A
revolução da Logística com a exploração do gás de Xisto.
A descoberta de uma fonte de gás de
xisto nos EUA está impactando diversos setores na indústria e na logística. Há
benefícios, porém temos muitos custos!
Embora tenhamos que olhar o outro
lado da equação, qual seja, a extração desse gás pode contaminar os lençóis aquíferos, o que tornará
a água imprópria para o consumo em um planeta cada dia mais dependente desse
insumo básico para a nossa sobrevivência; a fonte energética gerada pelo xisto
está produzindo efeitos consideráveis de redução dos custos logísticos, além do
seu impacto na logística de suprimentos de insumos essenciais para a extração
do gás e retirada dos resíduos produzidos na operação.
De acordo com relatório elaborado
pela PwC (A PwC se originou da fusão das
firmas Price e Waterhouse com a Coopers&Lybrand, em 1998), o
crescimento da utilização do gás de xisto está criando enormes oportunidades
para todos os modais: ferroviário, rodoviário, marítimo e aeroviário.
No modal ferroviário, o intenso
fluxo usado no transporte de insumos para a produção do gás de xisto e a transferência dos
resíduos oriundo da sua extração, está impulsionando a indústria ferroviária e
a necessidade da construção de novas bases de infraestrutura para suportar o
aumento na demanda de serviços para esse modal de transporte.
O modal rodoviário que utiliza em
grande escala o óleo diesel, está partindo para um ataque direto motivado pelo
baixo custo do GNL (gás natural liquefeito) o que resulta em uma ação proativa
dos operadores logísticos no estudo para a conversão dos seus veículos para o
uso do gás GNL. É claro que, para que essas estratégias de redução de custos possam
funcionar, será necessária, em contrapartida, criar uma rede de postos de
abastecimento ao longo das rodovias para dar suporte operacional e logístico ao
fluxo de veículos que passarão a utilizar o GNL como combustível.
Um caso dramático aconteceu no
Brasil com a implantação do programa de uso do Etanol (fonte verde) ocasião na
qual os usuários impetuosos desse combustível renovável ficaram à deriva por
falta de uma estratégia logística que permitisse o abastecimento do produto em
todo o território nacional!
No que se refere ao modal marítimo,
a sua impulsão deve justamente a necessidade de novos terminais para a
exportação do gás. Nesse ritmo alucinante, segundo o Departamento de Energia
dos EUA, existem propostas para a construção de novos terminais que projetam a
possibilidade de processar milhões de metros cúbicos de gás por dia, além de
promover, segundo estimativas de especialistas, a construção de 3.600 novos
petroleiros destinados ao transporte do produto.
No modal aéreo a revolução está
sendo gerada pelo elevado custo do combustível de aviação que é o principal
componente na matriz de custos das companhias aéreas. Embora o uso de gás
combustível na aviação ainda esteja muito distante da sua aplicação comercial, estudos
estão sendo realizados na busca de alternativas energéticas mais baratas. Os
benefícios mais imediatos, a exemplo do que vem ocorrendo no Brasil com o uso de helicópteros, está no fluxo de passageiros nas áreas de exploração.
Aliado a tudo isso está o fluxo de
bens e serviços gerados para o suprimento, extração e transporte do gás, a
exemplo do que vem acontecendo em Macaé (Rio de Janeiro) com o boom em todas as
áreas, em face da extração do petróleo no mar.
Os exemplos são diversos e as
oportunidades são enormes, como veremos com a exploração do pré-sal na costa
brasileira e em toda a infraestrutura logística gerada a partir dessa exploração.
Departamento de Energia dos EUA: http://energy.gov/ - acesso 18/11/2013
SupplyChain247 - http://www.supplychain247.com/ - acesso 15/11/2013
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