quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Smart Cities

SMART CITIES



As novas projeções da ONU destacam que a população mundial ultrapassará a marca dos 8,6 bilhões no ano de 2030!

As cidades passarão por transformações demográficas consideráveis levando-se em conta o desenvolvimento marcante das cidades e das regiões próximas.

Segundo o estudo da ONU, embora a percepção analítica do crescimento demográfico tenha característica de desaceleração motivada pelo declínio das taxas de fertilidade e consequente envelhecimento da população, é necessário focar esforços nos cidadãos para sustentar a prosperidade econômica mediante o aumento da produtividade e uso conscientes dos recursos disponíveis.

A concentração populacional em centros urbanos, produzidas por processos migratórios destinados a busca de oportunidades e melhor qualidade de vida será consideravelmente influenciada pelos vetores atrativos que serão elencados por essas cidades e, por via consequência, será indispensável que a gestão dessas cidades demonstre capacidade e flexibilidade para adaptar-se aos novos desafios de crescimento demográficos em seus espaços.

A figura 2 apresenta um resumo da análise mostrando as taxas de crescimento populacional e respectiva idade média da população.

Figura 2 - Taxas de crescimento populacional e idade média da população.
Fonte: Mckinsey Global Institute (2016).

Diante desse novo quadro de migração populacional,  as alternativas projetadas  perpassam por novo projeto de cidade denominado de Smart Cities ou Cidades Inteligentes, cujo conceito  básico envolvem projetos integrados nos quais o espaço urbano é encapsulado mediante o uso intensivo de tecnologias de forma integrada e inteligente.

A base central dessas tecnologias está focada no conceito de Internet das Coisas (IoT) que é provida através das tecnologias de comunicação e informação, mediante o uso intensivo de sensores especiais destinados a promover melhorias consideráveis na gestão do espaço urbano e assim desenvolver ações sociais focadas na maximização da qualidade de vida de seus habitantes.

Para o leitor interessado, sugerimos a leitura de artigo deste Blog que trata especificamente da internet das coisas e que poderá ser acessado através do link:


As cidades inteligentes são projetadas e/ou configuradas, levando-se em conta cinco pilares básicos: Meio Ambiente; Mobilidade Urbana; Qualidade de Vida; Economia Criativa e Interação entre Governo e Cidadão, como mostra a figura 3.

Figura 3 – Pilares das Cidades Inteligentes.
Fonte:Elaborada pelo autor.

Esses pilares interconectados envolvem, entre outros enfoques: transporte, energia, educação, cuidados com a saúde, infraestrutura básica, edifícios, sistema de abastecimento e saneamento e tratamento de resíduos, segurança pública etc.

Cabendo destacar que eles devem prover:
  • Uma infraestrutura em rede que permita impulsionar a eficiência política e o desenvolvimento cultural da cidade;
  • Um crescimento urbano, baseado no desenvolvimento urbano e na economia criativa;
  • Um ambiente natural como componente estratégico para o futuro.

O objetivo primordial das denominadas Smart Cities (Cidades Inteligentes) é a melhoria do desempenho urbano através da utilização de dados, tecnologias e tecnologia de informação com objetivo de oferecer aos cidadãos, serviços mais eficientes, monitorando e otimizando a infraestrutura existente, através da colaboração dos diferentes atores econômicos e incentivando a economia inovadora tanto no setor privado quanto no setor público.

Nesse sentido o uso da governança inteligente a qual integra a participação do governo, das empresas e da sociedade, objetiva adequar os serviços públicos às necessidades da população.

É claro que isso não é um trabalho “acabado”, é uma atividade permanente que deve ser realizada com a colaboração de todos.

Aqui vale o registro de uma velha canção:” vem vamos embora que esperar não é fazer, quem sabe faz a hora e não espera acontecer”.

Portanto há muito que fazer para melhorar consideravelmente os espaços urbanos , muito especialmente em face da elevada concentração de pessoa que estarão presentes nas grandes metrópoles.

Brevemente retornaremos ao tema nesse Blog, no qual destacaremos: sistemas e tecnologias destinadas a dar suporte para que os espaços urbanos, gradualmente venham a se transformar em cidades inteligentes!


Mckinsey Global Institute – in Urban world: meeting the demographic challenge – outubre/2016 – disponível em: file:///C:/Users/Jacques/Downloads/Urban-World-Demographic-Challenge-Full-report.pdf - acesso: 20/11/2017.


Albino,V.;  Berardi, U. e Dangelico, R.A. – in Smart Cities: Definitions, Dimensions, Performance and Iniciatives - Journal of Urban Technology, 2015 - Vol. 22, No. 1, 3–21.


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