domingo, 15 de junho de 2014

Logística e Comércio Eletrônico

LOGÍSTICA E COMÉRCIO ELETRÔNICO
“Com um click no mouse ou um toque na tela, produtos são comprados em diversas partes do mundo. É a globalização chegando ao varejo.” 

Não existe a menor dúvida de que o comércio eletrônico recebeu um impulso considerável nos últimos anos. A facilidade com que um consumidor tem para adquirir um produto em qualquer parte do mundo é fantástica!
Embora os consumidores tenham uma enorme facilidade para comprar produtos,  muitas vezes não têm a menor ideia de como as operações se desenvolvem a partir do momento em que eles realizam as suas compras até a entrega dos produtos nos endereços que indicados nos sites de compras! Uma logística célere tem que estar de prontidão para permitir a entrega do produto em tempo hábil.
As projeções dos estudos desenvolvidos pelo T Index 2015 (um índice estatístico que indica a participação de mercado on-line de cada país, combinando a população da Internet e o respectivo PIB per capita), apontam que o Brasil aparece atualmente em sétimo lugar entre os dez países com maior potencial de vendas pela web, onde os Estados Unidos aparece em primeiro lugar, seguido pela, China, Japão, Alemanha, Reino Unido e França. Logo depois do Brasil  encontram-se Rússia, seguida da Coreia do Sul e Itália.
O mesmo indicador aponta para o Brasil como o País que deverá ocupar a quarta posição mundial na área de comercio eletrônico. No ano em curso, em face das perspectivas de aumento das vendas impulsionadas pela Copa do Mundo, as projeções elevam o faturamento das empresas para R$ 32,6 bilhões, incrementadas principalmente com a venda de equipamentos eletrônicos e materiais esportivos.
Essa avalanche nas vendas acaba produzindo um incremento no número de lojas virtuais. Em 2013 o mercado brasileiro de ecommerce fechou o ano com 37 mil lojas virtuais e as projeções para esse ano de 2014 elevam esse patamar para 45 mil. Vale um registro adicional, considerando-se as análises efetuadas pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) que destacam que em 70% dessas empresas são realizadas em torno de 10 vendas por mês, um número pouco expressivo no ecommerce.
Um dos grandes problemas relacionados ao comércio eletrônico é a confiança das transações, tanto no que se refere a oferta dos produtos e a sua entrega efetiva (há muitos sites maliciosos que acabam causando prejuízo aos clientes) quanto nas questões de segurança da internet, como por exemplo, uso de cartões de crédito na compra e a possibilidade de fraudes ou clonagem dos mesmos. Elevados investimentos vem sendo realizados com objetivo de aumentar a segurança das transações via internet assim como criar maior credibilidade junto aos consumidores de que essas compras são seguras.
O elevando crescimento do comercio eletrônico levou a uma gigante chinesa, a Alibaba, a abrir um braço nos Estudos Unidos.  A loja, denominada 11 Main, com sede em San Mateo – Califórnia, deverá estrear na próxima quarta-feira (18/06/2014) em uma fase experimental e contará com "centenas de milhares" de produtos de 1.000 a 2.000 lojas especializadas e lojas de marcas famosas em todo o país!
No Brasil, uma das lojas virtuais mais conhecidas do público consumidor é a All Express, um braço da Alibaba. A oferta de produtos no site All Express é enorme e envolve produtos produzidos na China, Taiwan e Hong Kong. Os preços significativamente baixos em face, muito especialmente, dos reduzidos custos de produção, salários menores, elevadas jornadas de trabalho e incentivos governamentais, sem esquecer de taxa de cambio que é "ajustada", acabam resultando em uma abundante de oferta a preços bastante convidativos. Esse processo já preocupa consideravelmente o mercado de varejo do Brasil.
Para dar uma pequena amostra do crescimento do setor, em termos mundiais, as estimativas apontam para um volume de 1, 3 bilhões de consumidores que se utilizam de sites internacionais para realizarem compras via internet. Pelas projeções da PayPal (empresa especializada em pagamentos via sites) para o ano de 2018, os países: Brasil, China, Austrália, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos deverão somar US$ 305 bilhões, o que representará um crescimento de 190% se comparado ao ano de 2013.
Essa revolução veio para ficar. O maior desafio, além do controle e segurança nas transações, está voltado para a logística que deverá ser extremamente eficiente com objetivo de levar o produto ao cliente no menor tempo possível.

Fonte:
Path to Growth – Shaping tech sector suppky chain in emeerging markets – White Paper – North American Leader in Supply Chain Management.
EFE-Multmidia – Gigante chinês lança o primeiro portal de comércio eletrônico nos EUA -http://info.abril.com.br/noticias/internet/2014/06/gigante-chines-lanca-primeiro-portal-de-comercio-eletronico-nos-eua.shtml. – Acesso: 11/06/2014.
Guinâncio, R – in As projeções do comércio eletrônico para 2014 - http://onegociodovarejo.com.br/as-projecoes-do-comercio-eletronico-para-2014/
Acesso: 11/06/2014.
Faccin, K – in Comércio eletrônico é o novo “negócio da China” in http://www.gazetadopovo.com.br/tecnologia/conteudo.phtml?id=1396148&tit=Comercio-eletronico-e-o-novo-negocio-da-China – acesso 11/06/2014.
ABC News - Alibaba's First US Presence 11 Main Debuts in http://abcnews.go.com/Technology/wireStory/alibabas-us-presence-11-main-debuts-24082542 - acesso 13/06/2014.
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Paulo Sérgio Gonçalves é engenheiro, M.Sc. em engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ, professor do IBMEC/RJ e  autor das seguintes obras didáticas:
•         Administração de Estoques – Teoria e Prática, em coautoria de E. Schwember – Editora Interciência;
•         Administração de Materiais – 4ª. Edição – Editora Campus/Elsevier;
•  Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial – Editora Manole.

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