segunda-feira, 23 de maio de 2022

 MUDANÇAS CLIMÁTICAS 
No limite da Racionalidade


Irracionalidade autêntica: o cérebro humano não consegue lidar com a complexidade de um problema ou ele está prejudicado por algum defeito que de modo perverso o leva repetidamente à resposta errada” (Pinker -2021).

Desde que o homem avançou na evolução tecnológica, através das diversas ondas propagadas pelas revoluções industriais, um gradiente crescente no consumo energético se fez presente e, em grande medida, acelerou o progresso da nossa civilização.

Do carvão e óleo cru às sofisticadas usinas nucleares, a criatividade humana rastreou todas as vias possíveis, na busca constante de suprimento energético para alimentar o progresso e satisfazer o bem estar da raça humana.

É certo que, especialmente a queima do carvão, dos derivados de petróleo e do gás, promoveram e ainda promovem um acentuado aumento nos níveis atmosféricos dos denominados “gases de efeito estufa”, cuja consequência sentida são as mutações climáticas que Gaia vem sofrendo; agora de forma mais abrupta, com ondas de calor e frio, tempestades torrenciais e etc., fenômenos facilmente perceptíveis !

Pesquisas realizadas entre os anos de 2000 e 2019 demonstraram que uma em cada seis mortes ocorridas no mundo estavam relacionadas à poluição !

Estudos realizados por vários cientistas da National Academy of Science (EUA), retratados em uma carta aberta afirmava, desde 2016, que o ser humano é um dos grandes responsáveis pela aceleração do impacto ambiental (Kerry - 2016).

Em 2021, a ONU (Organização das Nações Unidas) vociferava que o aquecimento global iniciava-se numa fase de efeitos duradores e vários indicadores críticos das mudanças climáticas haviam batido novos recordes naquele ano, e está levando a humanidade a uma catástrofe !

Claro que não poderíamos, diante do quadro vivido, ficar como meros espectadores a observar tragédias shakespearianas !

Assim, diversos projetos foram e estão sendo desenvolvidos com objetivo de mitigar ou mesmo inibir o crescente aumento das temperaturas médias do planeta, das águas dos oceanos, a poluição atmosférica, de rios, dos mares etc. e suas consequências danosas. Por exemplo, o uso cada vez mais intensivo de energias renováveis, como energia hidráulica, eólica, solar, biomassa, energia dos oceanos etc.

Diante desse quadro, o processo de substituição da geração de energia por energias renováveis deve ser constante e gradual, objetivando a segurança no suprimento energético das fontes alternativas, dentro do limite da racionalidade!

Particularmente meu pêndulo opera numa frequência tendenciosa para uso da energia nuclear que, embora demonizada em face dos acidentes de Three Miles Island (1979) Chernobly (1986) e Fukushina (2011), com os avanços tecnológicos na fissão  nuclear, assim como as pesquisas promissoras que estão sendo desenvolvidas no campo da fusão nuclear, acredito que permitirão uma virada nessa trajetória!

“Lamentar uma dor passada, no presente, é criar outra dor e sofrer novamente”. (Shakespeare - Otelo).

Nota: Esse artigo também foi publicado no Linkedin em 15/05/2022.



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