CONFLITOS, TERRORISMO E PANDEMIAS.
O quê esses eventos têm com a logística?
Indiscutivelmente
o mundo está globalizado e o suprimentos de bens poderá ter origem em qualquer região
do planeta, respeitadas as condições de capacidade de atendimento à demanda
exigida e custos logísticos atraentes.
Nesse
sentido, podemos tomar como exemplo a China que, abrindo as portas para o mercado
internacional, tratou de aprimorar a sua infraestrutura, em especial no quesito
portos e ferrovias.
A análise
que encetaremos nesse artigo está baseada no capítulo 11 da nossa obra:
Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial, publicado pela editora Manole.
É certo que
o mundo hoje é um caldeirão de conflitos dos mais diversos os quais, de uma
forma ou de outra, impactam os fluxos de bens e serviços.
O objetivo
da logística, na sua acepção maior, é vencer as condições espaciais
(geográficas), temporais (atender no tempo certo) e, mediante custos mínimos,
levar os produtos desde a sua origem até um destino determinado.
Claro que
essa operação não se realiza em um “céu de brigadeiro” e nem tampouco em um “mar
de almirante”!
Intercorrências
das mais diversas, desafiam as operações logísticas nas batalhas diárias para
vencer obstáculos tanto físicos, tecnológicos, informacionais e burocráticos.
Excetuando-se
esse último que pode ser tratado em termos negociais, examinaremos aqui, embora
de forma sucinta, como poderemos criar planos estratégicos destinados a reduzir
o impacto de eventos inesperados que resultam na sua classificação como riscos
logísticos.
Vale
registrar, em primeiro plano, que os riscos logísticos podem ter diversas origens
como por exemplo: guerras, sabotagem, falhas na infraestrutura, desastres
naturais, desastres tecnológicos etc.
Evidentemente que esses riscos podem possuir diversas dosimetrias, quais sejam: desprezíveis, marginais, críticos ou catastróficos. A avaliação de cada situação vai depender do contexto operacional da cadeia de suprimentos e suas relações entre os parceiros de negócios, modais de transporte etc.
A tarefa primordial dos gerentes de
logísticas é o mapeamento de toda a cadeia de suprimentos, identificando os
pontos de vulnerabilidade para, posteriormente, promover uma análise detalhadas
daqueles de maior ou menor incidência de riscos.
Perguntas
chaves como: O que aconteceria se a cadeia de suprimentos fosse interrompida
por um evento inesperado? Quais seriam os custos envolvidos na recuperação da
cadeia de suprimentos? Se uma carga importante fosse danificada, destruída ou
contaminada, quais serão os efeitos na continuidade das operações na manufatura,
nos serviços e no atendimento aos clientes? Etc.
Como o
espaço dessa publicação é bastante limitado, não vamos aqui qualificar e analisar
cada um desses tipos de eventos, suas magnitudes e seus efeitos nas cadeias de
suprimentos, objeto do capítulo citado da nossa obra. Assim, vamos tratar de
duas vertentes básicas que conduzem ao gerenciamento dos riscos logísticos.
De um lado,
temos a denominada Estratégia de Mitigação, cujo foco é reduzir o impacto do
dando causado à cadeia de suprimentos. Um exemplo prático para imediato
entendimento é o uso dos freios de um veículo por ocasião da possibilidade de
um acidente, cujo objetivo é minimizar a ocorrência de um dano.
Por outro
lado, a Estratégia de Contingenciamento funciona como um plano “B”. Tem por
objetivo manter as operações em funcionamento apesar do dano já causado. Um
exemplo seria utilizar um sistema de geradores na hipótese de ocorrer uma falha
no suprimento de energia.
Termino esse
breve artigo citando uma frase do legendário Tzu (Arte da Guerra): "
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