sexta-feira, 26 de agosto de 2022

O GRANDE IRMÃO - UMA VISÃO À ORWELL E SEU “1984”.

 

O GRANDE IRMÃO

UMA VISÃO À ORWELL E SEU “1984”.


A revista eletrônica Visualcapitalist publicou recentemente que 105 países estão implantando suas moedas digitais centralizadas, valendo registrar que esses países operam com 95% do PIB (Produto Interno Bruto) Global.

De um lado, é público e notório, em nosso país, o uso do PIX que, na minha concepção, salvo melhor juízo, é o primeiro passo e mesmo, um grande teste para a implantação do Real digital.

O sucesso do PIX foi tamanho que, rapidamente, tornou-se popular nas camadas menos favorecidas da nossa sociedade e retirou dos bancos, verdadeiros agiotas legais, grandes somas que eram resultado da cobrança de tarifas bancárias para a efetivação das mais diversas operações. Só os grandes bancos (Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil) perderam o montante de R$ 1,5 bilhão de receitas cobradas nas transações bancárias no ano de 2021.

Com a criação de moedas digitais centralizadas, as mesmas passarão a ter total controle realizado pelos bancos centrais (BC) e, é certo que o fluxo dessas moedas permitirá utilizar a máxima bastante conhecida: "Follow the Money" (siga o dinheiro), visto que todas as transações realizadas serão devidamente conhecidas e rastreáveis pelos BCs.

Por via de consequência, o fluxo financeiro digital propagado pelas transações dessas moedas estarão sob o estrito controle tanto das pessoas jurídicas quanto das pessoas físicas, pelos respectivos Bancos Centrais

Vamos agora para um exercício de “futurologia”, deixando a nossa mente fluir no campo do imaginário. “A imaginação é mais importante do que o conhecimento”, já dizia Einstein!

Pensemos em um regime totalitário que resulta, por via de consequência, no controle total, cuja “arma de destruição em massa” passa a ser a moeda digital, dado o poder que o estado exercerá sobre cada cidadão ou mesmo empresas, desde as microempresas até grandes corporações.

Assim, basta um “cancelamento” ou mesmo bloqueio de um CPF/CIC ou mesmo de um CNPJ para inviabilizar qualquer transação financeira de um cidadão ou de uma empresa, cujo resultado inevitável será o colapso financeiro desse cidadão ou de uma empresa.

Daí pensar que, embora salutar o progresso tecnológico transformador, onde a circulação da moeda será absolutamente digital, poderemos abrir as portas para a incursão de indivíduos que sonham com regimes totalitários!

Nesse contexto, a guisa de reflexão, sugiro aos interessados a assistir uma película dos anos 70, estrelada por Sandra Bolluck que leva o título de “A Rede”.

Termino esse artigo com um belo poema atribuído ao poeta russo Vladimir Maiakovski que na verdade é de autoria do poeta brasileiro, Eduardo Alves da Costa:

“Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor do nosso jardim.

E não dizemos nada.

Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada.

Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho e nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.

E já não podemos dizer nada.”

 Conclusão:

“O preço da liberdade é a eterna vigilância!”

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