A LOGÍSTICA HIPERCONECTADA
A hiperconectividade está relacionada a possibilidade de a sociedade em rede (pessoas, locais, equipamentos etc), graças à internet, à tecnologia móvel e à internet das coisas, ter a possibilidade de estar interligada, aproveitando ao máximo o manancial tecnológico disponível. Ela já está desempenhado um papel fundamental para unir a sociedade moderna.
Num estudo realizado pelo The Economist Intelligence Unit com patrocínio da SAP, pesquisadores destacam que: “a internet tem mais valor para a economia global do que as indústrias tradicionais, como agricultura ou energia”. Não é sem razão que um relatório de 2011, emitido pela McKinsey , apresenta um cálculo de que a internet valia 3,4% do PIB de um grupo de países liderados pelo G20 e BRICs.
Num estudo realizado pelo The Economist Intelligence Unit com patrocínio da SAP, pesquisadores destacam que: “a internet tem mais valor para a economia global do que as indústrias tradicionais, como agricultura ou energia”. Não é sem razão que um relatório de 2011, emitido pela McKinsey , apresenta um cálculo de que a internet valia 3,4% do PIB de um grupo de países liderados pelo G20 e BRICs.
A hiperconectividade tem papel relevante na sociedade e nas
empresas, em primeiro plano, através da interligação entre computadores e agora com o uso de equipamentos móveis, vem permitindo que bilhões de pessoas estejam
conectadas com os mais diversos recantos do planeta!
Hoje a robótica, novos dispositivos e sistemas em tecnologia
da informação estão levando a logística para um novo rumo, em um ambiente
hiperconectado. O potencial dessa hiperconectividade está causando um grande
impacto na economia e, por conta disso, as empresas começam a se adaptar a ela.
Se, de um lado as inovações tecnológicas levam a produção
inteligente colocando em jogo o desafio da empregabilidade; de outro, a
utilização da hiperconectividade se traduzirá em um maior desenvolvimento
econômico e aceleração da globalização.
Fabricantes de diversos setores estão adotando na produção, a tecnologia da conectividade, o processamento de dados e a robótica em seus equipamentos industriais, objetivando reduzir os ciclos de produção e atender a demanda de forma mais
personalizada e automatizada.
Um outro aspecto importante desse novo processo é a redução da mão de obra necessária para o desenvolvimento da produção. Embora essa redução da força de trabalho já está sendo sentida em todos os campos, é importante considerar que, na medida em que a tecnologia passa a ganhar mais espaço nas áreas produtivas, ela passa a exigir o uso de mão de obra mais qualificada! Logo, estudar não é mais uma necessidade de evolução intelectual, mais um imperioso requisito da permanência em um mercado de trabalho altamente competitivo e que vem evoluindo tecnologicamente com grande velocidade.
Um outro aspecto importante desse novo processo é a redução da mão de obra necessária para o desenvolvimento da produção. Embora essa redução da força de trabalho já está sendo sentida em todos os campos, é importante considerar que, na medida em que a tecnologia passa a ganhar mais espaço nas áreas produtivas, ela passa a exigir o uso de mão de obra mais qualificada! Logo, estudar não é mais uma necessidade de evolução intelectual, mais um imperioso requisito da permanência em um mercado de trabalho altamente competitivo e que vem evoluindo tecnologicamente com grande velocidade.
A produção inteligente, as cadeias de suprimentos, a internet
das coisas (IOT), a identificação por rádio frequência (RFID) e mesmo o novo
sistema de captura e identificação automática (AIDC), tecnologias estão sendo aplicadas em
todos os setores da logística. Basta perceber que as cadeias de suprimentos não
estão mais reservadas para as grandes empresas, traduzindo-se, por via de
consequência, em ameaças e oportunidades!
Figura
4 – Tecnologia RFID
Radio Frequency Identification
Fonte: Fonte: www.rfid.ind.br
Radio Frequency Identification
Fonte: Fonte: www.rfid.ind.br
A tecnologia AIDC refere a métodos de identificação
automática de objetos, coletando dados sobre eles e adicionando esses dados
diretamente a sistemas computacionais. Essa tecnologia incorpora um conjunto de
outras tecnologias, tais como: Código de Barras, Identificação por Radiofrequência
(RFID), Biometria, Cartão Magnético, reconhecimento ótico de caracteres (OCR) , Smart Card e Reconhecimento de fala. A tecnologia AIDC é também referenciada como
"Identificação Automática", "Auto-ID" e "Captura
Automática de Dados".
Um sistema de captura e identificação automática (AIDC)
poderá ser utilizado para fornecer informações em tempo real dos mais diversos
eventos logísticos. Com esses dispositivos será possível criar um gerenciamento
mais eficaz, permitindo a tomada de decisão, praticamente em tempo real, para
corrigir, por exemplo, o atraso de um pedido através do uso de alternativas que
permita superar esse atraso existente em algum elo da cadeia de suprimentos.
De acordo com os especialista, a internet das coisas, que
antes era utilizada para comunicação entre diferentes dispositivos, será
integralmente incorporada aos processos logísticos, aumentando assim a sua eficiência
operacional e gerencial e permitindo, por via de consequência, operar com uma
logística altamente eficaz!
Da mesma forma, a tecnologia de Bluetooth poderá ser utilizada para capturar informações que se encontram próximos à esses dispositivos de Bluetooth, facilitando o acompanhamento do embarque e
fornecendo informações em tempo real do andamento de um pedido, provendo assim informações atualizadas para um sistema de rastreamento de pedidos. O mesmo
acontecerá com os sistemas de gerenciamento de transporte, permitindo que um
provedor de serviços melhore seu desempenho traduzido na pontualidade em todos
os processos logísticos sob sua responsabilidade.
Figura
3 - Tecnologia Bluetooth
Fonte:
Fonte: www.edimax.com
Outro aspecto dessas novas tecnologias é a sua aplicação no
comércio eletrônico que vem tomando corpo e crescendo consideravelmente. O uso
do armazenamento de dados em nuvens é uma tendência que vai revolucionar essa
área, muito especialmente pela facilidade na captura de dados por qualquer
dispositivo móvel. Como descrevem alguns especialistas, “os provedores de
serviços logísticos precisam entender que o foco da tecnologia vai mudar”. Por
exemplo, em soluções Omni-Canais (hoje, o cliente não faz muita distinção entre lojas físicas e lojas virtuais; assim ele poderá conhecer um produto via internet e fazer a sua aquisição em uma loja física ou adquiri-lo pela internet.) a tecnologia deverá crescer voltada para o
valor do serviço ou do produto e não somente no produto final, muito
especialmente porque a fidelidade do cliente é essencial e os novos processos
logísticos poderão tornar essa fidelidade mais eficaz.
A internet das coisas - (IoT
– Internet of Things) - vai promover mudanças consideráveis no mundo
dos negócios. Até então ela estava em uso para conectar diversos dispositivos em
diferentes plataformas e tecnologias. Sua operação será intensificada através
da otimização dos processos, melhorias na produção e transferência de dados. Ela
flexibilizará a comunicação com dispositivos de RFID, Bluetooth e AIDC,
permitindo assim, em tempo real, por exemplo, o acompanhamento de um pedido, o
despacho de uma carga ou a entrega de um produto, melhorando consideravelmente as operações logísticas.
Operando nessas plataformas tecnológicas, a logística passa a ganhar um grande impulso, permitindo assim que grandes e pequenos possam
compartilhar mercados e atender aos seus clientes de forma ágil, eficaz e em tempo
real!
Fontes:
Mckinsey Global Institute – Disruptive technology: Advances that will transform live, business and tha global economy – Executive summary – disponível em http://www.mckinsey.com/insights/business_technology/disruptive_technologies - acesso 26/01/2016.
Mckinsey Global Institute – Disruptive technology: Advances that will transform live, business and tha global economy – Executive summary – disponível em http://www.mckinsey.com/insights/business_technology/disruptive_technologies - acesso 26/01/2016.
The Economist – Hyperconnected Organisations – How businesses
are adapting disponível em http://www.economistinsights.com/technology-innovation/analysis/hyperconnected-organisations
- acesso: 26/01/2016
Robinson, A in Bem vindo a Logística
industrial hiperconectada - SCM247 News – 18/01/2016.
A economia hiperconectada – http://docplayer.com.br/6977752-A-economia-hiper-conectada.html - acesso: 21/01/2016.
________________________
PAULO SÉRGIO
GONÇALVES é engenheiro pela
Universidade Federa do E. E.Santo, Mestre em Engenharia de Produção (M.Sc.)
pela COPPE/UFRJ, MBA em Estratégia Empresarial pelo PDG/IBMEC e autor das
seguintes obras:
Administração de Materiais – 5ª. Edição – Editora
Elsevier.
Logística e Cadeia de Suprimentos – O Essencial –
Editora Manole.
Administração de Estoques – Teoria e Prática, em
coautoria de E.Schwember – Editora Interciência.
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