Olho eletrônico consegue distinguir cores.
Pesquisadores da Pennsylvania State University criaram um dispositivo
capaz de simular a capacidade do olho humano de perceber cores utilizando
fotodetectores de perovskita e algoritmos neurofórmicos.
A perovskita é um material cristalino amplamente utilizado devido as
suas propriedades fotovoltaicas e vastamente utilizada em aplicações, como em
células solares, sensores de luz, dispositivos optoeletrônicos e sistemas de
detecção de imagem.
Os algoritmos neurofórmicos é uma classe de algoritmos de aprendizado máquina
cujo objetivo é imitar o processamento de informações que ocorrem em um cérebro
humano.
Como o dispositivo desenvolvido pelos pesquisadores gera energia à
medida que absorve a luz, ele abre um leque de oportunidades para o seu uso em
câmeras sem bateria; além disso, essa tecnologia pode ignorar a necessidade do
uso de filtros nas câmeras atuais, que
além de reduzirem a resolução, aumentam a
complexidade do processo produtivo e consequentemente o custo da fabricação.
Depois dos pesquisadores utilizarem diversas maneiras para processar
os dados, objetivando mesclar os sinais gerados pelas três camadas de cores, as
imagens não apresentaram uma nitidez adequada; porém o uso do algoritmo
neurofórmico para o processamento da imagem permitiu que as imagens geradas se
aproximassem da imagem original. Esse algoritmo emula a rede neural nas retinas
humanas, o que, conforme relatam os cientistas do projeto, essa descoberta pode
fornecer uma nova abordagem sobre a importância dessas redes neurais para nossa
visão.
Como explica Kai Wang, assistente professor pesquisador do Departamento
de Ciência e Engenharia de Materiais da Pann State: “Pegamos emprestado um
projeto da natureza – nossas retinas contêm células cone que são sensíveis à
luz vermelha, verde e azul e uma rede neural que começa a processar o que
estamos vendo antes mesmo de a informação ser transmitida ao nosso cérebro”.
O grande salto que surge com essa pesquisa, de acordo com os
pesquisadores desse projeto, é o seu desdobramento, como por exemplo, a
possibilidade de desencadear novos desenvolvimentos na biotecnologia da retina
artificial, assim com o projeto de dispositivos que permitam, no futuro, substituir
células mortas ou danificadas em nossos olhos para restaurar a visão.
Mais um salto da tecnologia na constante busca da melhoria da
qualidade de vida do ser humano.
Hou, Y.; LI, J.; Yoon, J, Knoepfel, A.M>; Yang, D.; Zheng, L.; YE,
T.; Ghosh, S.; Priya, S. and Wang, K – in Retina-inspired narrowband perovskite
sensor array for panchromatic Imaging – Science Advances – 14, Apr 2023 - Vol
9, Issue 15
Neuroscience - Revolutionary Sensor Mimics Human Eye for Vivid Imagery
- May 12, 2023.
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