SMART CITIES II
TECNOLOGIAS INTELIGENTES
Como mencionamos na postagem anterior – Smart Cities 23/11/2017) - em 2030 segundo a ONU teremos 8,6
bilhões de habitantes no nosso planeta.
Dois
aspectos importantes devem ser considerados: de um lado, hoje, 54% da população
mundial vive em grandes cidades e as projeções mais otimista indicam que esse
percentual deverá elevar-se para 65% nos próximo 40 anos. De outro lado,
segundo estimativas da NLC (National Lague of Cities – 2016), 80% do Produto Interno
Bruto mundial é originário das cidades, aliado ao fato de que 70% das cidades
são responsáveis pela emissão global de dióxido de carbono (GPC – 2014).
É fato
incontestável que as áreas urbanas das grandes cidades apresentarão grandes
desafios e oportunidades.
Essas cidades irão operar de
forma significativamente diferente, tanto em termos de tecnologias aplicadas,
quanto nos seus aspectos econômicos, sociais, culturais e ecológicos.
Diante
desse quadro, melhorias significativas nos espaços urbanos deverão ser
implementadas, em contraponto à problemas gerados pelo aumento da poluição,
demanda por energia, insegurança, baixa governança, equacionamento dos
problemas financeiros e orçamentários e, mais recentemente o impacto das
migrações que se lastra por tôdas as cidades do mundo.
Todos esses vetores precisam ser ajustados objetivando dar suporte necessário para que as metrópoles
se tornem espaço viáveis tanto do ponto de vista da mobilidade urbana, políticas
públicas e significativo aumento da qualidade de vida de seus habitantes.
A
preocupação se desenvolve em várias frentes. Para as grandes metrópoles, o
planejamento deverá acontecer levando em conta suas características próprias que em muitos casos, apresentam grandes desafios técnicos e operacionais para a
realização de mudança significativas nos espaços urbanos objetivando melhorar,
por exemplo, o grau de mobilidade e redução da poluição ambiental.
Uma cidade
inteligente emprega a denominada tecnologia de ponta (high-end) envolvendo elevado suporte da tecnologia da informação e
uma rede de sensores, câmeras, dispositivos wireless
e data centers, objetivando à prestação de forma integrada de serviços
destinados à dar suporte aos cidadãos, a comunidade e ao governo na gestão do
abastecimento de água, saneamento e tratamento de resíduos, reciclagem,
gerenciamento do tráfego urbano, monitoramento e controle dos sistemas de
transporte, mobilidade urbana etc., em tempo real.
Envolvidos
nesse leque gerencial integrado, em um conceito amplo de gestão e prestação de
serviços, encontram-se em outros:
- E-governance and citizen services;
- Smart energy management;
- Smart water management;
- Smart waste management;
- Urban mobility;
- Smart communication;
- Smart environment;
- Smart spaces;
- Smart surveillance;
- Smart healthcare;
- Smart education;
- Recreation: arts, sport and entertainment.
A figura 2 apresenta, de forma resumida, essa integração
para o gerenciamento e controle que é efetivada através do suporte da Internet das
Coisas (IoT), como mencionado na postagem anterior.
Figura 2 – Integração dos sistemas e sensores via IoT.
Fonte: Autor com captura de imagens de NCL (2015) e PwC (2014).
Um dos
grandes projetos nesse processo abrangente e sistêmico de cidades inteligentes,
encontra-se na Índia que pretende criar 100 cidades inteligentes em seus
territórios, objetivando transformar o país em uma poderosa economia digital!
Os
investimentos previstos, baseados no Market Study on Future Smarts Cities in
India-2015, são da ordem de US$1,0 Trilhões.
Empresas
como a IBM, Cisco, 3 M, EMC , Ge, Honewell e tantas outras mostraram grande
interesse em participar desse empreendimento.
Um dos
projetos estruturados com esse objetivo é o mega empreendimento de Dholera,
cidade industrial no Golfo de Khambat, cujo operação está prevista para 2023 e envolve investimentos da ordem de US$2,73 bilhões em infraestrutura.
O mapa locacional pode ser visualizado na figura 3.
Figura 3 - Dholera – Índia.
Fonte: Google Maps - 2017.
O leitor
interessado poderá visualizar a magnitude desse projeto através do link abaixo:
Para esse
projeto, a Cisco criou um plano integrado de informações e comunicação de tal envergadura
que a cidade terá um controle central para gerenciar toda a sua infraestrutura,
perpassando pelo sistema de abastecimento de água, infraestrutura de
transporte, tráfego, ruas etc. através da utilização de sensores especialmente
instalados, permitindo assim em tempo real, monitorar e gerenciar toda a sua
infraestrutura.
É certo que
o avanço das tecnologias nos mais diversos campos serão incorporadas no
gerenciamento dos espaços urbanos com o primordial objetivo de torná-los
atraentes, apresentando elevado nível na qualidade dos serviços, mobilidade
urbana, gestão dos sistemas e e-governança, verdadeiramente cidades do futuro
tão próximas do nosso tempo.
Fonte:
Vasudevan, V –
in How Smart are our Cities going to be? – disponível em: https://blogs.economictimes.indiatimes.com/VantageView/so-how-smart-are-our-cities-going-to-be/ - acesso: 23/11/2017.
RainWater,
Brooks in How Smart Cities Will Change Our Lives – disponível em: https://citiesspeak.org/2017/09/27/how-smart-cities-will-change-our-lives/ - acesso: 23/11/2017.
NCL – Trends in Smart Cities Development – Case
study and recommendation – Report (2015).
PwC - How
smart are our cities? = PWC in (2016).
Accenture –
Technology Vision 2014 - Building Cities for the Digital Citizen – Report Nº 14-5645
- Accenture (2014).
TechSci Research in India Smart Cities Project
Requires Overall Investment in tune of USD2 Trillion disponível em https://www.techsciresearch.com/news/336-india-smart-cities-project-requires-overall-investment-in-tune-of-usd2-trillion.html - acesso: 29/11/2017.
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