COMO A INTERNET DAS COISAS,
A AUTOMAÇÃO E A ROBÓTICA
ESTÃO REVOLUCIONANDO
A LOGÍSTICA
Com investimentos superiores à US$3
bilhões, a IBM aposta na Internet das Coisas (IOT), através dos serviços IBM
IoT Cloud, com objetivo de auxiliar empresas e parceiros de negócios.
Os recursos em plataforma em nuvem
permitirão que fabricantes projetem novos dispositivos e sensores para serem
conectados através da Internet das Coisas e assim, criar novos sistemas
objetivando o controle das operações e a tomada de decisões em tempo real.
Os milhares de sensores e dispositivos que
serão interconectados produzirão, de um lado, uma complexidade sem precedentes
e de outro lado, facilitará as operações, permitindo maior flexibilidade
operacional, rastreabilidade, visibilidade e projetando significativas reduções
de custos.
A Internet das Coisas, IoT (Internet of Things) na língua inglêsa, é
o resultado de uma nova revolução tecnológica que tem, como pano de fundo, a conexão entre
diversos dispositivos eletrônicos e sensores utilizados nos mais variados
equipamentos, máquinas, eletrodomésticos, eletro portáteis etc. o que permite uma
constante comunicação entre esses dispositivos com a finalidade de tornar mais
inteligente as operações envolvendo esses dispositivos e sistemas de controle.
Segundo estimativas da Cisco, as
projeções indicam que no ano de 2020 teremos mais de 50 bilhões de dispositivos
conectados à internet. Além disso, esse estudo estima que essa revolução
tecnológica representada pela IoT projeta novos negócios em patamares
superiores à US$ 1,9 bilhões.
A Internet das Coisas, com o uso de excelentes
ferramentas para otimização de processos, rastreabilidade e visibilidade vai
verdadeiramente revolucionar a cadeia de suprimentos. A DHL estima que até o
ano de 2020 tenhamos bilhões desses dispositivos interligados para atender a área da logística!
Hoje já se fala em Internet de Tudo (IoE),
onde as pessoas, a informação e todo o resto interagem entre si em um mundo hiper conectado,
o que dará valor a essas conexões, tornando-as extremamente relevantes uma vez
que, através dessa tecnologia, será possível levar a informação certa, no momento
certo para a pessoa indicada, como mostra o esboço da figura 1.
Figura 1 –
Internet de tudo
Interligação
entre dados, processos, pessoas e coisas.
Fonte: DHL (2015).
Através de uma miríade de sensores
espalhados por todos os cantos, será possível monitorar equipamentos, dispositivos e pessoas, em
tempo real, em toda a cadeia de suprimentos, bem como mensurar o desempenho e a
forma como os recursos estão sendo utilizados.
Como essa poderosa ferramenta de
monitoramento e controle, será então possível automatizar os processos de
negócios e, em consequência, limitar a intervenção manual a casos especiais.
Todo esse aparato tecnológico
efetivamente vai melhorar a qualidade dos serviços, incrementar a
previsibilidade das ações e demandas, promovendo um aumento considerável na
produtividade e sensíveis reduções de custos.
Se, um lado, considerando o grande fluxo
de automação da manufatura com o uso da inteligência artificial e robótica, a
produção em massa terá um impulso de uma forma inteiramente revolucionária com
objetivo de atender, de forma diferenciada, o mercado consumidor.
De outro, o avanço da tecnologia da
robótica e AI nas empresas acabará provocando uma redução drástica nos postos de
trabalho, como comentou recentemente Kalus Schawd – chairman do Forum Mundial
de Davos : “As
mudanças são tão profundas que, da perspectiva da história humana, nunca houve
um tempo de maior promessa ou potencial perigo”.
Segundo a International Federation of
Robotics (IFR) , o uso de robôs na manufatura tem crescido continuamente. Nesse
ritmo, enquanto que, em 2015, foram vendidos, no mundo todo, 255 mil robôs; estima-se para
2018 a venda de nada mais, nada menos do que 400 mil novos robôs que serão
introduzidos no “mercado”!
Nos EUA, com a implantação da robótica e
automação industrial, a redução de postos de trabalho já ultrapassa a casa dos
400 mil por ano, segundo artigo de Laura Tayson, recentemente publicado no
jornal Valor Econômico, a qual relata que entre os economistas há um “consenso é de que cerca de 80% da perda de
empregos na indústria de transformação americana nas últimas três décadas foi
resultado de mudanças tecnológicas que poupam mão de obra e incrementam a
produtividade, ficando o comércio em distante segundo lugar”.
A figura 2, apresenta a evolução do
uso de robôs na área industrial, segundo projeções elaboradas pela International
Federation of Robotics -IFR - (https://ifr.org/).
Figura 2 – Projeção do uso
de robôs na indústria.
Fonte: https://ifr.org/
O uso massivo de sensores e dispositivos
interconectados, permitirá uma efetiva visibilidade da Cadeia de Suprimentos de
ponta a ponta, além de criar um maior poder preditivo de seu comportamento e
desempenho, promovendo um incremento na flexibilidade operacional de todos os
parceiros dessa cadeia e abrindo um leque de possibilidades de controles, tais
como:
- Redirecionamento dos estoques;
- Interação entre o WMS (Warehouse Management System) e a base de clientes, melhorando consideravelmente a gestão dos estoques;
- Consolidação de cargas e transporte mais eficiente;
- Produção rápida de produtos com curto ciclo de vida;
- Rápidas alterações nas ordens de produção em meio ao processo produtivo;
- Melhorias consideráveis nos processo de previsão de demanda e visibilidade em tempo real da distribuição geográfica dos produtos.
- Etc.
Figura 3 – Internet das
Coisas e Logística
Fonte: DHL (2015)
Por
exemplo, em um WMS os paletes são transferidos para os locais de armazenagem e
essas localizações identificadas através de tags que transmitem sinais,
fornecendo assim visibilidade em tempo real dos níveis de estoque de cada
produto armazenado.
Se um item estiver em armazenamento especial com por exemplo, controle de temperatura e unidade, esses sensores darão alertas para a gerencia
do armazém, permitindo que sejam tomadas as medidas corretivas necessárias e
com isso garantindo não só a qualidade dos serviços, como também redução da perda de produtos por
armazenagem inadequada etc.
Essa gama de sensores instalados no monitoramento e controle, permitirá
analisar as tarefas que estão sendo realizadas, o fluxo dos serviços,
identificando horários de maior pico e ociosidade. Do mesmo modo, esses
sensores também fornecem informações sobre a localização dos produtos dispostos
em paletes, permitindo assim que as empilhadeiras operarem de forma otimizada
visto que se deslocarão diretamente até o local exato do palete a ser movimentado, com ganhos em produtividade e custos.
Inúmeros outros processos e sistemas estarão
interligados, facilitando assim todo o fluxo da cadeia logística, quer sejam no
monitoramento do transporte, despachos e transbordo de cargas, controle de
contêineres e muito mais!
É indiscutível que a IoT (Internet das Coisas), agora IoE (Internet de
Tudo), a robótica e a AI (inteligência Artificial) estão adentrando em todos os
campos e em todos os negócios e, efetivamente, transformarão a gestão, a
qualidade dos serviços e a logística em sua inteireza, objetivando satisfazer a consumidores cada vez mais
exigentes.
Fonte:
Turion, C, - in Alerta em Davos: A Quarta Revolução
Industrial já chegou - disponível
em http://cio.com.br/opiniao/2016/01/25/a-quarta-revolucao-industrial-ja-chegou/ - acesso: 12/06/2017.
GT Nexus in The Internet of Things Supply Chain –
disponível em: http://www.supplychain247.com/paper/the_internet_of_things_supply_chain#register – acesso: 12/06/2017.
Machado, H. in Internet of Things (IoT) impacts on Supply
Chain – APCIS.
Meola, A – in How
IoT logistics will revolutionize supply chain management – acesso: 12/06/2017.
Tayson, L – in O Trabalho na Era da Automação –
disponível em http://www.valor.com.br//opiniao/5000722/o-trabalho-na-era-da-automacao - acesso: 12/06/2017.
IFR Press Realeses – in The Impact of Robots on Productivity, Employment and Jobs
disponível em https://ifr.org/ - acesso: 12/06/2017.
Macaulay, J. ; Buckalew, L; ChungL – in Internet of
Things in Logístics – DHL (2015).
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