COMÉRCIO ELETRÔNICO E PEQUENO VAREJO
Os avanços das tecnologias e o aumento
considerável de consumidores hiperconectados abriu um leque de oportunidades no
comércio eletrônico que vem se expandindo a taxas consideráveis.
A China, os Estados Unidos e o Reino Unido, lideram o ranking mundial dos países com os maiores volumes comercializados no e-commerce, como mostra a figura 2.
Figura 2 - Principais países em vendas no e-commerce
Fonte: https://www.appseconnect.com/top-countries-ruling-ecommerce-market
O Brasil encontra-se em décimo lugar nesse
ranking, apresentando um volume de compras realizadas no e-commerce da ordem de
US$ 18,3 bilhões.
O e-commerce surgiu no Brasil no ano 2000, após cinco anos de sua existência na capital mundial do consumo que é os Estados
Unidos.
Com o crescimento das facilidades de acesso à internet, mesmo a expansão das redes de dados, especialmente em grande escala e o uso ampliado de sistemas de conexão sem fio (wi-fi); o comércio eletrônico recebeu um grande impulso no Brasil, tendo como pioneiros na sua implantação no Brasil, as Lojas Americanas e o Grupo Pão-de-Açúcar.
Com o crescimento das facilidades de acesso à internet, mesmo a expansão das redes de dados, especialmente em grande escala e o uso ampliado de sistemas de conexão sem fio (wi-fi); o comércio eletrônico recebeu um grande impulso no Brasil, tendo como pioneiros na sua implantação no Brasil, as Lojas Americanas e o Grupo Pão-de-Açúcar.
A oferta de dispositivos
móveis, aumento da segurança nas transações via internet e a credibilidade
consolidada pelas empresas que atuam nesse mercado, foram os fatores que alavancaram as vendas nessa
modalidade de comercialização de produtos, ao mesmo tempo em que o perfil do
consumidor passou a tomar novas configurações com o aumento do nível de exigências nos
níveis de serviços, solicitações de melhorias na logística de entrega etc.
Pesquisas realizadas pela Ebit (empresa que mede a reputação das lojas virtuais
por meio de pesquisas), indicam
que ocorreu um crescimento 3,9% no volume de pedidos, comparado aos últimos
dois anos, assim como um aumento de 10,3% no volume de clientes, indicando que
o consumidor está mais confiante nas compras via internet. Valendo registrar que ticket médio de compras passou de R$ 363,00 para R$ 417,00; o que representou um aumento de 14,87 %; comparativamente aos anos de 2016/2017.
A figura 3 apresenta o crescimento desse
mercado, bem como uma classificação dos consumidores em função das respectivas
faixas etárias e gênero.
Figura 3 – Evolução do Comércio
Eletrônico no Brasil
Fonte: Ebit – Webshoppers
(2017).
Entre
as mercadorias mais vendidas no Brasil, encontram-se Produtos de Moda e
Acessórios (13,6%); Eletrodomésticos (13,1%) e Livros-Revistas etc. (12,2%).;
sendo que os itens mais rentáveis são: Eletrodomésticos (23%);
Comunicação- Telefonia-Celulares (21%) e Eletrônicos (12,4%).
Um
fato que vale registro refere-se ao itens de maior interesse para os consumidores
brasileiros e adquiridos em sites no exterior. Dentre eles encontram-se
Produtos Eletrônicos (34%); Produtos de Informática (25%) e Moda e Acessórios
(24%).
A
expansão do comércio eletrônico deve-se entre outros fatores a facilidade na
aquisição do produto de forma bastante confortável, muito especialmente em face
de os sites de vendas apresentarem uma plataforma muito mais “amigável” para o
consumidor e a avalanche de ofertas disponibilizadas em várias plataformas, aliado a convergência de mídias e, em especial, o massivo uso de smartphones
A figura 4 apresenta a evolução do comércio eletrônico no Brasil e as projeções de vendas para o ano de 2018.
Figura 4 – Evolução do Comércio Eletrônico no
Brasil
Fonte: EBIT/O GLOBO.
No
rastro da evolução do comércio eletrônico e mesmo com a consolidação do aumento no nível de confiança consumidores nas compras via internet; muito especialmente em
face de hoje existir bandeiras de cartões de crédito que disponibilizam “cartões
virtuais” com validade de um dia, apresentando assim maior segurança dos usuários
ao efetivarem suas aquisições nos sites de vendas; foram os fatores que contribuíram para ampliar o leque de oportunidades para pequenos varejistas ofertarem seus produtos.
Neste sentido, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) criou neste ano de 2018 uma plataforma denominada Meu Mercado em Casa.
O link para o leitor interessado é:
Neste sentido, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) criou neste ano de 2018 uma plataforma denominada Meu Mercado em Casa.
O link para o leitor interessado é:
Essa plataforma é um portal
de e-commerce especialmente desenvolvido para atender a pequenos e médios
varejistas que queiram adentra no comercio eletrônico.
Como
informa a SBVA (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), esse portal passa a
funcionar como uma ferramenta avançada de vendas para o consumidor através da
internet. Sua sofisticação permite que, através do CEP (Código de Endereço
Postal) do cliente, mapear as opções de mercados existentes na região.
Outras empresas, especialmente aquelas voltadas para a consultoria de gestão de processos e tecnologia da informação, também vem oferecendo essas facilidades para os varejistas.
Outras empresas, especialmente aquelas voltadas para a consultoria de gestão de processos e tecnologia da informação, também vem oferecendo essas facilidades para os varejistas.
Os grandes desafios do ecommerce brasileiro, especialmente para os pequenos varejistas e que acabam transformando-se em um caminho
para o fracasso, estão relacionados à: peculiaridades tributárias (o Brasil é
um dos campeões na carga tributária e possui um verdadeiro labirinto tributário
o que causa grandes dificuldades para as empresas!); baixa compreensão das
tecnologias disponíveis; dificuldades em projetar as estimativas de consumo;
baixa percepção de que uma logística eficiente é indispensável; assim como as
dificuldades no oferecimento de serviços pós-venda, inclusive com as
facilidades de que o consumidor possa realizar trocas de produtos utilizando a plataforma online!
Nesse contexto, é importante destacar, em face da convergência das mídias, a relevância do conceito de ommi-channel que implica na possibilidade de o consumidor ter disponível diversos canais (web;
lojas físicas, smartphones, tablets etc), para realizar suas compras; necessitando, por via de consequência, cuidados adicionais, como por exemplo, uma gestão de estoques integrada e interligada aos diversos canais.
O
leitor interessado poderá acessar a publicação nesse blog que trata do tema:
O
avanço da tecnologia é avassalador e as inovações tecnológicas vão permitir,
muito em breve, a realização de compras online a qualquer hora e de qualquer
lugar (anytime and anywhere), usando inclusive reconhecimento de imagens via selfie (fotografia que o
usuário de si mesmo).
Um
exemplo bem simples para que o leitor entenda o processo, está voltado para os aplicativos de
classificação de vinhos. Basta o usuário apontar o celular para o rótulo do
produto para que, imediatamente, ele receba todas as informações a respeito do
produto e sua classificação elaborada por especialistas.
Um
outro ponto bastante positivo e que já se encontra em processo de aplicação
mais ampla, é a tecnologia do block
chain que, num sentido mais amplificado, permitirá que os consumidores tenham
informações detalhadas do produto, desde a sua fabricação, até o ponto de
distribuição. Como essa tecnologia será possível, por exemplo, rastrear o
produto e descobrir se o mesmo foi produzindo dentro de prática voltadas para
sustentabilidade.
O leitor interessado em conhecer mais detalhes dessa tecnologia, indicamos o link abaixo de uma postagem nesse blog que trata do tema:
A crise da economia brasileira acabou levando inexoravelmente, a um
aumento da concentração do varejo em grandes redes, ampliando, por via de consequência
a sua participação nas vendas totais. Vale registrar que a expansão do varejo brasileiro ainda está voltada para a área de alimentação e comestíveis! Em contrapartida, ocorreu um encolhimento
dos pequenos varejistas o que vem resultando numa preocupação para esse
segmento do varejo.
Entretanto, uma "luz no fim do túnel" começa a surgir, com a redução da taxa referencial de juros (SELIC) o que deverá resultar em uma queda, tão esperada, na ponta do consumidor; as melhoras,
ainda de forma bastante tímida, na economia brasileira e o aumento do grau de confiança
do consumidor, são vetores que vem impulsionado o comércio eletrônico que, segundo estimativas dos
especialistas, poderá surpreender neste ano de 2018, apresentado um crescimento de 20%.
É esperar e torcer !
É esperar e torcer !
Fonte:
EBIT 36º Webshoppers faz resumo de 2017
e previsão para 2018 – disponível em http://blog.jetecommerce.com.br/36o-webshoppers-faz-resumo-de-2017-e-previsao-para-2018/ - acesso: 19/04/2018.
SBVC –Notícias – ABRAS lança portal de e-commerce
para pequeno varejo - Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo – março/2018.
Trevisan, K, - Faturamento do comércio
eletrônico cresce 7,5% em 2017, com um aumento do número de pedidos – G1
Economia – 08/03/2018.
Motas, A – Maiores varejistas do Brasil
ganham mercado na recessão – Valor Econômico – 03/08/2017
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