segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A revolução da Logística com a exploração do gás de Xisto.

A revolução da Logística com a exploração do gás de Xisto.

A descoberta de uma fonte de gás de xisto nos EUA está impactando diversos setores na indústria e na logística. Há benefícios, porém temos muitos custos!
Embora tenhamos que olhar o outro lado da equação, qual seja, a extração desse gás  pode contaminar os lençóis aquíferos, o que tornará a água imprópria para o consumo em um planeta cada dia mais dependente desse insumo básico para a nossa sobrevivência; a fonte energética gerada pelo xisto está produzindo efeitos consideráveis de redução dos custos logísticos, além do seu impacto na logística de suprimentos de insumos essenciais para a extração do gás e retirada dos resíduos produzidos na operação.
De acordo com relatório elaborado pela PwC (A PwC se originou da fusão das firmas Price e Waterhouse com a Coopers&Lybrand, em 1998), o crescimento da utilização do gás de xisto está criando enormes oportunidades para todos os modais: ferroviário, rodoviário, marítimo e aeroviário.
No modal ferroviário, o intenso fluxo usado no transporte de insumos para a produção do gás de xisto e a transferência dos resíduos oriundo da sua extração, está impulsionando a indústria ferroviária e a necessidade da construção de novas bases de infraestrutura para suportar o aumento na demanda de serviços para esse modal de transporte.
O modal rodoviário que utiliza em grande escala o óleo diesel, está partindo para um ataque direto motivado pelo baixo custo do GNL (gás natural liquefeito) o que resulta em uma ação proativa dos operadores logísticos no estudo para a conversão dos seus veículos para o uso do gás GNL. É claro que, para que essas estratégias de redução de custos possam funcionar, será necessária, em contrapartida, criar uma rede de postos de abastecimento ao longo das rodovias para dar suporte operacional e logístico ao fluxo de veículos que passarão a utilizar o GNL como combustível.
Um caso dramático aconteceu no Brasil com a implantação do programa de uso do Etanol (fonte verde) ocasião na qual os usuários impetuosos desse combustível renovável ficaram à deriva por falta de uma estratégia logística que permitisse o abastecimento do produto em todo o território nacional!
No que se refere ao modal marítimo, a sua impulsão deve justamente a necessidade de novos terminais para a exportação do gás. Nesse ritmo alucinante, segundo o Departamento de Energia dos EUA, existem propostas para a construção de novos terminais que projetam a possibilidade de processar milhões de metros cúbicos de gás por dia, além de promover, segundo estimativas de especialistas, a construção de 3.600 novos petroleiros destinados ao transporte do produto.
No modal aéreo a revolução está sendo gerada pelo elevado custo do combustível de aviação que é o principal componente na matriz de custos das companhias aéreas. Embora o uso de gás combustível na aviação ainda esteja muito distante da sua aplicação comercial, estudos estão sendo realizados na busca de alternativas energéticas mais baratas. Os benefícios mais imediatos, a exemplo do que vem ocorrendo no Brasil com o uso de helicópteros, está no fluxo de passageiros nas áreas de exploração.
Aliado a tudo isso está o fluxo de bens e serviços gerados para o suprimento, extração e transporte do gás, a exemplo do que vem acontecendo em Macaé (Rio de Janeiro) com o boom em todas as áreas, em face da extração do petróleo no mar.
Os exemplos são diversos e as oportunidades são enormes, como veremos com a exploração do pré-sal na costa brasileira e em toda a infraestrutura logística gerada a partir dessa exploração.
Departamento de Energia dos EUA: http://energy.gov/ - acesso 18/11/2013
SupplyChain247 - http://www.supplychain247.com/ - acesso 15/11/2013

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