padrões globais de processo.”
Fontes:
SupplyChai247 in Globalization & The Supply Chain  (acesso 25/10/2013)
Blog do Professor Robert Handfield - http://scm.ncsu.edu/blog/ (acesso 26/10/2013)
  

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Logística em tempo real.

Logística em tempo real.
A volumosa quantidade de equipamentos eletrônicos oferecidos pelo mercado e o tsumani de softwares existentes para as mais diversas aplicações, estão transformando a logística em uma atividade em tempo real!
A disponibilidade de recursos destinados à montagem de uma infraestrutura de tecnologia da informação permite hoje, subsidiar os executivos e profissionais da área com um volume, sem precedentes, de dados sobre clientes, operações e rede de parceiros de negócios.
Esse volume de dados transacionados através de uma rede logística levou a criação de uma nova modalidade de tratamento das informações com o uso do denominado Big Data que está obrigando às empresas a uma nova abordagem no gerenciamento dos processos e transformou-se no denominado uso do Big Data das operações logísticas.
A razão disso é simples: o volume de dados é tão significativo que é impossível de ser analisado sem o uso de algoritmos especiais que permitam a seleção e a filtragem das informações de acordo com as necessidades de cada área ou executivo. O uso do Big Data  leva a um gerenciamento muito mais eficiente, permitindo um controle bastante apurado dos eventos de uma cadeia logística, facilitando aos parceiros dos negócios a terem uma visibilidade muito maior do fluxo logístico em toda a cadeia de suprimentos
De um lado, essa montanha de dados gerados, coletados e disponibilizados para serem pesquisados e operados pelas mais diversas modalidades de acesso através de algoritmos especiais, vai transformar o gerenciamento dos processos logísticos e envolverá: fabricantes, atacadistas, varejistas, prestadores de serviços logísticos intermediários, modais de transporte: ferroviário, rodoviário e marítimo, embarcadores, portos, terminais portuários e as autoridades governamentais tais como: Anvisa, Receita Federal, Ministério da Agricultura etc.
De outro lado, uma elevada performance no gerenciamento da cadeia de suprimentos e a possibilidade de uma tomada de decisão em tempo real se tornaram viáveis a partir do momento em que equipamentos de comunicação e controle, passaram a fazer parte das nossas vidas. Sem esquecer de considerar a novo foco das comunicações que se voltam para a convergência de mídias permitindo assim o acesso às informações de qualquer dispositivo tais como desktop, smartphones, tablets, notes etc.
É evidente que todo esse aparato tecnológico migrando para as atividades logísticas tem um objetivo primordial que é a reduzir os custos logísticos, além de promover maior agilidade no fluxo de bens que circulam nas redes logísticas e aumentar a vantagem competitiva daqueles que a utilizam.
Entre os mais variados benefícios da utilização dessa nova forma de gerenciar uma rede logística, podemos citar:
·         Monitoramento dos eventos de uma rede logística;
·         Monitoramento do embarque de produtos;
·         Determinação da localização dos estoques;
·         Identificação dos custos logísticos e em que ponto da rede ocorre;
·         Determinação dos níveis adequados de estoques;
·         Identificação dos gargalos logísticos.
·         Etc.
O uso de sistemas de RFID, transponders  e uma variedade de tecnologias embarcadas nas redes logísticas permitem, por exemplo, acompanhar o trânsito de contêineres,  o tempo de espera, as variações de temperatura, a integridade da carga, objetivando aumentar o desempenho da rede logística, afinado os processos, melhorando a qualidade e reduzindo custos.
Indiscutivelmente, a visibilidade de uma rede logística é o ponto central da logística. Ter possibilidades de acompanhar, até mesmo de um smartphone, os processos logísticos em todos os elos, como por exemplo: os centros de distribuição, linhas de produção, docas de embarques, embarques, distribuidores, varejistas e outros pontos  críticos, permitirá aos gestores das redes logísticas a um gerenciamento em real time, objetivando afinar os processos, evitar gargalos, aumentar a eficiência e gerar maiores lucros para as empresas.