CIDADES INTELIGENTES
Parte I
Imagine você pela manhã, ao sair para o trabalho, visualiza na
tela do seu smartphone que o transito está congestionado. Rapidamente, usando
um aplicativo que você instalou recentemente, verifica rotas alternativas quer
seja utilizando o seu próprio veículo ou mesmo, através de um elenco de modais
de transporte disponíveis e então, dentro de suas expectativas, chega
confortavelmente ao seu local de trabalho em grandes atropelos! Esse é um dos
propósitos das denominadas cidades inteligentes!
Gigantes como a IBM, Siemens, Microsoft entre outros estão
debruçados nesse conceito buscando desenvolver sistemas que possibilitem
melhorar a vidas das pessoas que vivem em grandes centros urbanos, permitindo
melhorias na operação dessas cidades, tornando-as mais eficientes e oferecendo
melhores condições para que os cidadãos nelas convivam com um grau satisfatório
de conforto, segurança e mobilidade.
De acordo com o Pike Research, nos próximos 40 anos ocorrerá
uma transformação sem precedentes na paisagem urbana global. Para começar, entre
2010 e 2050, o número de pessoas que viverão em cidades passará de 6,3 bilhões.
Por exemplo, as estimativas especulam que em 2040 cerca de 60% da população da
China estará convivendo em grandes cidades!
Em 2025, segundo o mesmo centro de pesquisas, haverá 37 megacidades,
cada uma com uma população superior a 10 milhões de pessoas!
Os reflexos desta nova concentração urbana na economia, na infraestrutura e nos recursos urbanos disponíveis começam a ser percebido
desde já. Essa concentração de pessoas e seu impacto nos grande centro urbanos
vai estimular ainda mais a inovação em design urbano, novas tecnologias, bem
como, produzirá um leque de novos serviços que estarão disponíveis para os
cidadãos.
Segundo estimativas da Pike Research, trilhões de dólares
serão gastos em infraestrutura urbana, até 2025, criando assim uma imensa
oportunidade para novos sistemas de gestão de transportes, redes inteligentes
de dados, sistemas de monitoramento de água, eficiência energética dos
edifícios, segurança pública entre outros.
Essa nova tendência das megacidades vai mudar profundamente a
maneira de pensar as operações da cidade e como vivemos e trabalhamos nesses
ambientes. As previsões para esse novo mercado de tecnologia inteligente aplicadas
às cidades ultrapassarão US$ 20 bilhões em 2020.
Várias tecnologias já se encontram presentes e
em processo de expansão. Um exemplo bem interessante pode ser visto no Centro
de Operações – Rio. O Centro de Operações Rio, também conhecido pela sigla COR,
fica localizado na Cidade Nova, centro da cidade do Rio de Janeiro. Foi
inaugurado em 31/12/2010 e é pioneiro no Brasil e referência mundial.
O COR pode
ser acessado por qualquer pessoa, de qualquer lugar, através do link: (http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/).
Na figura 2
temos uma imagem do centro na sua inteireza.
Figura 2 – Visão
geral do Centro de Operações
Figura 3 –
Centro de Operações - Consultas
A democratização de acesso aos dados gerados nos mais diversos
dispositivos permite fazer análise antecipada de situações, muito
especialmente em função dos denominados big datas, proporcionando aos cidadãos em
um futuro breve, o acesso a inúmeras aplicações, como por exemplo, as indicadas
na figura 3, onde através do COR o cidadão carioca tem informações detalhadas
sobre as condições de tráfego de toda a cidade do Rio de Janeiro.
Dentro dessa concepção, sistemas inteligentes proporcionarão
as populações das grandes metrópoles, maior volume de
informações que lhes facilitarão na tomada de decisões nas mais diversas
situações, criando um elenco de melhorias significativas em todos os campos,
como por exemplo, na qualidade de vida, no acesso a diversos serviços, na
mobilidade urbana e menor poluição ambiental.
Em uma próxima postagem voltaremos ao tema.
Fonte:
Smart Cities –
Pike Research – disponível em https://www.facebook.com/infraxsystems/posts/468032243260755
- acesso 12/12/2014.
Rios, C. – in Cidades
inteligentes criam uma nova economia – Gazeta do Povo – 20/08/2014.
IBM – Institute for Business Value – Smarter cities
for smart growth – IBM Global Business Services – Executive Report.
Ericsson – 10
Hot Consumer Trends 2015 – disponível em www.ericsson.com/consumerlab - acesso 12/12/2014.
Centro de
Operações – Rio – disponível em http://www.centrodeoperacoes.rio.gov.br/ - acesso 12/12/2014.
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Paulo Sérgio Gonçalves é
engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do
IBMEC/RJ e autor das seguintes obras didáticas:
•
Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E.
Schwember – Editora Interciência;
•
Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
•
Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.
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