sábado, 5 de março de 2022

Conflitos, terrorismos e pandemias. O quê esses eventos têm com a logística?

CONFLITOS, TERRORISMO E PANDEMIAS.

O quê esses eventos têm com a logística? 


Indiscutivelmente o mundo está globalizado e o suprimentos de bens poderá ter origem em qualquer região do planeta, respeitadas as condições de capacidade de atendimento à demanda exigida e custos logísticos atraentes.

Nesse sentido, podemos tomar como exemplo a China que, abrindo as portas para o mercado internacional, tratou de aprimorar a sua infraestrutura, em especial no quesito portos e ferrovias.

A análise que encetaremos nesse artigo está baseada no capítulo 11 da nossa obra: Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial, publicado pela editora Manole.

É certo que o mundo hoje é um caldeirão de conflitos dos mais diversos os quais, de uma forma ou de outra, impactam os fluxos de bens e serviços.

O objetivo da logística, na sua acepção maior, é vencer as condições espaciais (geográficas), temporais (atender no tempo certo) e, mediante custos mínimos, levar os produtos desde a sua origem até um destino determinado.

Claro que essa operação não se realiza em um “céu de brigadeiro” e nem tampouco em um “mar de almirante”!

Intercorrências das mais diversas, desafiam as operações logísticas nas batalhas diárias para vencer obstáculos tanto físicos, tecnológicos, informacionais e burocráticos.

Excetuando-se esse último que pode ser tratado em termos negociais, examinaremos aqui, embora de forma sucinta, como poderemos criar planos estratégicos destinados a reduzir o impacto de eventos inesperados que resultam na sua classificação como riscos logísticos.

Vale registrar, em primeiro plano, que os riscos logísticos podem ter diversas origens como por exemplo: guerras, sabotagem, falhas na infraestrutura, desastres naturais, desastres tecnológicos etc.

Evidentemente que esses riscos podem possuir diversas dosimetrias, quais sejam: desprezíveis, marginais, críticos ou catastróficos. A avaliação de cada situação vai depender do contexto operacional da cadeia de suprimentos e suas relações entre os parceiros de negócios, modais de transporte etc.

A tarefa primordial dos gerentes de logísticas é o mapeamento de toda a cadeia de suprimentos, identificando os pontos de vulnerabilidade para, posteriormente, promover uma análise detalhadas daqueles de maior ou menor incidência de riscos.

Perguntas chaves como: O que aconteceria se a cadeia de suprimentos fosse interrompida por um evento inesperado? Quais seriam os custos envolvidos na recuperação da cadeia de suprimentos? Se uma carga importante fosse danificada, destruída ou contaminada, quais serão os efeitos na continuidade das operações na manufatura, nos serviços e no atendimento aos clientes? Etc.

Como o espaço dessa publicação é bastante limitado, não vamos aqui qualificar e analisar cada um desses tipos de eventos, suas magnitudes e seus efeitos nas cadeias de suprimentos, objeto do capítulo citado da nossa obra. Assim, vamos tratar de duas vertentes básicas que conduzem ao gerenciamento dos riscos logísticos.

De um lado, temos a denominada Estratégia de Mitigação, cujo foco é reduzir o impacto do dando causado à cadeia de suprimentos. Um exemplo prático para imediato entendimento é o uso dos freios de um veículo por ocasião da possibilidade de um acidente, cujo objetivo é minimizar a ocorrência de um dano. Por exemplo, uso de estoques de segurança mais robustos.

Por outro lado, a Estratégia de Contingenciamento funciona como um plano “B”. Tem por objetivo manter as operações em funcionamento apesar do dano já causado. Um exemplo seria utilizar um sistema de geradores na hipótese de ocorrer uma falha no suprimento de energia.

Termino esse breve artigo citando uma frase do legendário Tzu (Arte da Guerra): "Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças."

 


 


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