quinta-feira, 28 de março de 2013

Cyber Attack, Cyberwar e Cyber Terrorismo - Parte II


Cyber Attack, Cyberwar e Cyber Terrorismo
Parte II
Um ciberataque recente, considerado sem precedentes, foi realizado através de um invasão conjugada no estilo “negação de serviço” (também conhecido como DoS Attack,  em inglês para Denial of Service), que teve como objetivo derrubar o site do grupo inglês  Spamhaus, acabou provocando efeitos colaterais em toda a rede, atingindo, por exemplo o Netflix, além de  produzir uma lentidão considerável nos serviços da internet. Muitos desses ataques são realizados através dos denominados botnet que é uma coleção de software ou bots que executam funções através de uma computação distribuída normalmente mediante a utilização de computadores denominados de “zumbis” (sem conhecimento, o computador de um internauta poderá estar sendo utilizado por um criminoso do ciberespaço para os mais diversos fins!).

Isso representa apenas uma pequena amostra do que pode acontecer na rede. Mesmo com toda a vigilância e, em muitos casos, um severo acompanhamento dos fluxos que trafegam na rede, não existe sistemas seguros! Como dito na parte I deste artigo, a questão é que a inteligência não tem preferência nem privilégios, mentes poderosas estão a serviço do bem e do mal!

Só para termos uma ideia, em 2012 segundo o Computer Emergency Readiness Team, nos EUA foram processados 190 mil incidentes cibernéticos envolvendo órgãos federais, infraestruturas críticas e empresas privadas. Esse volume representou um aumento de 68% em relação a 2011! A tendência é um aumento exponencial de ataque em todas as direções!

De um lado, a situação está se agravando cada vez mais a partir do momento em que existe a suspeita de que muitos computadores (desktop e notebooks) já saiam de algumas fábricas com vírus e sistemas inoculados que permitam a criminosos cibernéticos ou ativistas do Cybercrime a invadir essas máquinas com interesses dos mais diversos.

De outro, invasões inesperadas estão acontecendo no cenário geopolítico, através da denominada Cyberwar que envolve ações impetradas por um Estado para invadir computadores, redes de computadores ou o espaço aéreo de outro, com objetivo dos mais diversos, dentre eles, espionagem e incursões em sua infraestrutura básica! Sem falar do Cyber terrorismo cujo objetivo é atingir determinado Estado, atacando a sua infraestrutura crítica.

A Cyberwar opera em um novo cenário de guerra: o ciberespaço. Altas tecnologias, ainda não disponíveis para nós, simples mortais, estão sendo utilizadas para os mais diversos fins militares, dentre elas, captura de imagens de alta definição via satélites ou uso de Drones (zangão, em inglês), também conhecidos como VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), que não necessitam de pilotos embarcados para serem guiados. Esses aviões que são controlados à distância, por meios eletrônicos e computacionais, servem nas mais diversas operações nessa nova modalidade de guerra e serviços de espionagem.

Questões éticas estão sendo discutidas em face de a utilização de Drones para realizar verdadeiros “ataques cirúrgicos” destinados a aniquilar pessoas consideradas terroristas, em várias partes do mundo. O que se discute aqui é o fato de que essas pessoas estão sendo condenadas sem que tenham sido julgadas por um tribunal e sem qualquer direito à defesa, contrariando assim os princípios básicos que regem a conduta humana. Além disso, há problemas relacionados à invasão do espaço aéreo de nações sem qualquer autorização prévia das mesmas, causando atritos nas relações entre países. Não foi sem razão que em 24 de janeiro de 2012, a ONU lançou um projeto denominado Naming the Dead ("Dando nome aos Mortos"), com a finalidade de investigar a morte de civis e militantes efetuadas com o uso de Drones!

A velocidade com que é possível hoje se atingir as mais diversas redes de computadores espalhadas ao redor do nosso planeta é praticamente a velocidade da luz! Os fluxos nas redes se propagam nessa velocidade cujo resultado se exprime numa alta volatilidade! 

Em razão disso é indispensável que as nações mantenham parcerias na vigilância constante das redes, objetivando protege-las assim como proteger as infraestruturas críticas e responder de forma precisa e eficaz as ameaças do cyber crime e do cyber terrorismo. Com bem disse Sun Tzu em “A arte da guerra”: ”não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não é visível”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário