quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Manufatura Aditiva - 3 D Printing

 MANUFATURA ADITIVA

3 D PRINTING


Preparei um pequeno vídeo (ver  abaixo) para mostrar a funcionalidade da Manufatura Aditiva - 3D Printing.
O modelo de impressora apresentado no vídeo é para hobista e pode ser encontrado aqui no Brasil, por exemplo, no site da Amazon.
Não vai demorar para imprimirmos em nossas residências, nossos tênis e outros objetos.
Acredito que um futuro próximo, vamos passar a adquirir softwares de impressão dos mesmos fabricantes dos produtos que temos interesse, em vez dos produtos, que passarão a ser impressos em casa!





A logística vai rever muitos de seus conceitos.








segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Tendências Tecnológicas até 2030.

 TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS ATÉ 2030.


O vídeo que apresentaremos a seguir foi inspirado uma palestra realizada por Bernard  Marr, um futurista renomado, influenciador e líder de pensamento na área de negócios e tecnologia. Ele é o autor de 18 livros best-sellers e escreve uma coluna regular para a Forbes.

Aproveitamos o contexto de sua fala para a montagem desse vídeo onde apresentamos os temas por ele tratados através de definições e imagens que capturamos na internet e em  diversos sites.
 


Agradecemos eventuais colaborações para melhorar o conteúdo desse trabalho.





segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Cadeias de Suprimentos e a Quarta Revolução Industrial

 CADEIAS DE SUPRIMENTOS E A QUARTA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 


Os recentes eventos a nível mundial provocados em grande medida, pela pandemia do Covid-19, levaram a rupturas significativas e extremamente danosas das cadeias de suprimentos, com imediatos reflexos na economia global.

A vulnerabilidade operacional demonstrada durante os primeiros meses da covid-19, objeto de postagem nesse blog, cujo link apresentamos a seguir:

(https://professorgoncalves.blogspot.com/2020/02/riscos-na-cadeia-de-suprimentos-o.html

colocaram expostas as entranhas das cadeias de suprimentos e os riscos de colapso da manufatura, obrigando aos líderes desses setores a repensarem em um novo desenho de suas redes logística. Ver artigo desse blog no link abaixo:

https://professorgoncalves.blogspot.com/2020/04/redesenhando-as-cadeias-logisticas-as.html

Esse evento também acabou por provocar a implementação de novas formas de organização e maior impulso no desenvolvimento da força de trabalho, especialmente em função da automação e de novas tecnologias erguidas na denominada Quarta Revolução Industrial.

A análise situacional das cadeias logísticas e os suprimentos às manufaturas, em especial, promoveu a imperiosa necessidade da implementação de alguns vetores de mudança indispensáveis, como:

  • Uma crescente necessidade de desenvolver processos mais ágeis, mediante o projeto de cadeias de suprimentos flexíveis e “just in time”. Nesse sentido, um novo repensar, abandonando, quando possível, o projeto de grandes manufaturas e partindo para projetos de fábricas modulares, geograficamente bem posicionadas, com o objetivo de atender aos requisitos e demandas dos clientes;
  • Fortalecimento do projeto de cadeias de suprimentos tendo como foco primordial, o aumento da sua resiliência e da sua conectividade, mediante digitalização de seus processos como veículo para uma transformação digital, inserção de automação; promovendo a sua visibilidade de ponta a ponta;
  • Resposta rápida e crescente uso intensivo da tecnologia de automação, robótica com inteligência artificial embarcada e, em sintonia, melhorando a qualificação da mão de obra, com consequente aumento da produtividade;
  • Forte impulso estratégico para garantir a presença da organização no mercado, eventualmente, reinventando-se como empresa ou imprimindo mudanças significativas em seus produtos e serviços, através da inovação.

Nesse contexto, a automação dos processos (RPA - Robotic Process Automation) que tem por base mecanizar os processos de negócios através  do uso da Inteligência Artificial, Aprendizado Máquina, Big Data, Robótica e Internet das Coisas (IoT – Internet of Things) também foi impulsionada.


Figura 2 - RPA (Automação de Processos Robóticos)
Fonte: Google Imagens (2020).

De um lado a Gartner e seus analistas prenunciam  que 85% das grandes organizações estarão voltadas para a automação de seus processos até 2020; registrando que a pandemia do Covid-19 acabou se transformando um vetor de aceleração para a transformação digital das empresas; valendo lembrar da frase de Tina Nunno, vice presidente da Gartner Research: "o segredo do digital é analógico. Por analógico, queremos dizer pessoas: pessoas que são colaborativas, ágeis, analíticas, inovadores e que têm a capacidade e desejo de explorar tecnologias emergentes para melhores resultados de negócios".

De outro lado, a Internet das Coisas (IoT) está passando por uma revolução considerável com a introdução gradual das tecnologias 5G´s com bandas de alta velocidade.


Figura 3 - IoT e Conectividade
Fonte: Google Imagens - 2020.

De acordo com Mckinsey, considerando tão somente os domínios da Mobilidade, Saúde, Manufatura e Varejo; esses setores representarão, com a implementação da tecnologia 5G, uma estimativa de incremento no PIB Global oscilando entre US$ 1,2 Trilhões e US$ 2,0 trilhões até 2020 (op.cit. Mckinsey - 2020).

Os benefícios dessa tecnologia também serão sentidos junto à sociedade com um todo, promovendo a democratização do acesso a informação e comunicação rápida; valendo lembrar que hoje, parcela substancial da população mundial possui um smartphone e está, literalmente, conectada ao planeta e às ofertas de produtos e serviços.

Nesse tópico, segundo a mesma publicação da Mckinsey, projetam uma estimativa de incremento adicional no PIB Mundial numa faixa entre US$ 1,5 Trilhões e US$ 2 trilhões.

Vale observar que as tecnologias 5 G prometem, a exemplo da fibra ótica, colocar no “ar” velocidade, redução no tempo de latência (tempo que leva um sinal ou pacote de informação ser enviado de um computador emissor – origem, até chegar ao computador receptor – destino) que são essenciais para tornar ágeis os comandos dos dispositivos autônomos (veículos, robôs etc), promovendo  confiabilidade e segurança (valendo aqui um registro quanto a segurança de dados entre os usuários dos sistemas e seus provedores).

Nesse sentido, inovação importante foi introduzida na comunicação através dos denominados LEO (Low Earth Orbit) que levarão conectividade de banda larga a todas as regiões do planeta. 

Essa tecnologia envolve o uso de satélites de baixa órbita terrestre que permitem transmitir banda larga do espaço e, por via de consequência, promover a cobertura da conectividade em áreas remotas.


Figura 4 - LEO (Low Earth Orbit Satellites
Fonte: Goolge Imagens (2020).

Uma área que também será altamente impactada é a Logística Urbana, em face do uso de dispositivos de IoT que permitirão ampliar e flexibilizar, através de sistemas inteligentes (Inteligência Artificial e aprendizado máquina), a mobilidade através do transporte público, operação da infraestrutura básica, aprimoramento dos sistemas de navegação e compartilhamento de veículos; projetando, segundo a Mckinsey, um incremento no PIB numa faixa entre US$ 170 bilhões e US$ 280 bilhões até 2030 (op. cit. Mckinsey - 2020).


Figura 5 - Mobilidade e Conectividade
Fonte: Google Imagens - 2020.

No setor manufatureiro, o uso da tecnologia 5G permitirá a realização de operações de alta precisão, em especial, em face do reduzido tempo de latência, produzindo comandos e controles em tempo real em alta frequência.

Fábricas inteligentes (ver nesse blog o artigo – Light out Manufacturing – link abaixo),

https://professorgoncalves.blogspot.com/2019/09/light-out-manufacturing.html

operando com inteligência artificial e uso da robótica avançada, estarão produzindo dentro de um processo de eficiência máxima, otimizando as operações em tempo real!

Nesse ambiente, a Mckinsey estima que o impacto no PIB da indústria poderá atingir entre US$ 400 bilhões e US$ 650 bilhões até 2030. (op.cit. Mckinsey-2020).

Do lado do varejista, o elenco de sensores utilizado em suas instalações, aliado a sistemas de rastreamento e visão computacional, promoverão uma acelerada revolução, permitindo, por via de consequência, melhorar de forma massiva, a sincronização do fluxo de oferta e demandas de produtos, otimizando os níveis de estoques e implementando melhorias significativas nas operações das cadeias de suprimentos.


Figura 6  - Visão Computacional.
Fonte: Google Imagens - 2020.

As estimativas de alavancagem do PIB no setor, segundo a Mckinsey estão entre US$ 420 bilhões e US$ 700 bilhões até 2030 (op.cit Mckinsey - 2020).

Não há dúvidas de que, apesar dos obstáculos provocados pela pandemia e seus reflexos na economia global, a revolução industrial puxada pela automação e conectividade global em alta velocidade, farão a diferença nas cadeias de suprimentos, nas indústrias, no varejo, na mobilidade urbana e na qualidade de vida.

Fontes:

Mckinsey Global  Institute – in  Connected world: An evolution in connectivity beyond the 5G Revolution – disponível em https://www.mckinsey.com/industries/technology-media-and-telecommunications/our-insights/connected-world-an-evolution-in-connectivity-beyond-the-5g-revolution - acesso: 10/10/2020.

Mudge, W – in Will 5G and LEO Deliver Better Remote Connectivity? – disponível em https://superyachttechnologynews.com/2020/06/01/will-5g-and-leo-deliver-better-remote-connectivity/ - acesso: 10/10/2020.

Marr, B – in  Robotic Process Automation Is Coming: Here Are 5 Ways To Prepare For It – disponível em  https://www.forbes.com/sites/bernardmarr/2020/10/09/robotic-process-automation-is-coming-here-are-5-ways-to-prepare-for-it/#42e0d02125d9 – acesso: 10/10/2020.







segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Novas Tecnologias impulsionam a Logística

 

Novas Tecnologias impulsionam a Logística


O arsenal de tecnologias disponíveis hoje no mercado, abre um leque de possibilidades em todas as áreas do conhecimento humano.

Gradualmente, e agora, em um choque praticamente coercitivo, em face da pandemia, tecnologias passaram a ser consumidas mesmo por aqueles que antes relutavam em utilizá-las, como é o caso das transferências de valores via uso de celulares, compras pela internet etc.

Um exemplo claro e contundente foi a explosão das compras online e as conferências e encontros virtuais promovidos por conta da pandemia e o isolamento social.

É fácil perceber que, com o lockdown, institucionalizado mundialmente, a logística mais uma vez mostrou-se indispensável e, de forma eficiente, manteve o abastecimento, suprindo a demanda, muito especialmente de bens de consumo essenciais; onde os supermercados funcionaram normalmente, sem qualquer crise de desabastecimento.

É claro que, para que essa operação obtenha sucesso, as ações logísticas precisam ser estruturadas com um elevado aparato tático e estratégico para manter, sem interrupções, o fluxo de bens requerido pelos usuários finais.

Essa eficiência logística foi proporcionada por uma série de avanços tecnológicos que foram embarcados nas operações das cadeias de suprimentos.

Equipamentos de automação, sensores especiais, conexões seguras e de alta capacidade de transferência de dados, assim como aplicações de inteligência artificial e mais especificamente, algoritmos de aprendizado máquina (machine learning) permitiram maior assertiva e acurácia no suprimentos dos estoques e atendimento as exigência dos clientes e consumidores.

Uso de Drones

O drone é uma tecnologia que saiu do mero lazer para ser utilizada em diversas áreas, gerando pedidos de patentes para aplicações especiais.

Por exemplo, a rede Walmart entrou com um pedido de patente para drones destinados a ajudar os clientes a procurar os produtos que necessitam no interior de suas lojas.

Figura 2 - Uso de drone na rede Walmart.

Basta o cliente ter a lista de compras disponibilizada em um celular ou mesmo um tablet que poderá ser emprestado pelo supermercado, para que esse dispositivo permita a comunicação com um drone que auxiliará o cliente a encontrar os produtos da sua lista de compras.

A Amazon, por sua vez, requereu também patente para drones destinados a realizar entregas. Esses drones são equipados com sensores que reagem a comandos de voz e gestos, como por exemplo: movimentando os braços é possível conduzi-lo.

Figura 3 - Drones da Amazon.

O uso de drones facilita e, em muitos casos, permite resolver os problemas da última milha, normalmente enfrentados pelos varejistas nas entregas em grandes centros urbanos.

Além desse drones serem rápidos e seguros, não poluem o ambiente com zero emissão de carbono!

Combinando essa tecnologia avançada, esses drones, usados em grandes metrópoles podem operar em áreas densas, sem qualquer preocupação com os famosos congestionamentos, especialmente em se tratando de entregas rápidas.

Além da reduções de custos, como relata um estudo realizado pela ERAU (Embry- Riddle Aeronautical University) que apresenta o exemplo de um varejista que pagou US$ 2.000 por uma plataforma para gerenciar as suas entregas, mediante a realização de 50 voos semanais e a um custo médio de US$ 1,74 por  viagem. 

Comparados aos meios tradicionais cujo custo atinge US$ 2,00 por viagem no descolamento da última milha, o uso desses drones mostrou uma vantagem competitiva.

Aqui no Brasil, a empresa Speedbird (ANAC – Notícias 2020) recebeu um certificado de autorização para voos experimentais (CAVE) destinado ao uso de drones na entrega de produtos.

Internet de Tudo (IoT)

O uso da Internet das Coisas (IoT) permite criar operações ágeis na cadeia de suprimentos, facilitando a sua visibilidade, permitindo um rápido alerta sobre a possibilidade de eventuais interrupções, além de manter os caminhões nas estradas devidamente rastreados, Centros de Distribuição em pleno funcionamento e os varejistas e seus clientes devidamente atendidos nas suas demandas.

Na medida que uma vasta gama de sensores de baixo custo, passam a integrar as redes logísticas e seus sistemas, há um considerável fluxo de informações que auxiliam a rastreabilidade dos produtos, desde fornecedores até as gôndolas ou prateleiras dos varejistas.

Para que uma cadeia de suprimentos seja ágil e eficaz com o uso da Internet das Coisas, é indispensável o apoio da tecnologia da informação mediante o uso de computação e redes, permitindo armazenar, analisar e gerenciar um elevado volume de informações geradas nos diversos processos.


Figura 4 - Big Data e IoT na Logística.

De um lado, as análises preditivas e os alertas antecipados garantirão um fluxo adequado de bens na cadeia de suprimentos, permitindo assim satisfazer aos clientes e consumidores.

De outro lado, há preocupações com a segurança cibernética dos sistemas, tanto a nível de hardwares quanto de softwares, como também com a autenticidade do fluxo de informações que transita nas redes logísticas.

Em muitos casos, o uso da tecnologia do blockchain pode ser utilizada. O Hyperledger - uma comunidade de código aberto projeto construído pela Fundação Linux focado no desenvolvimento de um conjunto de estruturas estáveis, ferramentas e bibliotecas para implementações de blockchain de nível empresarial, é recomendável. Com a modernização de processos tradicionais via blockchain, surgiu uma infinidade de plataformas com essa finalidade.

Essas tecnologias são oferecidas pela Intel, IBM, HP e a Cisco; permitindo assim garantir transparência e segurança nas transações.

Aplicação de dispositivos vestíveis

Tratando-se de dispositivos vestíveis (weareble), em nossa postagem do dia 25/01/2015 focalizamos esse tema. Para o leitor interessado, segue o link da postagem :

https://professorgoncalves.blogspot.com/2015/01/eu-e-eu-cyborg-o-uso-de-tecnologia.html

Nessa postagem daremos um foco nas suas aplicações nas cadeias de suprimentos.

Um desses instrumentos é o óculos de realidade aumentada que vem sendo utilizado em muitas aplicações na coleta e separação dos pedidos, como por exemplo, nos depósitos da DHL, como mostra a figura 5.

Figura 5 – Uso de óculos de realidade aumentada em CD´s.

O uso desse equipamento facilita consideravelmente as atividades, especialmente porque o operador, além de ser “conduzido” para os locais aonde ele deverá pegar os produtos para atender a um determinado pedido, também facilita a determinação do seu local para o embarque, visto que o sistema armazena o local de guarda na área de despacho, com mostrado na figura 5.

Um outro exemplo é o aplicativo desenvolvido pela empresa Scandit, mostrado na figura 6, que utiliza câmeras de alta resolução disponíveis em celulares, com objetivo de ler o código de barras e identificação dos produtos.


Figura 6 – Aplicativo da Scandit em celulares.

Ao serem recebidas as informações, o aplicativo imediatamente identifica os dados da etiqueta e pode reconhecer o produto mesmo sem uso do código.

Não restam dúvidas que tecnologias de ponta estão sendo introduzidas nas cadeias de suprimentos, permitindo assim, maior visibilidade, segurança, agilidade, redução de custos e atendimento adequado aos clientes e consumidores.

Fonte:

Transmetrics – Blog – Sefety & Efficiency: the Future of Wearebles in Logistics – disponível em www.trasnmetrics.eu – acesso: 29/08/2020.

Gonçalves, P. S. Logística e Cadeias de Suprimentos – Slides do curso de Logística do IBMEC/RJ.




domingo, 12 de abril de 2020

Redesenhando as Cadeias Logísticas - As lições do Coronavírus

Redesenhando as Cadeias Logística

As lições do Coronavírus.

Viver é a arte do possível !

O sucesso de muitas empresas depende consideravelmente da eficiência da sua rede logística. É fato que, em face da globalização e buscas de alternativas para a instalação de novas plantas ou mesmo de fornecedores mais atrativos em suas ofertas de bens,  redes logísticas estão ficando cada vez mais complexas.

Nesse contexto, é  importante observar que uma cadeia de suprimentos, qualquer que seja o seu foco, está exposta a uma variedade de riscos. Cada cadeia logística apresenta em seu desenho, riscos inerentes a sua operação.

Para mostrar ao leitor um exemplo da complexidade das cadeias de suprimentos, na figura 2 apresentamos, em caráter meramente ilustrativo, uma cadeia de suprimentos imaginária em homenagem à Milton Freidman (Nobel em Economia em 1976), conhecida como o Lapis de Freidman, visto que ele, em suas palestras sobre capitalismo e liberdade, usava essa metáfora para falar sobre os livres mercados: "Literalmente, milhares de pessoas cooperaram para fazer este lápis. Pessoas que não falam a mesma língua; que praticam religiões diferentes; que poderiam se odiar umas as outras caso se encontrassem. Quando você vai à uma loja e compra este lápis, você está na verdade trocando alguns minutos do seu tempo por alguns segundos do tempo de todos aqueles milhares de pessoas." .

No exemplo, a borracha usada no lápis tem origem na Tailândia, o alumínio no Brasil, as tintas dos Estados Unidos, a madeira, da Malásia, o grafite de Mocambique e a produção do lápis realizada na Alemanha ou em outros países.


Figura 2 - Complexidade das Cadeias de Suprimentos
Fonte: Gonçalves, P.S. - Slides - Logística - IBMEC 2019

Dois aspectos importantes devem ser considerado nesse cenário, dado que muitos confundem vulnerabilidade com risco. Numa definição clássica, risco é a probabilidade de ocorrência de um evento fortuito, enquanto que a vulnerabilidade pode ser definida como a maior ou menor exposição ao risco, em face da incapacidade implícita ou explicita de criar proteções para a ocorrência de um risco.

A análise e gerenciamento dos riscos de uma cadeia de suprimentos tem por objetivo, identificar os riscos potenciais a que essa cadeia poderá estar submetida, assim como  estabelecer estratégias destinadas a mitigar os riscos e/ou permitir os seus contingenciamentos como uma operação para manter o fluxo de bens ao longo dessa cadeia . 

A capacidade de uma cadeia de suprimentos retornar à suas operações, após ter sofrido um evento inesperado, é comumente denominada de resiliência. A resiliência é um conceito oriundo da física, quando trata da propriedade de alguns materiais que, acumulando energia, quando exigidos ou submetidos a estresse, não sofrem ruptura. Após a cessação desse estresse, poderá ocorrer algum dano, cujo resultado será uma deformação residual.


Figura 3 - Análise dos riscos do SCM.
Fonte: Gonçalves, P.S. - Slides Logística IBMEC/2019.

Aumentar a resiliência de uma cadeia de suprimentos, em muitas situações, vai implicar em criar alternativas ou mesmo alocar a essa cadeia recursos adicionais, como por exemplo, um plano alternativo ou também conhecido como plano de contingência. 

Dependendo do projeto do gerenciamento de riscos e sua extensão; incrementos resilientes inseridos nas cadeias de suprimentos poderão resultar em acréscimos de custos e, nesse sentido, é importante fazer uma análise bastante detalhada das alternativas  disponíveis, seus impactos, e uma avaliação mais aprofundada dessas alternativas num cenário de “trade-off” ou trocas compensatórias.

Partindo do princípio de que nenhuma rede logística é perfeita, o que devemos esperar é a construção de uma rede que funcione com um desempenho aceitável. Intercorrência, riscos e eventos inesperados poderão criar restrições ao fluxo de bens e colocar em xeque a qualidade dos serviços logísticos e o desempenho da própria rede e, em situações extremas, paralisar  esse fluxo, como por exemplo, o recente incidente ocorrido na cidade de Wuhan, na China em face da pandemia do coronavírus.

Na postagem que disponibilizamos no dia 07 de fevereiro de 2020, discorremos  sobre as fragilidades das cadeias logística, em função da paralisação as atividades na cidade de Wuhan, epicentro da pandemia que se espalhou por todo o planeta.

Para o leitor interessado, segue o link dessa postagem:


É fato que as  atuais cadeias logísticas são sistemas bastantes complexos, a considerar os atores que nelas interagem, bem com a amplitude geográfica da sua atuação. Sua complexidade está especialmente relacionada ao fato da existência de player internacionais, como por exemplo, fornecedores ou plantas instaladas em várias regiões do planeta.

De um lado, a eventual ocorrência de fatores adversos, podem colocar em risco todo o sistema de suprimentos; bastando para  isso que um dos elos dessa cadeia sofra algum tipo de dano ou alguma intercorrência.

De outro lado, em 16 de março de 2013, em postagem nesse blog, examinamos uma outra questão bem peculiar que está relacionada à fragilidades dos sistemas complexos, quando havíamos comentado: "Na medida em que o homem avança nessa avalanche de tecnologia e automação aplicada na manufatura e nos serviços mais e mais dependente dela fica e mais e mais riscos fatais, poderão correr! Isso porque as empresas não estão muito interessadas em criar processos redundantes que permitam manter a operação dos diversos sistemas, afinal o investimento nessa área é elevado e, por conta disso, preferem correr o risco de uma pane !"


Considerando que a China se tornou um portal para grandes e médias empresas, muitas delas, nela instaladas com objetivo reduções consideráveis em seus custos e, aproveitando a sedução promovida pelos chineses que acenavam com baixos custos operacionais, aliados a uma infraestrutura potencialmente forte para impulsionar o fluxo de bens de forma massiva, para todo o planeta; inúmeras empresas desativaram ou reduziram suas operações em outros países e mesmo em seus países de origem e passaram a erguer suas unidades fabris no solo chines, usufruindo das facilidades apresentadas pelas autoridades chinesas.


De um lado, vale registrar que tudo começou com a instalação das denominadas Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), que foram criadas no governo de Deng Xiaoping (1982-1987), consideradas como o principal marco da transição chinesa em direção ao denominado Capitalismo de Economia de Mercado.


De outro lado, importante observar que, essa sedução chinesa para a instalação de plantas em seu território implica em que, todas as empresas estrangeiras que pretendesse montar uma planta da China deveriam se associar à uma empresa local, estatal ou não, dentro de um processo conhecido como Joint Venture.

Essa "generosa" oferta de facilidades para a instalação de plantas fabris e/ou aquisição de produtos originários da China teve como principal foco, a redução nos custos  e facilidades operacionais em solo chines,  acabou por deixar exposta uma fragilidade sistêmica, em face da concentração e dependência dessas instalações para suprir mercados  em todas as regiões do planeta, assim como receber suprimentos de outras regiões.

Ora, diante de um quadro de otimismo exacerbado e um verdadeiro frenesi, em face da acelerada imigração de indústrias de várias partes do mundo para as regiões da China,  assim como a expansão do mercado mundial, muitas empresas reduziram ou mesmo desativam suas plantas em seus países de origem; ocorrendo assim, uma verdadeira cegueira coletiva na avaliação dos potenciais riscos nessa tomada de decisão! 

Parafraseando Bodenmüller, "não há como sair da caverna de Platão sem ficar um pouco cego "! E, essa foi a cegueira que impactou as cadeias de suprimentos em todas  parte do planeta , paralisando fábricas e centros de abastecimento!



Figura 4 - Cidades chinesas  - Foto: metrópole de Wuhan 

Por exemplo, Wuhan, foco central da pandemia de coronavírus, considerada pioneira em novas tecnologias, é uma das cidades com melhor desempenho nos setores de fabricação de microprocessadores, tão utilizado em diversos equipamentos produzidos em todo o mundo. Do mesmo modo com as tecnologias voltadas para a biomedicina, como por exemplo, a fabricação dos ventiladores mecânicos, tão cobiçados diante da epidemia que atravessamos.

Valendo registrar um caso bem emblemático ocorrido recentemente com a 3 M, fabricante de máscaras especiais, como a N95, modelo muito utilizado no meio médico, como também como equipamento de proteção individual (EPI), adquiridas pelo governo alemão, que foram confiscadas pelo Estados Unidos, no embarque, no aeroporto de Bangcoc, criando assim um conflito onde o Governo americano foi acusado de "pirataria moderna" !

Wuhan é também um importante polo da indústria automobilística com a presença de empresas com a Nissan, a Honda, a PSA e Renault entre tantas outras. Do mesmo modo, cerca de 160 empresas japonesas de diversos setores também estão presentes na cidade.
Em semelhante situação encontra-se a fábrica de Foxconn, por exemplo, que opera com cerca 500 mil empregados, é maior e mais conhecida fábrica da China localizada ao redor de Shenzhen, que é responsável pela produção de aproximadamente  90% dos aparelhos eletrônicos vendidos ao redor do cenário mundial, como smartphones, PlayStations etc.
A prova da fragilidade que comentamos está explícita: a paralisação das unidades produtivas quando a pandemia começou a dar fortes sinais de contaminação e as autoridades chinesas decidiram  bloquear a entrada e saída da cidade!

Muitos setores da nossa economia foram afetados. O caso mais emblemático envolve a indústria de eletroeletrônicos que, segundo a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), 70% das empesas do setor dependem de insumos importados da China!

Alguns países como o Japão, já acenam com benefícios e mesmo financiamentos adicionais para que empresas instaladas na China retornem ao seu país de origem.

O certo é que essa pandemia expôs de forma bastante clara a necessidade de desenvolver estratégias alternativas com objetivo de manter o fluxo de bens nas cadeias de suprimentos, como por exemplo: diversificação da rede de fornecedores, disponibilidade de manufatura alternativa (unidades menores e distribuídas em função da demanda) para a fabricação de seus produtos, estoques de segurança, alternativas de transporte com opções de operadores logísticos etc.


A verdade é que essa pandemia expos os riscos e as fragilidades das cadeias de suprimentos e, por via de consequência, uma nova abordagem terá que surgir das lições produzidas pelos recentes acontecimentos!


Fonte:
Gonçalves, P.S. - in Gerenciamento dos Riscos Logísticos - disponível em - https://professorgoncalves.blogspot.com/2010/12/gerenciamento-dos-riscos-logisticos.html  - acesso: 12/04/2020

Gonçalves, P.S. in Cadeias Globais e Resiliência Sistêmcia - disponível em https://professorgoncalves.blogspot.com/2017/04/cadeias-globais-e-resiliencia-sistemica.html - acesso: 12/04/2020.

Gonçalves, P.S. - in Riscos Logísticos nas Cadeias de Suprimentos - Slides - Logística/IBMEC/RJ (2019),

Bundenmüller, L. in Não há como sair da caverna de Platão sem ficar cego - disponível em  https://www.huffpostbrasil.com/luiza-bodenmuller/nao-ha-como-sair-da-caverna-de-platao-sem-ficar-um-pouco-cego_b_5941060.html - acesso: 2/04/2020.

Estado de Minas - in Cinco coisas a saber sobre Wuhan, epicento da epidemia do novo coronavírus - disponivel em https://www.em.com.br/app/noticia/internacional/2020/01/26/interna_internacional,1117136/cinco-coisas-a-saber-sobre-wuhan-epicentro-da-epidemia-de-novo-corona.shtml - acesso: 12/04/2020.

Adital – Instituto Humanitas Unisino  in O rei está nu. Assim, um vírus colocou em crise o modelo de negócios global. Por onde recomeçar? – disponível em http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/596938-o-rei-esta-nu-assim-um-virus-colocou-em-crise-o-modelo-de-negocios-global-por-onde-recomecar - acesso: 10/04/2020.



sábado, 4 de abril de 2020

A importância da logística no combate a pandemia do Coronavírus.

A importância da logística no combate a pandemia do Coronavírus.

Este artigo é dedicado aos heróis da 
area de saúde e aos caminhoneiros
que estão na frente da batalha contra
a epidemia do coronavírus!


Estamos vivendo uma situação de guerra diante de um inimigo invisível, de dimensões ínfimas, mas potencialmente perigoso em suas ações.

A Organização Mundial da Saúde vem apresentando panoramas periódicos sobre a evolução dessa pandemia que se espalha por todo o planeta.

As pandemias são surtos que ocorrem em larga escala envolvendo doenças infeciosas, com ampla atuação na escala geográfica, podendo causar perturbações econômicas, sociais e políticas. Basta fazer uma análise rastreira dos últimos acontecimentos no nosso país.



A demora na notificação de pandemias, a exemplo do ocorrido no caso do SARS - Servere Acute Respiratory Syndrome (Sindrome Respiratoria Aguda Grave), acabou levando a Organização Mundial da Saúde a atualizar o denominado Regulamento Sanitário Internacional, a qual, em caráter obrigacional, exigiu que todos os países membros cumprissem o protocolo de detecção, notificação e resposta de surtos pandêmicos

Análise de especialistas, dos mais diversos, muitos com grande experiência no estudo de pandemias, com ajuda de infectologistas e epidemiologistas, promoveram o desenvolvimento de modelos matemáticos com o objetivo de projetar a expansão da curva desse flagelo. 

A avaliação dessas curvas de expansão acabam evidenciando dois problemas  graves que vão muito além do combate ao vírus: uma questão relacionada ao estoque de equipamentos e produtos destinados a área de saúde, assim como um problema relacionado a capacidade física das instalações hospitalares destinadas a comportar os eventuais infectados graves; ambos motivados pelo crescimento projetado de novos infectados com esse flagelo e a probabilidade de ocorrência de casos mais graves que vão demandar internações em unidades hospitalares  que, em circunstâncias mais complexas, resultarão na necessidade de utilização de respiradores destinados a manter, de forma mecânica, a ventilação dos pulmões. Fatos esses, devidos ao comportamento desse vírus que ataca as vias respiratórias levando, em certas circunstâncias, a provocar a denominada insuficiência respiratória aguda.


Figura 2 -Respirador mecânico

Diante do quadro epidemiológico estudado pelos especialista encontra-se a constatação imediata de que o planeta não está preparado para esse verdadeiro "Cisne Negro", em sua versão mais dramática: a possibilidade de perdas de vidas humanas !

Afinal, não existe instalações hospitalares disponíveis para abrigar tamanho contingente de pessoa infectadas com problemas respiratórios, nem tampouco  equipamentos suficientes para dar-lhes  resguardo, segundo projetam os modelos de expansão da epidemia.

Vale referenciar o trabalho realizado na China com a construção em tempo recorde de um hospital emergencial para abrigar mil leitos, em uma área de 25 mil metros quadrados, cuja edificação aconteceu em um prazo de 10 dias.

No nosso entender, apesar das potencialidades da China, era presumível que, sabendo com bastante antecedência dessa pandemia, já estava se preparando para esse evento que, ao final, transformou-se em uma propaganda de "eficiência" do regime totalitário  chines, um perfeito Estado Totalitário High-Tech!

Afinal, como as informações fornecidas são filtradas pelas autoridades chinesas, o relato dessa pandemia só foi divulgado para o mundo tempos após o término das comemorações do ano chines, quando os  chineses costumam ganhar uma semana de folga e muitos deles procuram viajar para comemorar o evento com as suas famílias, traduzindo-se assim, numa das maiores mobilidade do planeta!

Em dezembro de 2019 começaram a surgir relatos médicos de casos misteriosos de pneumonia que rapidamente se espalhou, muito especialmente em função da grande aglomeração de pessoas, cuja potencial infectante ocorreu em face das comemorações do ano chines, que neste ano, oficialmente tiveram início no dia 25 de janeiro. 

É importante ressaltar que pandemias, que aconteceram ao longo da nossa história, sendo uma das mais famosas a  denominada "Gripe Espanhola" apresentam riscos e, como o próprio Bill Gates havia comentado em uma palestra no TED (2015), estão aumentando a sua frequência, especialmente em face de surgimento de doenças virais em animais (op.cit. Madhav et al.). 

Vale registrar, nesse contexto, as prática de total falta de higiene e descontrole, nos denominados "mercados exóticos" existentes na China, aonde todo o tipo de animal é comercializado e degustado por apreciadores de comidas estranhas como morcegos, cobras, ratos etc. !

De um lado, além de severos danos a saúde das populações, podendo, em muitos casos, levar ao óbito,  essas pandemias atingem o coração dos sistemas econômicos por meios de diversos canais, levando a retração da expansão econômica, cujos reflexos produzem resultados psicológicos negativos junto a população,  em face do medo  e mesmo pânico de contrair a doença. Valendo registrar que a nossa imprensa tem contribuído de maneira absolutamente inadequada quando veicula notícias sobre o tema,  provocando, em muitos casos, pânico e ansiedade, especialmente em áreas metropolitanas com grande contingente populacional.

Há riscos, dependendo das medidas instituídas com objetivo de mitigar o avanço da pandemia, de tensões políticas e sociais que poderão promover instabilidades políticas, provocar violência e tensão entre estados e cidadãos (op.cit. Madhav et al), como é o caso da quarentena imposta no Brasil e algumas atitudes impensadas de alguns governadores que praticamente fecharam as suas fronteiras estaduais, impedido a livre circulação de mercadorias indispensáveis não só ao abastecimento de suprimentos alimentícios, como também material médico imprescindíveis no combate médico hospitalar da pandemia do coronavírus. Há relatos de caminhões transportando oxigênio hospitalar parados nas fronteiras interestaduais, em face de decreto de governo estadual que impedia a sua livre circulação!

Sem transporte, um dos principais condutores da logística, não há cadeia de suprimentos e, por via de consequência, os impactos são massivos, tais como, paralisação das atividades comerciais, desabastecimentos das industrias, de supermercados etc. 

Decerto que a logística e suas cadeias de abastecimento, são absolutamente indispensável para a manutenção das atividades essenciais, mesmo em situações de paralisação generalizada. Na grave situação descrita, as empresas precisam se reinventar com o objetivo de mitigar o impacto dessa paralisação, valendo registrar que o Governo Federal em articulação com o Ministério da Infraestrutura, fixou um plano de contingência para permitir que o transporte essencial continue operando em todo o território nacional, apesar os primeiros senões de algumas autoridades estaduais, muito mais  preocupadas com os holofotes do que com os interesses da população!

De um lado, é indispensável uma ação coordenada, a exemplo daquela estabelecida pelo Ministério da Infraestrutura, tendo como foco fortalecer a manutenção da infraestrutura básica, tanto no que se refere aos produtos e equipamentos destinados aos serviços de saúde, quanto ao suprimento de gêneros alimentícios indispensáveis para as populações, em todas as cidades; visto que as atividades econômicas não poderão ser sustentadas sem o contínuo abastecimento de alimentos, combustíveis, eletricidade e demais recursos indispensáveis.

De outro, devemos observar que as cadeias de suprimentos atuais apresentam complexidade e são interconectadas o que poderá provocar riscos de interrupção em função da vulnerabilidade dos agentes que nelas atuam; valendo registrar que as cadeias estão focadas em áreas específicas, como por exemplo, uma cadeia de distribuição de produtos alimentícios possui atores diferentes daqueles que atuam no suprimentos de produtos farmacêuticos etc.; valendo lembrar uma outra variável em jogo que são os estoques, cada vez mais reduzidos em função de prática gerenciais de otimização de custos.


Figura 3 - Nossos herói em movimento.

Sendo essas cadeias logísticas especializadas e fragmentadas, há dificuldades nos ajustes, a exemplo da nossa quarentena quando a paralisação do fluxo de pessoas em grandes cidades reduz a mobilidade urbana e as atividades comerciais normais, com a consequente paralisação dos abastecimentos (não havendo consumo, não haverá reposição dos estoques), enquanto que a demanda dos supermercados crescem consideravelmente em função da maior procura por produtos, especialmente alimentos e produtos de higiene pessoal etc., para suprir as necessidades dos consumidores em função de maiores gastos em suas residências e mesmo, em face de receios de desabastecimentos.

Importante registrar que a logística se move, especialmente no Brasil, através do modal rodoviário e não podemos esquecer dos heróis de todos os dias que, cruzando esse país continental, transportam produtos em todo o território nacional e têm sido uma grande arma no combate a epidemia do coronavírus.

Nesse pormenor é indispensável pensar na proteção desses homens, objetivando mitigar uma possível contaminação ao longo de seus trajetos, assim como manter o suprimentos de serviços complementares como postos de combustíveis, serviços de alimentação e pernoite,  sem os quais fatalmente o sistema logístico indispensável entrará em colapso. 

Com inteligência, participação integrada de todos entes (deixando de lado  as vaidades e interesses políticos) das esferas governamentais (municipal, estadual e federal), serenidade, compreensão e ação colaborativa da sociedade;  as estratégias destinadas mitigar os efeitos da pandemia do coronavírus, levarão certamente a que todos nós sejamos vencedores nessa batalha!

Fontes:
,N.; , bB.; , M.; ,P.; ,E.; .

Disease Control Priorities: Improving Health and Reducing Poverty. 3rd edition. - Chapter 17 -Pandemics: Risks, Impacts, and Mitigation - disponivel em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK525302/

Dr. Rodrigue, JP.;Dr.Luke,T. (Department of Virology, Naval Medical Research Center) and Dr.Osterholm, M.(Director of the Center for Infectious Disease Research and Policy (CIDRAP), University of Minnesota) in Transportation and Pandemics - disponivel em https://transportgeography.org/?page_id=8869

Canadian Shipper in   

Pandemic Preparedness: Managing a supply chain crisis - disponivel em https://www.canadianshipper.com/transportation-and-logistics/pandemic-preparedness-managing-a-supply-chain-crisis/1000083943/