REAL DIGITAL – O QUE VEM POR AÍ?
Importante registar que as criptomoedas, tais como Bitcoin, Ethereum, Ripple (XRP), Cardano (ADA) etc., envolvem operações descentralizadas e executadas através de sistemas blockchain próprios (uma espécie de livro-razão de dados descentralizados que são compartilhados com segurança); enquanto os CBDCs são controlados pelos bancos centrais ou governos.
Na minha ótica, para operacionalizar esse sistema junto a população, haveria de acontecer um denominado “período de treinamento” com objetivo de permitir de forma tranquila a inclusão de todos nessa nova modalidade de pagamentos.
A oportunidade surgiu diante da crise promovida pela pandemia e seus lockdowns e a necessária e bem sucedida operação promulgada pelo Governo Federal para minimizar o seu impacto, em especial nas famílias de baixa renda e pequenos comerciantes, em face do fechamento dos estabelecimentos comerciais e a tão contestada política do “fique em casa”.
O sucesso no uso disseminado do PIX acelerou o processo do Banco Central (BC) no desenvolvimento do denominado Real Digital, sendo que em agosto de 2020 o BC organizou um grupo de trabalho, através da Portaria nº 108.092/20 , que em seu artigo 1º estabelece: “Fica constituído Grupo de Trabalho Interdepartamental (GTI), de natureza consultiva, para realizar estudo sobre eventual emissão de moeda digital pelo Banco Central do Brasil”
A diferença entre o PIX e o Real Digital é que no uso do real digital, um usuário poderá receber recursos e fazer pagamentos sem ser cliente de um banco. O sistema mais avançado do planeta é o chines, que o utiliza o renminbi digital operado pelo Banco do Povo. Vale registrar que o renminbi (“moeda do povo”) é a moeda oficial da República Popular da China e distribuída pelo Banco Popular chinês.
É evidente que a introdução da moeda digital é uma forma de estabelecer um controle central das transações financeiras, a exemplo do que ocorre hoje na China e o controle total de seus cidadãos.
Nesse
sentido, recordo-me de um filme dos anos 90, dirigido por Irwin Winkler e
estrelado por Sandra Bullock, denominado “A Rede”. Acredito que o mesmo ainda
se encontra disponível no Netflix ou no Amazon Prime Vídeo.
Na
medida em que as moedas digitais controladas pelos Bancos Centrais, em todo os
países, entrarem em grande fluxo de utilização, há o risco real e imediato de
que os diversos governos passem a ter controle quase total de seus cidadãos, e
aí mora o grande perigo!
Por
exemplo, na citada película estrelada pela Sandra Bullock, um indivíduo é simplesmente
deletado do sistema mediante o cancelamento de seu registro nos sistemas da
rede e como tal, ficou impossibilitado de realizar transações das mais diversas,
ou escrevendo de outra forma, teve sua morte digital decretada que produziu
grandes transtornos em sua vida!
Um
exemplo já sentimos hoje, através da censura efetivada pelas Big Tech, seja por
conta própria ou solicitação de governos, conduzidas por certas vertentes
ideológicas, nas diversas plataformas, retirando inclusive a monetização de
sites ou impedindo a sua divulgação através das plataformas suportadas na rede,
por grandes corporações digitais (Facebook, Instagram, WhatsApp etc.)!
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