COMPUTAÇÃO LÍQUIDA
Um gênio da nanociência e nanotecnologia com inúmeros trabalhos publicados e de grande reputação internacional, liderando um grupo de pesquisadores da Universidade de Harvard na área de nanociência, desenvolveu pesquisas incríveis, tendo publicado mais de 400 trabalhos e participado da produção de livros sobre nanociência e nanotecnologia.
Esse pesquisador e sua equipe criaram minúsculos circuitos lógicos e de memória, com alguns átomos de diâmetro, como numa obra de ficção científica, simplesmente quando um líquido que se monta sozinho, é derramado sobre uma mesa!
Como num conto de Ian Fleming (criador de James Bond), os problemas do Dr. Leiber começaram a acontecer quando foi descoberto que ele recebia “doações” do governo chinês para as suas pesquisas; evento esse, desconhecido da administração da Universidade de Harvard e do governo americano. Por conta disso, esse excelente pesquisador teve sua prisão decretada e diversas acusações por crimes praticados e aguarda julgamento previsto para janeiro de 2023.
Nesse artigo tratamos das descobertas do Dr. Leiber e sua equipe, sua aplicabilidade no campo da nanociência e nanotecnologia e os riscos do uso indevido dessa tecnologia por ser tratar de dispositivos em escala nanométrica (o futuro invisível) !
Em 2001, o professor de química Charles
Leiber e sua equipe promoveram uma espécie de revisão da lei de Moore, CEO da
Intel que havia proclamado que o número de transistores existente em um chip duplicaria
a cada dois ano e, segundo essa perspectiva a linha de produção de chips de
silício atingiria seus limites por volta de 2017. Ocorre que ela vem sendo
impulsionada pela inovação e aplicação de novas tecnologias de empilhamento 3 D.
Por exemplo, a Samsung desenvolveu um processo de fabricação chamado de cubo
estendido (X-Cube), permitindo assim, o aumento de transistores por
dispositivo.
Em 2011, Lieber foi nomeado o químico
líder mundial na década de 2000-2010 pela Thomson Reuters, com base no impacto
de suas publicações científicas. Ele chegou a publicar mais de 400 artigos em
revistas com revisão de seus pares, assim como editou e contribuiu para muitos
livros sobre nanociência.
Ele promoveu uma abordagem diferenciada
que denominou de “baixo para cima” em suas pesquisas na indústria de
nanotecnologia. Em suas palavras: “é uma abordagem completamente diferente, a
construção de baixo para cima”; onde as caraterísticas de sua construção
partiram de nano fios especialmente preparados, o que lhe permitiu criar
transistores com apenas 10 átomos; abrindo um leque de oportunidades para a
microeletrônica ainda maior!
É gigantesca a aplicação da
microeletrônica nos mais diversos campos e a tecnologia de Leiber e seus
colaboradores, de aumentar a densidade de transistores nos dispositivos,
permitiu projetos de computadores mais integrados, com grande capacidade
computacional.
Numa prova de conceito, esses pesquisadores criaram minúsculos circuitos lógicos e
de memória, com alguns átomos de diâmetro, como numa obra de ficção científica;
simplesmente
quando um líquido que se monta sozinho, é derramado sobre uma mesa!
Usando fios com apenas três nanômetros de
diâmetro (um átomo tem aproximadamente 0,1 nanômetros, segundo medições
realizadas com uma tecnologia denominada de corrente de tunelamento), esse
pesquisador e sua equipe foram capazes
de produzir uma placa de tamanho extremamente reduzido (nano) que, tão logo
mergulhada em um líquido que, dispersado sobre uma mesa, se transforma em um
computador!
O processo é formado através de blocos de
construção com o uso de um catalisador que favorece o crescimento desses blocos
em uma única direção. Uma característica chave do método desenvolvido por Leiber
é permitir que os nanofios (um feixe minúsculo com propriedades de um isolante,
de um semicondutor ou de um metal, com diâmetro a partir de um nanômetro) sejam
preparados, praticamente, com propriedades condutivas específicas.
Vários exemplos do uso de dispositivos
sensores de nanofios de silício (SiNW) incluem a detecção ultrassensível e em
tempo real de proteínas de biomarcadores para câncer, detecção de partículas
virais únicas e detecção de materiais explosivos nitro aromáticos como
trinitrotolueno (TNT). Os nanofios de silício também podem ser usados em sua
forma trançada, como dispositivos eletromecânicos, para medir forças
intermoleculares com grande precisão.
Desde 2008, Leiber atuou como pesquisador
Principal do Grupo de Pesquisa Lieber na Universidade de Harvard, especializado
na área de nanociência, recebeu mais de US$ US$ 15 milhões em doações dos
Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e do Departamento de Defesa (DOD).
Esses financiamentos exigem a divulgação
de conflitos de interesse financeiros, incluindo eventual apoio financeiro de
governos estrangeiros ou entidades estrangeiras. O problema ocorreu quando, sem
o conhecimento da Universidade de Harvard, a partir de 2011, Lieber foi
“contratado” como “cientista estratégico” na Universidade de Tecnologia de
Wuhan (WUT) na China, tendo participados de projetos como contratado no Plano
de Mil Talentos da China de 2012 a 2017.
Em face dessa situação, em 2021 ele foi
preso e condenado por seis acusações criminais relacionadas ao recebimento de
investimentos de milhões de dólares do governo chinês, incluindo duas acusações
de fazer declarações falsas ao FBI. Embora tenham ocorrido especulações sobre a
sua atuação nas pesquisas relacionadas ao SARS-CoV-2, nada foi comprovado.
A contribuição de suas pesquisas tem aplicações
em diversas áreas que vão desde eletrônica, computação, fotônica e ciência da
energia até biologia e medicina, como por exemplo o uso de unidades de memória
de estado sólido, como ele mesmo havia previsto!
No início de fevereiro deste ano (2022)
o Dr. Leiber entrou com uma petição requerendo sua absolvição ou um novo
julgamento; sendo que em setembro, a petição foi negada e a data de sua
sentença foi marcada para 1º de janeiro de 2023.
As questões que estão na baila hoje, em
face das pesquisas do Dr. Leiber são complexas, dado que sensores, numa prova
de conceito, foram testados envolvendo a
detenção de câncer de próstata e mais, segundo esse ousado pesquisador, “essa
tecnologia permite o projeto de um chip para detectar um bilhão de coisas
simultaneamente, até mesmo variações do DNA de um indivíduo”, o que significa
dizer que um indivíduo poderá ter fluindo em seu corpo, um chip extremamente
pequeno (nano) que pode ser detectado eletricamente quando tem uma proteína, um
ácido nucleico ou qualquer outra coisa.
No escopo dessa abordagem de Leiber,
examinando o tema à luz de uma possível “teoria da conspiração”, nada impediria
que essa tecnologia possa ser futuramente utilizada, por exemplo em um processo
de controle da população, quando será possível injetar e manter minúsculos
computadores, dentro dos corpos vacinados! Como destacou Leiber “normalmente
uma molécula se ligada a superfície de um transistor (nano) não teria qualquer
efeito, porém imagine se conectada a uma proteína com carga”!
“Ser ou não ser, eis a questão: o que é
mais nobre para o espírito? Sofrer os dardos e as setas de um ultrajante fado,
ou tomar armas contra um mar de calamidades, para pôr lhes fim, resistindo?” Shakespeare - Hamlet
Fontes:
Natural News – Nov 21,2022.
Expose News – Nov 14,2022.
Harvard Magazine –
nov, 2001.
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