VIVEMOS em um MUNDO REAL ou em uma SIMULAÇÃO?
Realizando uma "viagem" especulativa, através de um exercício intelectual, em face de Brostrom ( Superinteligência) e Virk (The Simulation Hypothesis), descrevemos, em postagem anterior, a hipótese de estarmos mergulhados em um universo virtual!
De um lado, é certo que a humanidade, a cada segundo, gera um elevado volume de informações, especialmente nos dias de hoje.
Numa avaliação preliminar,, tomando por base os estudos realizados por Melvin Vopson, professor Sênior de física da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, geramos diariamente, 500 milhões de Tweets, 294 bilhões de e-mails, 4 milhões de gigabites inseridos pelos usuários no Facebook, 65 milhões de mensagens no WhatsApp e 720.000 horas de conteúdos descarregados no Youtube. (Vopson - WEF - 2020).
Dentro desse escopo, os dados criados, copiado, capturados e consumidos no planeta, atingiram, no ano de 2020, um volume de 59 Zetabytes ( um Zetabyte corresponde a 8 seguido de 21 zeros bites). Esse volume de dados levou ao IDC (International Data Coorporation) a estimar que, até 2025, ele atingirá 175 Zetabytes!
Seguindo esse vertiginoso e exponencial crescimento, numa especulação teórica, Vopson estima que em 350 anos teremos um colapso de dados e informações e, o pior, em 110 anos, segundo cálculos efetuados por cientistas, a energia necessária para sustentar tamanha produção digital, excederá o consumo global de energia do planeta, ou seja, a raça humana , em um futuro relativamente próximo, poderá estar diante de um colapso de energia!
De outro lado, segundo vários pesquisadores, dentre eles o citado, a informação pode se tornar o quinto estado da matéria , em complemento aos quatro naturais conhecidos, quais sejam: sólido, líquido, gasoso e plasma. Vopson está tentando provar a tese de que a informação tem presença física.
Se essa teoria for comprovada, além de abrir um leque de oportunidades para a busca de novas formas e novas tecnologias para o armazenamento das informações, também produzirá uma mudança considerável na forma que concebemos o universo.
Segundo esse pesquisador, que segue firme na busca da prova da sua teoria, quando apagamos um informação ou parte dela, haverá uma pequena perda de massa!
Ora, partindo da conhecida formula básica de Einstein, que deu origem a Bomba Atômica, que diz que a energia (E) é igual a massa (m) multiplicada pelo quadrado da velocidade da luz (c), levamos a deduzir que uma parcela de energia também será perdida!
Para quantificar essa teoria, segundo cálculos de Vopson, ao apagamos 1 Terabyte existente em um dispositivo de armazenamento, haverá uma perda de massa correspondente aproximadamente ao equivalente a massa de um Proton. Concluído, quando um bit de informação é apagado, ele vai dissipar uma certa quantidade de energia, passível de ser quantificada !
Dentro do escopo desse raciocínio especulativo, provado que a informação é o quinto estágio da matéria, uma pergunta intrigante nos visita: Será que o universo que conhecemos e habitamos é uma simulação "rodando" em algum computador?
Pensando melhor, se a informação é um componente chave do universo, então é bem possível que em algum lugar, um computador pode estar "rodando" o universo inteiro como uma simulação!
Conclusão, apelando para Albert Einstein: " Deus joga dados, mas esconde os resultados" !
Boa Páscoa!